Demais! Nova pele eletrônica se regenera e pode ser reciclada

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As peles eletrônicas estão sendo criadas em laboratórios no mundo todo e pretende-se que, em breve, tenham utilidade em próteses, robôs e tecidos inteligentes. A novidade foi descrita na publicação Science Advances e se diferencia de outras criações por ser amigável ao meio ambiente, ou seja, ela pode ser reciclada. Outra característica interessante é a possibilidade de rápida regeneração, em caso de rupturas.

Esse tecido eletrônico é composto por um fino filme com sensores capazes de medir a temperatura, umidade e fluxo do ar. Possui três compostos em uma matriz, entrelaçados com nanopartículas de prata. Quando a pele é partida, consegue replicar ligações entre os produtos químicos dos dois lados e, caso a fissura seja de maior impacto, é possível embeber uma solução específica para que os materiais sejam reutilizados, criando uma nova e-skin. O processo da reciclagem completa leva em torno de 30 minutos a 60 °C, ou 10 horas em temperatura ambiente. Já a simples regeneração ocorre em meia hora em temperatura ambiente, ou apenas alguns minutos a 60 °C.

Pele eletrônica

Segundo os desenvolvedores, a pele eletrônica ainda está longe da perfeição. Em comparação à pele humana, ela já é bastante macia, mas não tão flexível. Um dos autores do estudo, Jianliang Xiao, disse que ele e seus colegas estão trabalhando nessa evolução, para que a pele se torne mais adaptável ao uso em próteses e robôs. Ainda assim, mostra-se bastante entusiasmado com relação à possibilidade de reciclagem do material.

Pele eletrônica

Essa preocupação com o meio ambiente é urgente, principalmente porque, segundo a ONU, em 2016 alcançamos o recorde de 45 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo. “Estamos enfrentando problemas de poluição todos os dias. É importante preservar o meio ambiente e garantir que a natureza possa ser segura para nós e nossos filhos”, disse Xiao.

O estudo da ONU previu que até 2021 o volume de lixo eletrônico gerado alcançará mais de 52 milhões de toneladas. O país com a maior parcela de produção desse lixo é a China, com 7,2 milhões de toneladas em 2016, seguida dos EUA, com 6,3 milhões de toneladas. O Brasil é o país que mais gera lixo eletrônico na América Latina, chegando a 1,5 milhão de toneladas.

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