Ciência

NASA captura imagens incríveis de caças quebrando a barreira do som

Pela primeira vez de maneira tão nítida, é possível ver as ondas de choque causadas pela quebra da barreira do som, o famoso sonic boom das aeronaves supersônicas

Avatar do(a) autor(a): Rafael Farinaccio

08/03/2019, às 15:34

NASA captura imagens incríveis de caças quebrando a barreira do som

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Imagem de NASA captura imagens incríveis de caças quebrando a barreira do som no tecmundo

Utilizando uma nova tecnologia fotográfica, a NASA foi capaz de registrar visualmente – a ainda em cores! – o famoso sonic boom, ou o estrondo sônico causado quando um avião supersônico ultrapassa a velocidade do som. A tarefa pode parecer simples, mas não é: levou anos para a agência espacial conseguir capturar esse momento.

As fotos foram feitas a partir de um avião B-200 King Air da NASA, que levou a câmera especial a uma altitude de nove quilômetros. Lá, o B-200 chegou a uma distância de 600 metros dos dois caças T-38 e registrou tudo a 1,4 mil frames por segundo. Só assim para se conseguir capturar o momento exato em que os jatos supersônicos ultrapassavam a velocidade do som.

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Mais rápido que o som

As imagens divulgadas pela NASA são incríveis: os caças T-38 voavam em formação a três metros um do outro. Documentar essa explosão através da barreira do som a partir de um ponto tão próximo vai ajudar a NASA a reunir mais dados sobre as ondas de choque supersônico para desenvolver melhores tecnologias no futuro.

Esses dados realmente nos ajudarão a avançar nossa compreensão de como os choques interagem

Quando as aeronaves voam mais rápido que a velocidade do som, as ondas de choque se afastam do veículo e são ouvidas no solo como um estrondo sônico. Pesquisadores da NASA vão usar essas imagens para estudar essas ondas de choque e desenvolver um meio de tornar os sonic booms mais silenciosos, possibilitando voos supersônicos sobre a terra.

“Estamos olhando para um fluxo supersônico e é por isso que estamos recebendo essas ondas de choque”, disse Neal Smith, engenheiro de pesquisa da AerospaceComputing Inc., no laboratório de mecânica de fluidos da Ames, que pertence à NASA. “O que é interessante é que, se você olhar para a traseira do T-38, verá que esses choques interagem em uma curva”, disse ele. “Isso ocorre porque o T-38 de trás está voando ‘no vácuo’ da aeronave dianteira, então os choques vão ter uma forma diferente. Esses dados realmente nos ajudarão a avançar nossa compreensão de como eles interagem”.

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Rafael Farinaccio

Especialista em Editor do The Brief

Editor do The BRIEF. Há mais de 10 anos na NZN, Fari é historiador, apaixonado por ciências e tecnologia, e grande admirador das obras de J.R.R. Tolkien.