Pesquisadores desenvolvem protótipo de bafômetro que detecta maconha

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Uma equipe formada por pesquisadores do Departamento de Química e da Escola de Engenharia Swanson, da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, desenvolveu um protótipo de bafômetro que permite a detecção da maconha.  O dispositivo criado mensura a quantidade do composto psicoativo da maconha, o tetrahidrocanabinol (THC), presente no ar alveolar.

O artigo detalhado foi recentemente publicado no periódico ACS Sensors e mostra que o protótipo é similar a um bafômetro para detecção de álcool, incluindo um invólucro de plástico, bocal e display digital. O dispositivo já foi testado em laboratório e é capaz de detectar o THC em uma amostra de respiração que também contém outros componentes como etanol, metanol, acetona, além de dióxido de carbono e água.

O bafômetro foi desenvolvido utilizando-se nanotubos de carbono, cuja superfície se liga à molécula de THC, juntamente com outras presentes na respiração. Isso altera as propriedades elétricas do carbono e o tempo de recuperação das correntes elétricas indica se o composto da maconha está presente. De acordo com Sean Hwang, doutorando em química e autor principal do artigo, o time utilizou aprendizado de máquina para que o dispositivo reconheça a presença da substância.

Bafômetro (Fonte: Pixabay/Reprodução)

Importância no trânsito

Segundo o Doutor Ervin Sejdic, professor associado de engenharia elétrica e de computação e co-autor do trabalho, a criação de uma equipe interdisciplinar foi crucial para transformar a ideia em um aparelho que fosse utilizável. De acordo com Dr. Sejdic, “criar um protótipo que funcionaria no campo foi um passo crucial para tornar essa tecnologia aplicável". Ainda, para ele, o bafômetro será “vital para manter as estradas seguras". Os pesquisadores farão mais testes com o dispositivo, mas esperam que seja fabricado logo.

A legalização recreativa da maconha em alguns estados norte-americanos preocupa pesquisadores e autoridades quanto à influência no trânsito. Até então, a polícia não apresenta nenhum dispositivo que permita detectar se um motorista está sob a influência da droga. De acordo com o Doutor Alexander Star, professor de química e também co-autor do artigo, a criação do bafômetro é um primeiro passo para garantir que as pessoas não dirijam após fazer uso do entorpecente.

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