Família se revolta por paciente terminal receber más notícias de um 'robô'
Equipamento com câmera foi utilizado por médico em hospital ao falar sobre baixa expectativa de vida de paciente
16/03/2019, às 16:00

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O uso de equipamentos automatizados na medicina vem se tornando bastante comum e aceito, mas algumas ações ainda têm melhor aprovação quando realizadas diretamente entre humanos. Um exemplo disso foi um caso na Califórnia, em que a notícia sobre a falta de opções para um paciente terminal foi recebida pela família através de um vídeo, ao invés de uma conversa direta com o médico.
Ernest Quintana, de 78 anos, sofria de uma doença crônica nos pulmões e foi internado no Kaiser Permanente Medical Center, em Fremont, na Califórnia, no dia 3 de março. Após um diagnóstico inicial, os médicos notaram que não existiam tratamentos possíveis para prolongar sua vida, tendo como única opção mantê-lo internado e tratá-lo com doses de morfina até seu falecimento. Uma história realmente triste, mas que tomou um rumo esquisito no momento em que a notícia foi dada por uma máquina trazida por uma enfermeira.
Como isso aconteceu?
O equipamento, ou robô, como a família chamou, exibiu o vídeo de um médico que comunicou o diagnóstico para o paciente. Annalisia Wilharm, neta de Quintana, contou que precisou repetir para seu avô tudo o que era dito, já que a máquina não apresentava áudio e vídeo bons o suficiente para o senhor de 78 anos entender o que estava sendo dito.
"Se você está querendo passar notícias normais, tudo bem usar esse tipo de robô, mas, se você vem falar que ele não tem mais pulmão e que vai colocá-lo na morfina até ele morrer, isso deveria ser feito por um humano, e não por uma máquina", disse Catherine Quintana, filha do paciente.
O hospital afirmou ser uma situação bastante incomum e que sente muito por não ter atendido à família e o paciente da forma como era esperado. Segundo Michelle Gaskill-Hames, vice-presidente do Kaiser Permanente Greater Southern Alameda County, as televisitas são feitas como forma de acompanhamento de pacientes, não sendo substitutas para conversas diretas com o paciente e sua família, assim como não devem ser utilizadas para apresentar o diagnóstico inicial.
Ernest Quintana faleceu no dia 5 de março.