Imagem de Huntdown
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Huntdown

Nota do Voxel
100

Huntdown é uma obra-prima com muito tiroteio e diversidade

Quando joguei pela primeira vez um game da série Contra, ficou explícita uma paixão pelo gênero run and gun. Ao longo dos anos, diversos títulos tentaram preencher essa lacuna, mas poucos tiveram sua marca registrada.

Metal Slug foi um dos jogos que marcaram presença com louvor; recentemente, tivemos o excelente Cuphead. Mas já que o mundo cyberpunk está na moda, nada melhor do que criar um jogo neste estilo, não é mesmo?

Esse foi o ponto de partida da Easy Trigger Games, que trouxe uma verdadeira obra-prima e uma excelente releitura do passado para um gênero que precisava de um novo olhar. Huntdown tem tiros para todos os lados com pixels maravilhosos e uma história simples, mas envolvente. O jogo acaba de ser lançado para PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

Justiça pelas próprias mãos

O futuro chegou. O mundo cyberpunk tomou conta das ruas e das vielas da cidade, dominadas por gangues de criminosos — nem mesmo os policiais têm coragem suficiente para invadir os locais. Esse é um trabalho para caçadores de recompensas, que fazem o possível para enriquecer às custas dos bandidos. A aventura pode ser jogada de duas maneiras: modo história ou arcade.

No modo história, tudo é contado de forma que se toma gosto pela aventura, oferecendo uma imersão pouco vista em títulos desse gênero. No modo arcade, o tiro "come solto", e a maior lembrança é a chuva de balas.

Para iniciar a caminhada, é possível escolher entre três caçadores de recompensa. Cada um deles tem personalidade, característica e armamentos únicos. Anna Conda é o ser humano da história, uma militar especializada em armas brancas; John Sawyer, um ciborgue que tem um passado parecido com o do Robocop; e Mow Man, um robô.

Se você já achou legal conhecer os personagens, saiba que tudo colocado em Huntdown foi muito bem pensado. Desde os nomes, que chegam a ser engraçados, até a dublagem, que é de muito bom gosto. Destaque para o vozeirão do ciborgue John Sawyer.

O que mais surpreende em toda a aventura é saber que essa obra de arte foi feita por apenas cinco pessoas — o "grosso" do jogo foi praticamente desenvolvido por dois suecos, Andreas Rehnberg e Tommy Gustafsson.

Feijão com arroz

Quando empresas tentam manter vivos os sonhos do passado, a primeira coisa a ser feita é mexer o mínimo possível no que deu certo. Este é um dos pontos positivos de Huntdown. A mecânica de jogo, munida de sua jogabilidade, é simples e perfeita.

Isso tornou os controles muito responsivos. Alguns poderão achar a movimentação do personagem um pouco lenta, principalmente com a chuva de balas que ele tem pela frente, mas sinceramente não me incomodou. Como tudo ocorre de forma precisa, é necessário fazer os movimentos coordenados e na hora certa, para tirar o melhor proveito das ações do personagem, principalmente nos combates com os chefões.

Este é outro detalhe que chama a atenção. A diversidade de inimigos é muito boa. São praticamente cinco em cada mundo, o que deixa a aventura sempre com um gostinho de "quero mais".

Aliado a isso está o pouco tempo que precisa ser cumprido em cada cenário, geralmente de 8 a 12 minutos, sem enrolação e com muita variedade de inimigos e armas. Vale destacar também os cenários, que são muito ricos e de certa forma enriquecem consideravelmente a imersão de jogo.

Por mais que o título tenha gráficos pixelados, em nenhum momento você sentirá falta de imagens bem-feitas ou contornos agradáveis. Os pixels estão impecáveis, unidos a muitas ações de explosão e carnificina.

O jogo é bem colorido, mas não explode a visão de quem está assistindo. Cada pixel foi colocado milimetricamente em seu devido lugar, dando harmonia e interatividade total com o contexto do game.

Diversidade

Um dos pontos mais criticados em games desse estilo é a pouca variedade de inimigos. Fique tranquilo, pois Huntdown traz muitos personagens diferentes. Para se ter ideia, existe uma gangue de jogadores de hóquei. O que mais encanta é que cada tipo de criminoso usa um armamento diferente. Na equipe de hóquei, por exemplo, alguns inimigos utilizam patins e tacos para confrontar.

A variedade de armas também está presente para cada um dos protagonistas, mas isso não impede que eles se apropriem do arsenal deixado pelos inimigos ao longo da caçada. Pode ser um trabuco ou até uma arma que solta raios lasers.

O mesmo pode ser dito sobre os chefes de cada fase. Cada um deles tem características únicas que influenciam diretamente na ação de jogo e na decisão na hora de destruí-lo.

Vale a pena?

Huntdown é maravilhoso, um dos melhores jogos do ano. Quem é fã do estilo tem obrigação de jogá-lo. A diversidade, a imersão e o tiroteio frenético encantam desde o primeiro minuto. Junte a tudo isso o que foi feito na parte gráfica e o carinho colocado em cada pixel do enredo.

Huntdown foi cedido gentilmente pela Easy Trigger Games para a realização desta análise.

Nota: 100

Pontos positivos

  • Muita imersão
  • Ação de primeira
  • Excelente mecânica de tiroteio
  • Diversidade de níveis e de inimigos

Pontos negativos

  • Sensação de "quero mais"
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Pontos Positivos
  • Muita imersão
  • Ação de primeira
  • Excelente mecância de tiroteio
  • Diversidade de níveis e inimigos
Pontos Negativos
  • Sensação de quero mais