Android M: o que a Google pode oferecer na próxima versão do Android?

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O Android é o sistema operacional portátil mais disseminado da atualidade — podendo ser encontrado em aparelhos de todas as faixas de preço. Em 2014, a Google anunciou que ele receberia novidades bem interessantes, junto com uma mudança de design completa. Tratava-se da versão 5.0 Lollipop, que já está presente nos principais aparelhos do mercado internacional.

Apesar dos novos lançamentos, a adesão ao Lollipop ainda é baixa. Segundo um relatório da própria Google, no início de abril de 2015 somente 5,4% dos consumidores de Android estavam com as versões 5.0 e 5.1 do sistema operacional. Com isso, a Google sabe que a próxima atualização do SO precisa convencer os consumidores a mudarem. Mas como fazer isso?

Com novos recursos, é claro! A receita é a mesma de sempre, mas neste ano a Google precisa contar com um pouco de sorte para que as funcionalidades chamem mais a atenção de todos — mais do que o design, ao contrário do que aconteceu no ano passado. O Android “M” tem uma grande responsabilidade pela frente. Mas o que podemos esperar dele neste mercado tão agitado?

“M” de quê?

Todos já sabem que as versões do Android sempre ganham algum apelido relacionado a doces — é bem fácil perceber isso com o Froyo, KitKat, Jelly Bean e Lollipop. Neste ano, tudo o que se sabe é que ele será chamado de algum nome que começa com a letra “M”. Os rumores apontam para diversas opções, incluindo Marshmallow e Milk-Shake, mas há quem aposte também em “Muffin”.

Por falar neste último nome, é importante também mostrar o vídeo de conceito que foi produzido pela equipe Android Hackz. Você pode conferir isso logo acima deste parágrafo, em um vídeo que traz também alguns dos recursos mais especulados para a próxima versão do sistema operacional — aos quais iremos nos dedicar mais adiante neste mesmo artigo.

Quando ele vai chegar?

Muitos esperam que o Android M seja apresentado oficialmente durante a Google I/O 2015, que acontece no final de maio — seguindo o mesmo ciclo do ano passado, quando o Lollipop foi mostrado para todos durante a conferência de desenvolvimento da empresa de Cupertino. Mas novos rumores apontam para algo um pouco menos imediato do que a maioria imagina.

Há informações que apontam para a chegada de uma nova versão ainda Lollipop na Google I/O — que teria apenas atualizações menores para o sistema operacional. Com isso, o Android M seria trazido ao público somente no quarto trimestre ou mesmo no começo de 2016. Será que a Google vai deixar passar o ciclo anual de seus sistemas?

E os novos recursos, afinal?

Novamente, é preciso lembrar que estamos falando de um sistema operacional que precisa convencer os consumidores — principalmente pelo fato de que a própria Google tem que mostrar que ainda pode inovar no mercado. Mas a verdade é que as chances maiores são de que o novo Android seja mais voltado ao aprimoramento de funcionalidades.

Mesmo assim, há dois recursos que vêm sendo especulados e que podem fazer a diferença no mercado. O primeiro deles está na chegada de mais autonomia para as notificações, que passariam a ser integradas a um mecanismo de respostas rápidas como as vistas no iOS da Apple — funcionalidade que foi introduzida somente em 2014 pela empresa da Maçã.

Além disso, existe algo que pode surgir para ser considerado o recurso do ano. Aproveitando-se das telas maiores que são vistas atualmente, a Google pode lançar o Android M com suporte para várias janelas executando diferentes tarefas na mesma interface — algo totalmente presente nos computadores.

Há alguns aplicativos e modificações que já permitem isso atualmente, mas de acordo com o Phandroid a desenvolvedora estaria com planos de trazer o suporte nativo a isso. Caso o Android M consiga suportar as multijanelas sem comprometer desempenho e bateria, com certeza o sistema operacional vai chamar a atenção de uma gama maior de consumidores.

Integração Google

Alguns veículos da imprensa internacional afirmam que o Android M deve contar com um sistema mais sincronizado de notificações. Com isso, consumidores que possuem mais de um aparelho na mesma conta não precisarão limpar as janelas de cada um deles de modo separado. Isso também pode sugerir uma integração mais presente no Google Now — apesar de pensarmos que o controle remoto por ele ainda está distante.

Outra integração esperada é a do Google Health, que pode facilitar a elaboração de relatórios para todos os usuários que possuem mais de um aparelho dedicado às anotações sobre atividades físicas. O site TechRadar também relembra que o Google Wallet precisa de algumas melhorias para acompanhar o Apple Pay e há grandes chances de que isso aconteça com o Android M.

Fora dos celulares

Espera-se que o Android M surja com uma integração mais completa ao segmento de Home Appliance (com novas possibilidades para os eletrodomésticos conectados), sendo que o Nest deve ganhar mais possibilidades do que as mostradas atualmente. Também é bem provável que vejamos mais integração entre portáteis e televisores equipados com o Android TV — incluindo controles mais completos e segundas telas.

Quem também deve se fortalecer é o Android Auto. Estima-se que o sistema operacional para computadores de bordo de carros seja melhorado para que se integre com mais qualidade aos portáteis. Outra possibilidade está na transformação dos próprios smartphones em telas para o sistema, em uma integração total entre as plataformas.

Mudanças no Material Design?

A versão Lollipop introduziu novos conceitos de design no Android e modificou quase tudo o que era visto anteriormente. É bem difícil que alguma mudança drástica seja trazida novamente no Android M, mas isso não significa que o sistema operacional vá manter todos os traços da mesma maneira com que o vemos atualmente.

Devido às mudanças esperadas para o suporte às notificações interativas e às interfaces multijanelas, são bem grandes as chances de que alguns setores do Material Design sejam remodelados para uma acomodação mais interessante aos recursos. É claro, também devemos falar sobre as melhorias de desempenho do Material Design, vitais para a compatibilidade do Android M com mais aparelhos.

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Como você viu, o Android M não deve ser um sistema operacional revolucionário, mas sim uma tentativa da Google para tentar convencer os consumidores de que o sistema é mesmo bom. Se isso vai ser mesmo efetivo, só poderemos saber quando a própria empresa oficializar o próximo Android e todos os recursos que estarão integrados a ele. Quais as suas apostas para essa história?

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