Quando um jogo não possui alma
Os jogos de Tim Schafer sempre foram conhecidos por sua alta qualidade e por seus roteiros inteligentes e engraçados. Desde os clássicos do PC, como a Full Throttle e Grim Fandango, aos recentes Brütal Legend e Stacking, suas produções sempre surpreendem por conta da proposta incomum e das situações irreverentes.
Com Trenched não é diferente. Lançado com exclusividade para o Xbox LIVE Arcade, o game mostra uma versão alternativa da História em que o maior inimigo da humanidade após a Primeira Guerra Mundial não são as ditaduras ultraconservadoras, mas a televisão.
Para criar essa crítica irônica, Schafer aposta na combinação entre os gêneros Tower Defense e tiro em terceira pessoa, apresentando um mundo bizarro em que tubos luminosos controlam as pessoas. No entanto, assim como as máquinas usadas pelo protagonista, o título tem dificuldades para avançar e tropeça em seu maior propósito: fazer com que essa sátira tenha vida e nos empolgue a lutar contra a TV.
Talvez a caixa iluminada tenha vencido esta guerra.
Como dito, Trenched não é um jogo ruim e tem tudo para agradar aos fãs de games de Tower Defense. Contudo, o estúdio peca ao trazer um título sem alma e cuja história não empolga em momento algum. Tudo é muito linear e, apesar de as missões serem desafiadoras, ele não consegue fazer com que você crie um vínculo com os personagens ou o enredo.
Se você gosta do gênero, o game é totalmente recomendado, pois ele traz inovações interessantes ao estilo e consegue renovar a jogabilidade de modo interessante. Por outro lado, se você procura apenas diversão e muito humor na Xbox LIVE Arcade, Ms. 'Splosion Man pode ser uma escolha mais sensata.
Categorias
Nota do Voxel