Astrônomos descobrem planeta quase 13 vezes mais massivo do que Júpiter

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Imagem de: Astrônomos descobrem planeta quase 13 vezes mais massivo do que Júpiter

(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

Apesar de parecer confusa, a imagem acima representa mais um daqueles momentos importantes para a ciência, em especial a astronomia. Com a ajuda do telescópio Subaru, localizado no Havaí, cientistas descobriram um novo exoplaneta que pode ser classificado como “super-Júpiter”: o Kappa Andromedae b (Kappa And b), como foi batizado, possui 12,8 vezes a massa de Júpiter — maior planeta do nosso sistema solar — e orbita uma estrela que está a 170 anos-luz da Terra.

Para os cientistas, essa descoberta é interessante pelas características do novo astro. Para começar, o Kappa And b possui massa que o deixa no limiar entre um planeta massivo e uma estrela anã marrom. A classificação de “super-Júpiter”, de acordo com o press release publicado pela NASA, é usada para abrigar ambas as possibilidades.

Representação artística do exoplaneta recém-descoberto (Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

Segundo um dos membros da equipe responsável pela descoberta, Michael McElwain, “De acordo com os modelos convencionais de formação planetária, o Kappa And b chega perto do ponto de gerar energia por meio de fusão, o que o tornaria uma anã marrom, em vez de um planeta”.

Outro ponto que torna a descoberta importante é o fato de que a estrela que ele orbita, Kappa Andromedae, explora outro limite astronômico. De acordo com o modelo atual, ela seria incapaz de gerar um planeta como o Kappa And b: quanto mais massiva uma estrela jovem é, mais quente e mais brilhante ela se torna, emitindo uma radiação tão forte que é capaz de interromper a formação planetária dentro de um determinado raio.

Estrela orbitada pelo super-Júpiter fica na constelação de Andrômeda (Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

Porém, apesar de Kappa And ter massa 2,5 vezes maior do que a do nosso Sol e de ser um bocado jovem  com cerca de 30 milhões de anos (contra aproximadamente 5 bilhões de anos da estrela que orbitamos) , o super-Júpiter recém-descoberto acabou se formando dentro desse disco de radiação emitido pela estrela.

Um artigo descrevendo os detalhes da descoberta será publicado no próximo volume do "The Astrophysical Journal Letters". Enquanto isso, a equipe continuará estudando o Kappa And b para entender melhor a constituição e as características do planeta.

Fontes

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