Balanço geral: o primeiro dia da Campus Party 2015

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Nesta terça-feira (3) teve início a Campus Party 2015, no São Paulo Expo Center (antigo Centro de Exposições Imigrantes). O evento surgiu na Espanha, onde foi realizada a primeira edição em 1997, posteriormente se estendendo a outros países, como Brasil, Colômbia e México.

A equipe do TecMundo chegou ao local às 9h30 para acompanhar a palestra de abertura. Aproveitamos a quietude do local para conhecermos o espaço. A área de comércio e negócios só estaria aberta a partir da manhã seguinte, então fomos conferir a interessante ala dos simuladores.

Após passar pela primeira parte da expo, encontramos uma entrada com aquelas esteiras de raios X de aeroporto. Um segurança conferia a credencial das pessoas que passavam enquanto outro verificava as coisas que atravessavam a máquina.

Depois de passar pela segurança, fomos para o espaço principal da CP. Ali é onde podíamos ver os 10 palcos, todos batizados com nomes de planetas do nosso sistema solar. A intenção era comemorar os 150 anos do aniversário da publicação do livro “Da Terra à Lua”, de Júlio Verne.

Abra-te, sésamo!

Ao meio dia, o cofundador do evento, Paco Ragageles, foi até a entrada, fez uma breve palestra e, em meio a palmas e músicas cantadas pelos já impacientes campuseiros, abriu os portões.

Naquele momento, os mais rápidos aproveitaram para instalar suas máquinas nos melhores lugares da gigantesca estrutura de 64 mil m² montada para abrigar 8 mil campuseiros até domingo.

Havia pessoas de todos os cantos do Brasil, como Paulo Henrique e Vitor, de 22 e 19 anos. Ambos vieram de Santa Catarina para participar do evento. Chegaram preparadíssimos e equipados até com ventiladores para suportar o calor da cidade. Os dois já são experientes na CP, essa é a quinta participação de Paulo, enquanto Vitor vem pela segunda vez.

Algumas pessoas pensam que só quem estuda algo relacionado com computadores ou gamers são campuseiros. No geral, isso é verdade. Porém, alguns são apenas entusiastas de tecnologia, como a carioca Cíntia Mechler, estudante de arquitetura e urbanismo. Ela nos informa que, após muitas tentativas, conseguiu vir a São Paulo participar da CP.

Outro ponto é que o fato de ser uma das poucas mulheres da mesa não a intimida nem um pouco. “Eu não vejo dessa forma. Não importa se é homem ou mulher, eu acho que todos estão aqui por gostar e querer participar”, diz.

Campuseiros: o que comem? Como vivem?

Ficar lá jogando, programando ou mexendo no Facebook é fácil. Mas, e na hora que a fome aperta? A Campus Party está abarrotada de locais para comer, desde lanchonetes até um self-service coma o quanto puder (pagando uma taxa de R$ 35).

Porém, é só andar por alguns minutinhos e percebemos que o negócio aqui é outro. Passeando por entre as mesas vemos diversos tipos de “alimentos”, sacos enormes de salgadinhos de vários tipos, tubos de batatas chips, centenas de copos de macarrão instantâneo e litros... MUITOS litros de refrigerantes e energéticos.

Porém, não é só com comida que os campuseiros devem se preocupar: banho e um lugarzinho para encostar a cabeça e dormir são muito importantes. Para isso, a CP está equipada com chuveiros com água quente e um espaço gigante para as barracas (cedidas pelo evento). O presidente da Campus Party, Paco Ragageles, havia falado na palestra de abertura que o evento conseguiria suprir, com água e energia, uma cidade de até 30 mil habitantes.

Games por toda “Party”

A jogatina não poderia estar de fora da CP. Além de trazer seus PCs, muitos aproveitaram a internet rápida para conectar os consoles. Todos os gigantes da nova geração estavam presentes: o PlayStation 4, da Sony; o Xbox One, da Microsoft; e o Wii U, da Nintendo.

Não havia restrição para qual game jogar: shooters, simuladores, MMORPGs, enfim, qualquer um poderia ser escolhido. Contudo, os MOBAs foram o carro-chefe do primeiro dia da CP. DotA 2, League of Legends, Smite e Heroes of the Storms eram os jogos que mais podíamos ver nas telas dos PCs.

Internet rápida? Sim, às vezes

O ponto de maior interesse na Campus Party era a internet rápida. Porém, alguns participantes reclamaram que de vez em quando a conexão ficava lenta e voltava ao normal depois de um tempo.

Passamos por diversas máquinas fazendo download de seriados, games, animes e programas com uma boa velocidade. Contudo, também percebemos que muitos cabos de rede estavam danificados ou não funcionavam.

Apesar de problemas pontuais, a Campus Party 2015 está bem mais organizada que a dos anos anteriores. Obviamente, não sabemos como será no resto da semana, mas usando o primeiro dia como parâmetro, vale a pena dar uma passadinha por lá.

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