Cenários caóticos irrompem na tela de uma forma prática, divertida e...

As promessas foram intensas. O resultado final, nem tanto. MAG — Massive Action Game, ou Jogo de Ação em Massa — foi anunciado com base em uma proposta inédita no mundo dos video games: agrupar 256 jogadores em um campo de batalha, cada um controlando um combatente em perspectiva de visão em primeira pessoa.

Por mais que o nome do game não seja muito criativo, a ação é envolvente e é capaz de prender a atenção dos fãs do gênero por várias horas. Cada embate conta com uma duração extensa e não apresenta empecilhos no que diz respeito a desempenho, o que é ideal para quem procura mergulhar de ponta em tiroteios e explosões sem se preocupar com peculiaridades da jogabilidade.

Trata-se, portanto, de "uma mistura entre Call of Duty e Counter-Strike". Por quê? Apenas pelo fato de que o game desenvolvido pela Zipper Interactive conta com características presentes em cada um dos títulos citados anteriormente. As semelhanças com outros jogos do gênero são inevitáveis, mas são bem-vindas na fórmula de MAG.

Pois é, há a possibilidade de "criar" um soldado (são poucos os aspectos personalizáveis, infelizmente), escolhendo uma das três facções disponíveis ou PMCs (Private Military Companies, companhias militares privadas). É importante lembrar que, uma vez que o gamer cria um personagem, não há como mudar de PMC, a não ser que o combatente seja excluído e outro seja criado. Afinal de contas, lealdade é tudo na Shadow War.

Enquanto o pessoal da Valor Company agrupa veteranos dos países Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e México, o exército da Raven Industries conta com soldados do Leste Europeu e está armado com muita tecnologia. Além disso, os combatentes da S.V.E.R. — Seryi Volk Executive Response — são rebeldes do Oriente Médio e da Rússia que chamam a atenção de muitos gamers.

Popularidade é fundamental para que novos recrutas sejam convocados. No momento em que esta análise foi escrita, a S.V.E.R. é a PMC mais popular, pois conta com o maior número de soldados e, consequentemente, vence mais conflitos em todos os modos de jogo. Assim, os bônus passivos (uma barra indicadora mostra qual facção está melhor de acordo com o modo de jogo escolhido) são adquiridos de forma frequente pelos rebeldes violentos.

Há diferenças, ainda, no tipo de armamento empregado pelos combatentes das três facções. Cada PMC conta com armas e equipamentos únicos, o que é essencial para uma diversificação dos tiroteios. Há quem diga que a S.V.E.R. é superior em relação às outras PMCs, mas, dentro de combate, o que realmente importa é a habilidade do soldado.

Se houver um desequilíbrio entre as facções, é difícil acreditar que o pessoal da Zipper Interactive não fará nada a respeito. Jogos online são frequentemente contemplados com diferentes patches e pacotes de atualizações, que costumam ajudar no conserto de problemas referentes a desempenho, jogabilidade e equilíbrio entre os gamers.

Destrinchando os básicos

Antes de tudo, é interessante conferir a seção Training. Durante o treinamento, o jogador recebe lições básicas de movimentação, conhecimentos básicos sobre equipamentos bélicos e informações sobre captura de pontos estratégicos. É uma boa maneira de descobrir os principais controles e começar a ganhar experiência militar.

No início, o modo Suppression é ótimo para quem procura embarcar em tiroteios sem nenhum tipo de preocupação com captura de locais estratégicos ou escolta de veículos. Até 64 soldados de uma mesma facção participam dos "war games" que, por motivos óbvios, não arcam em recompensas globais para a PMC organizadora dos embates.

Enquanto isso, a seção conhecida como Sabotage é uma das mais acessadas pelos jogadores. Tradicionalmente abordando o estilo "ataque contra defesa", este modo também leva até 64 pessoas a um campo de batalha. Só que o objetivo, aqui, é sabotar ou proteger três pontos estratégicos do mapa.

Gradativamente progredindo através do sistema de níveis de MAG, o gamer consegue prestigiar Acquisition, um modo que envolve "armas, munição e combustível". Até 128 pessoas brigam pelo controle de veículos. Assim, o caos fica um pouco mais intenso.

Ao atingir o nível oito, são desbloqueadas as áreas Domination e Directives. Domination é, talvez, o principal atrativo do jogo distribuído pela própria Sony Computer Entertainment. Até 256 combatentes trocam tiroteios alucinantes na disputa pelo domínio de oito pontos estratégicos. A área conhecida como Directives faz com que o jogador entre em qualquer modo no qual o combatente controlado é mais requisitado pela facção.

A área conhecida como Armory permite que o gamer personalize até cinco conjuntos de configurações ("classes") de armas e equipamentos com base em um número específico de créditos. Novas armas e acessórios, entretanto, são desbloqueadas com pontos de habilidade na seção Barracks.

Aí, é possível conferir diferentes telas de status, como pontos de experiência e medalhas, bem como liberar bônus — semelhantes aos "perks" de Call of Duty — com os pontos de habilidade. A cada nível superado, um ponto é adquirido. É bom reforçar que armas e bônus mais impactantes custam mais de um ponto para serem liberados.

Com isso, são necessárias várias horas de jogo para que o gamer tenha um acesso mais amplo aos recursos de MAG. Para assumir papéis de liderança, por exemplo, o combatente deve estar no nível 15, no mínimo. O que você acha de se tornar um Squad Leader (líder de grupo), Platoon Leader (líder de pelotão) ou Officer in Charge (oficial responsável)?

Aprovado

Do que nós gostamos


Muitas, muitas pessoas

Se você pensa que está se safando de levar tiros ao percorrer locais distantes dos objetivos, cuidado. A grande quantidade de soldados espalhados pelo mapa é impressionante. E, por mais que o gamer esteja sozinho em certos momentos, bastam poucos minutos para que um inimigo passe por perto e fuzile o personagem controlado.

É possível convocar um grupo de combatentes através da comunicação por voz e aplicar táticas de guerra muito interessantes. Os líderes podem fazer a diferença se souberem como fazer para comandar os demais soldados e obter os melhores resultados nos tiroteios, seja no ataque ou na defesa. É claro que não é fácil liderar grupos grandes de atiradores sedentos por violência.

Sem problemas de desempenho

Quem diria que um jogo para PlayStation 3 pudesse comportar 256 pessoas em um mesmo ambiente? Os desenvolvedores da Zipper Interactive conseguiram programar um game que interage perfeitamente com os servidores online e, embora o infame "lag" (atraso na resposta da conexão) seja presenciado por vários jogadores brasileiros, a constância das batalhas é admirável.

Queda na taxa de quadros por segundo (FPS)? Mínima. Optando por gráficos pouco convincentes, os programadores propiciaram uma experiência sólida, que não causa travamentos de qualquer tipo. O pior que pode acontecer — no que diz respeito a desempenho, é claro — é uma eventual desconexão com o servidor global.

Praticidade em tudo

"A la Counter-Strike", é oferecida uma mecânica de jogo extremamente agradável. Em poucos momentos, o gamer percebe que o conjunto de comandos de MAG é bem parecido com o que ocorre em boa parte dos títulos do mesmo gênero criados para consoles. São pequenos fatores (como o "sprint" realista, que depende inteiramente do item equipado pelo jogador no momento da corrida, e a execução de música quando o combatente mata vários oponentes em seguida) que tornam o jogo divertido.

Dado o contexto do game, muitos pensaram que seria difícil começar a participar dos tiroteios. Que nada. Toda a interface é amigável, o que transforma tanto a entrada quanto a saída dos combates em ações simples. É bem difícil encontrar empecilhos que dificultam a administração dos equipamentos e a habilidades e a própria jogabilidade dentro dos embates caóticos.

Reprovado

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Tecnicamente fraco

Quem olha a reprodução de MAG em uma tela pela primeira vez, pode falar que o jogo foi criado para um console da sétima geração. O problema é que a quantidade de falhas visuais é tão grande que é impossível atribuir uma nota alta ao aspecto gráfico do jogo. "Pop-ins" (surgimento abrupto de objetos, texturas e outros itens), animações deploráveis (muitas vezes, não há animações) e, de modo geral, um nível muito baixo de realismo.

Quanto à ambientação sonora, o pior quesito a ser avaliado é a qualidade dos poucos diálogos que aparecem. A trilha musical é interessante e os sons são razoáveis, mas as falas dos combatentes — principalmente à beira da morte — são simplesmente ridículas.

Pequenos problemas

Infortúnios de menor porte mostram que houve uma certa pressa no lançamento do jogo ou os desenvolvedores acabaram se esquecendo de caprichar no polimento geral. Esses problemas aparecem tanto na jogabilidade quanto na estrutura técnica de MAG.

Exemplos? Por que não é possível acompanhar um soldado enquanto o gamer espera o término do "respawn time" (tempo de ressurgimento)? Além disso, por que não há a chance de segurar um pouco a granada na mão antes de arremessá-la? E por que o tempo do "respawn time" às vezes congela no 0 e deixa o jogador sem ação?

Inovador?

O fator de inovação de MAG — até 256 em um campo de batalha — não foi o suficiente para que o game se destacasse entre os demais títulos do gênero. Tudo bem, é impressionante a fluidez dos tiroteios, mas a sensação de "falta alguma coisa" é praticamente inevitável.

Por mais que haja uma boa flexibilidade nos momentos de escolher uma facção, um conjunto de armas personalizável e um modo de jogo, são poucos os itens que fazem a diferença. O game tinha tudo para ser um dos melhores títulos do PlayStation 3, mas...

Avaliação Final

Vale a pena?


MAG cumpre bem o seu papel. É uma pena, entretanto, que os desenvolvedores não tenham encontrado uma maneira satisfatória de conciliar recursos técnicos de peso com fluidez no desempenho dos combates. Felizmente, a decisão certa foi tomada e a tudo pendeu para a criação de um jogo muito prático, envolvente e dinâmico.

Na realidade, essa atmosfera constante dos tiroteios do game é uma faca de dois gumes. Os amplos cenários da Shadow War oferecem boas possibilidades muito interessantes de emboscadas e estratégias militares, mas podem se tornar repetitivos para certos jogadores. Mais uma vez, é importante lembrar que são necessárias várias horas de jogo para que os aspectos interessantes do game sejam desbloqueados.

Pode-se dizer que a falta de polimento dos gráficos e dos sons entra em sintonia com a falta de capricho em determinados pontos da jogabilidade. Sim, a mecânica de jogo é simples e aprazível, mas poderia ser ainda melhor se a equipe da Zipper Interactive corrigisse os problemas e oferecesse ainda mais destaques e características marcantes na fórmula de MAG.

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