SpaceX quer aprovação para lançar mais 30 mil satélites

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A visão dos 60 satélites StarLink da SpaceX cortando os céus de Leiden, na Holanda, em maio, já havia acendido a luz amarela dentro da comunidade astronômica. Depois de aprovado seu pedido de 12 mil satélites, agora a empresa quer autorização para mais 30 mil. A requisição, feita à Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, sigla em inglês) foi apresentada à União Internacional das Telecomunicações (ITU, sigla em inglês), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que aloca espectro global e órbitas de satélite.

Satélites de comunicação, maiores que os StarLinks, são lançados em órbitas geossíncronas altas e fixas (36 mil km acima da linha do Equador). Os satélites em baixa órbita terrestre (como os da SpaceX) operariam na órbita inferior da Terra, em altitudes entre 328 a 580 quilômetros e, por isso, serão vistos como aqueles nos céus holandeses, em maio.

Se os 42 mil satélites forem lançados, sempre haverá centenas de StarLinks acima do horizonte e, se forem visíveis a olho nu, vão superar o brilho das estrelas naturais mais brilhantes. Segundo astrônomos, eles contaminariam imagens na forma de longas trilhas, em exposições mais longas tiradas pelos telescópios, como atesta Victoria Girgis, do Observatório Lowell.

Hoje, existem cerca de 18 mil objetos na órbita da Terra (2.062 satélites funcionais). A SpaceX disse que os StarLinks seriam menos perceptíveis quando chegassem à sua posição, em uma altitude mais alta, e que os futuros dispositivos terão a base preta, tornando-se ainda menos visíveis.

Rede em funcionamento até 2027

A Síndrome de Kessler, porém, não se resolve com tinta: em setembro, um dos StarsLinks aproximou-se perigosamente da órbita de um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA), o que não acabou em desastre por conta de uma manobra evasiva dos controladores europeus.

Segundo a SpaceX, serão lançados mil StarLinks por ano até novembro de 2027, cada um transmitindo cerca de 1 terabit de largura de banda funcional. Você pode acompanhar a localização dos satélites aqui.

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