Diário de bordo: Campus Party Brasil 2011, dia 5

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Campus Party Brasil 2011

É hora de dizer até logo. Foram seis dias cansativos, diversos problemas de organização, centenas de palestras e muitas novas amizades. Contudo, independente do ponto de vista, a única certeza é que uma semana inteira de Campus Party é mais do que o suficiente para deixar experiências inesquecíveis para todos os envolvidos.

Mesmo para aqueles que vieram para o evento com a esperança de lotarem seus HDs com o maior número possível de downloads, afirmar que o evento se resumiu a uma internet rápida ou mesmo a algumas poucas atrações é, no mínimo, insensato. Entre tudo aquilo que rolou de bom e de ruim por aqui, confira aquilo que mais gostamos e o que esperamos não se repita nas próximas edições.

Aprovado

Alto nível das palestras, debates e convidados

Al Gore, um dos principais palestrantes do evento

Al Gore, Tim Berners-Lee, Jon Maddog Hall e Steve Wozniak. Não é qualquer evento que consegue reunir tantos nomes de peso assim, em tão poucos dias. Nesse sentido, a organização da Campus Party está de parabéns, não só por trazê-los, mas também pela acessibilidade e pela maneira direta com que permitiu que todos se relacionassem com o público.

Fora do palco principal, dezenas de palestras específicas serviram para ampliar os conhecimentos dos participantes. Embora nem sempre a palestra fosse perfeita, afinal ainda há muitos que se limitam a ler slides de Power Point, as conversas diretas entre os campuseiros e os convidados acabavam compensando.

Muitas novidades tecnológicas

Estande da C3 Tech

Com tantos campuseiros juntos produzindo conhecimento, nada mais natural do que muitas ideias novas surgissem a cada momento. Assim, tivemos acesso a casemods criativos, overclocks extremos, invenções ecológicas e diversos cases de sucesso em redes sociais.

No lado comercial, muitas empresas levaram para seus estandes produtos inéditos, como um carregador solar para gadgets ou a nova família de processadores da Intel, ainda inédita para o consumidor. Para quem nunca havia jogado em 3D, também havia dezenas de oportunidades.

Games por todos os lados

Games estavam entre os principais destaques da Campus Party

Se existe um segmento que atraiu mais a atenção do que outros na Campus Party, esse ramo é o dos games. As palestras nos dois palcos específicos sobre o assunto permanecerem completamente lotadas. Além disso, vários Kinect, Xbox e PlayStation 3 espalhados pelo evento fizeram a festa dos campuseiros.

Como se não bastassem os consoles tradicionais, vários estandes ofereciam PCs com jogos em 3D para os usuários. Já na área central, bastava circular por entre as bancadas para encontrar usuários upando seus personagens em MMORPGs ou trocando tiros em algum FPS online.

Reprovado

Chuva e apagão 

Chuva provocou apagão na Campus Party

Obviamente, não se pode dizer que problemas ocasionados por uma forte chuva estão relacionados à organização. Incidentes acontecem. Contudo, no segundo dia de evento, quando a luz de todo a região do Centro de Exposições Imigrantes caiu, nem mesmo os geradores deram conta de retomá-la de imediato.

Foi necessário esperar uma hora para que a situação se normalizasse. Nesse meio tempo, uma série de protestos curiosos e divertidos tomaram conta da Campus Party, para alegria dos fotógrafos. Além dessa houve mais duas quedas de luz durante o evento. Numa delas, a chuva chegou a molhar um dos palcos, colocando em risco equipamentos e a segurança dos campuseiros.

Organização e treinamento

Filas eram comuns na maior parte das área do evento

É bem verdade que muitos dos envolvidos no evento eram voluntários. Contudo isso não justifica o excesso de informações desencontradas ou as incertezas que se abatiam sobre os seguranças e coordenadores, em especial no primeiro dia de evento.

Burocracia na hora de passar de um setor para outro, exigências de apresentação de credencial quando não havia necessidade e portões fechados, sem mais nem menos, obrigando campuseiros a darem a volta pelo lado externo no Centro foram apenas alguns dos problemas, minimizados dos dias subsequentes do evento.

Alimentação

Praça de alimentação secundária com poucas opções e preços acima da média

Encontrar uma refeição de boa qualidade a um preço acessível era praticamente uma odisseia dentro da Campus Party. A praça de alimentação principal, que dispunha de comida de boa qualidade, chegou a ter filas de 1h30, uma vez que era o local oficial de alimentação dos campuseiros.

Já a praça de alimentação secundária pecava pelo excesso de lanches gordurosos e de qualidade duvidosa. De quebra, os preços praticados, eram bem acima da média. Como o evento ficava em um local, de certa forma, isolado, sendo impossível encontrar um restaurante a menos de 25 minutos andando a pé, todo mundo acabava ficando sem muita opção.

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A Campus Party Brasil 2011 foi realizada em São Paulo entre os dias 17 e 22 de janeiro. O Baixaki trouxe o que de melhor aconteceu no evento durante a semana e se você perdeu alguma novidade pode conferir tudo que rolou por lá em nossa página especial sobre a Campus Party Brasil 2011.

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