Imagem de LEGO Jurassic World
Imagem de LEGO Jurassic World

LEGO Jurassic World

Nota do Voxel
70

Aí meu Deus, como é bom ser dinossauro!

Aproveitando o embalo do lançamento de Jurassic World nos cinemas de todo o mundo, a Warner Bros. liberou um game com personagens de LEGO para trazer toda a magia dos dinossauros diretamente das telonas para os consoles.

Em LEGO Jurassic World, você é levado a revisitar as famosas Isla Nublar e Isla Sorna e reviver toda a magia dos filmes da perspectiva que só vemos nos jogos LEGO. Recheado de piadinhas, sarcasmos e ideias interessantes na jogabilidade, o novo título desenvolvido pela TT Games é um prato cheio para fãs da série ou jogadores que busquem apenas diversão.

Considerando o tamanho reduzido dos filmes, o game consegue propiciar quatro aventuras épicas (sim, você poderá reviver todas as aventuras, ainda que o terceiro filme nem seja tão legal) neste mundo fantástico das criaturas jurássicas. As histórias seguem bem o rumo do que vimos nos cinemas, então não espere grande surpresas nesse sentido.

Contudo, a simples possibilidade de explorar todos os cantos da ilha dos dinossauros já é um fato que merece atenção. Vamos mergulhar em detalhes para falar sobre toda a reconstrução das histórias apresentadas nos longas e comentar sobre a experiência geral do game.

Revivendo cada detalhe

Se tem uma coisa que a equipe de desenvolvimento dos jogos LEGO sabe fazer é recontar histórias — e de forma muito criativa. Em alguns casos até rola algum ineditismo, mas em Jurassic World, a regra era seguir bem a trama dos filmes, por isso não espere nada além do que você já viu nos cinemas.

Aproveitando as ideias de roteiro, câmeras e cenas de ação dos filmes, o time da TT Games mandou bem ao recriar as principais sequências dos filmes. Seja aquela parte, em Jurrasic Park, na qual damos de cara com o T-Rex ou a briga épica entre o Spinosaurus e o T-Rex, em Jurassic Park 3, o game dedicado aos dinossauros acerta em cheio na reprodução dos fatos.

O grande diferencial, obviamente, é a possibilidade de poder explorar cada uma dessas cenas épicas com detalhes. Em vez de você ficar apenas observando tudo, sua missão é interagir com os veículos, destruir quase tudo no cenário para pegar moedas (que como sempre liberam mais personagens) e realizar peripécias inusitadas nas florestas do parque.

Nós amamos dinossauros!

Para não cair na mesmice, LEGO Jurassic Park traz algumas novidades que podem empolgar crianças e adultos apaixonados por estas criaturas gigantescas. A primeira coisa bacana a citar nesse sentido é a possibilidade de jogar como um dinossauro.

Durante a história, em várias situações, você assume o papel de vários animais jurássicos, podendo ser um velociraptor amigo de Owen (interpretado por Chris Pratt em Jurassic World) ou mesmo o T-Rex que aparece nos tantos filmes da franquia.

Não bastasse essa nova perspectiva no desenrolar da trama, você também pode assumir o papel de dinossauro para causar o caos na ilha. E o mais engraçado nisso tudo é que os dinossauros adotam mecânicas parecidas com as dos personagens humanos, podendo montar pecinhas de LEGO, saltar de um lado para o outro, destruir partes do cenário e muito mais.

O jogo contém uma grande variedade de dinossauros, que vão desde os mais clássicos, até pequenas criaturas (que podem ser inofensivas ou perigosas), dinossauros voadores e outros realmente assustadores. Obviamente, é recomendado jogar os games depois de já ter visto os filmes, principalmente o último que traz novos seres jurássicos.

Faltou capricho nos visuais

Parece que a equipe de desenvolvimento da TT Games não dá muita bola para a questão de visuais dos games. Os títulos para PlayStation 3 e Xbox 360 sempre rodaram a 720p, o que não é tão ruim considerando a estética do game, sendo também compreensível dado a limitação de hardware existente nesses aparelhos.

Só que ao verificar que os gráficos no PlayStation 4 e Xbox One continuam exatamente iguais é um bocado decepcionante. O jogo ainda roda na mesma resolução, apresenta texturas medíocres e não apresenta grandes recursos na composição dos cenários.

Os ambientes são bem desenvolvidos e copiam muito bem os visuais do filme, porém nós esperávamos ver mais capricho nesse sentido. Trabalhar um pouco mais para criar cenários mais envolventes não daria tanto trabalho e com certeza agregaria na experiência geral dos jogos.

Problemas jurássicos

Não importa quantos jogos de LEGO sejam desenvolvidos, quase todos que passaram por nossas mãos (e olha que eu já testei quase 10 games) apresentaram alguns bugs bem chatinhos. Com LEGO Jurassic World, a história não é diferente, então você pode se preparar para vivenciar os mesmos inconvenientes.

Primeiro, temos a questão da câmera no modo multiplayer. Apesar de não ser um bug propriamente dito, o modo como o game posiciona as câmeras acaba atrapalhando seriamente a jogatina.

Além do posicionamento variável (quando a tela é dividida, ela fica girando conforme os jogadores se movimentam), há o problema de regulagem que impossibilita visualizar elementos importantes de cenário. Sinceramente, uma simples opção no menu de vídeo — travando a divisão de tela na vertical — poderia resolver facilmente esse tipo de situação.

Essa questão da câmera também atrapalha no modo single player, quando percebemos que o jogo deixa alguns dinossauros enormes invisíveis na tela. Basicamente, quando a câmera está muito próxima, o game elimina o modelo do personagem para que você possa ver o cenário (ou por um simples bug).

Só que o game não se complica só nesses pontos. Há várias situações em que os personagens ficam travados em determinadas partes do cenário. Você pode se locomover, mas o bonequinho não sai do lugar e nenhum comando resolve o problema, de modo que somente uma reinicialização pode resolver.

A mesma coisa de sempre

Da mesma forma como os bugs e elementos de jogo são reaproveitados, em Jurassic World vemos a mesma jogabilidade, mecânicas parecidas e desafios muito similares aos games antigos da LEGO. Do ponto de aprendizagem, isto é excelente, já que o jogador tem costume com os comandos e não precisa reaprender a controlar os personagens ou veículos.

Contudo, levando em conta a questão da dificuldade, LEGO Jurassic World prova que os games da série representam apenas uma homenagem através de uma reprodução mais simpática de um determinado universo, do que uma obra que visa propiciar experiências desafiadoras.

Não importa o quão grande seja o dinossauro que está na tela, quantos inimigos se apresentem para o combate ou quais manobras radicais devem ser realizadas para avançar na história, tudo segue um macete bem fácil, o que pode acabar com a graça rapidamente para os jogadores que já aproveitaram outros games.

O parque está aberto, mas o ingresso é caro

No fim das contas, deixando as falhas e mesmices de lado, podemos dizer que LEGO Jurassic World é um título interessante para os fãs da série e jogadores que querem se distrair brincando com dinossauros.

A dublagem em português ficou bem legal, ainda mais que várias falas dos longa-metragens foram preservadas (com direito a traduções na íntegra que deixam tudo ainda mais engraçado). Da mesma forma, a trilha sonora original acaba se encaixando perfeitamente, dando mais ânimo às aventuras jurássicas.

As piadinhas e brincadeiras dos bonecos continuam muito divertidas, o que certamente deve ser levado em conta, já que este é ponto principal da franquia. Vale notar ainda que a jogatina com dinossauros certamente vale a pena, mas o preço do ingresso (as versões de PS4 e XOne custam facilmente mais que 200 reais) para este parque pode acabar doendo no bolso.

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Pontos Positivos
  • Jogue como um dinossauro!
  • Eu disse que você pode jogar como um dinossauro!
  • As histórias dos quatro filmes em um jogo!
  • Cenas clássicas recriadas no mundo LEGO
  • Dublagem excepcional
  • Trilha sonora completa dos filmes
  • Muitas cenas de ação
Pontos Negativos
  • Gráficos não evoluíram
  • Os velhos bugs permanecem
  • Muito fácil