Imagem de Final Fantasy XIII-2
Imagem de Final Fantasy XIII-2

Final Fantasy XIII-2

Nota do Voxel
85

Liberdade e exploração... Mas sem muita história [vídeo]

Videoanálise

Final Fantasy XIII trazia uma grande trama. Trazia também uma grande protagonista: a sisuda, heróica e feminina Lightning. Tratava-se, afinal, de um épico rococó perfeitamente de acordo com o legado de Final Fantasy... Não fosse por um único detalhe: todos os mapas do jogo, com raríssimas exceções, se pareciam com corredores infinitos.

Em outras palavras, embora fosse incrível e também cheia de reviravoltas, a história de FF XIII foi contada exclusivamente pela Square Enix, sem que nenhum fã tenha tido, sequer, a oportunidade de acrescentar “notas de rodapé” — na forma de missões paralelas. De fato, a linearidade excessiva acabou por arrancar do título um dos principais pilares de Final Fantasy: a exploração de cenários.

Img_normal

Afinal, por mais que, no fim das contas, quaisquer itens extras e caminhos alternativos tenham, na grande maioria das vezes, significado muito pouco para o desfecho de qualquer FF, decepar a ilusão oferecendo uma via crucis inescapável não parecia ser uma escolha acertada. Dessa forma, eis que a Square Enix resolve lançar mais um subtítulo de um Final Fantasy, cuja proposta inclui, exatamente, a correção de todos os equívocos da matriz original. Ok, talvez isso tenha mesmo sido conquistado. Mas o preço pode ter sido um pouco alto.

Em Final Fantasy XIII-2 você acompanhará a epopeia da dupla Noel e Serah. Enquanto esta tenta encontrar a sua irmã, aquele tem o objetivo messiânico de alterar todo o passado para prevenir um futuro catastrófico. De qualquer forma, em ambos os casos a mecânica básica será a habilidade de saltar no tempo, visitando realidades distintas (sim, também missões paralelas), ajeitando as coisas e se aproximado de um final dramático à La Final Fantasy.

Mas se, por um lado FF XIII-2 traz novamente a tão preciosa exploração e mesmo uma história com bifurcações, por outro acaba se descuidando um pouco do contexto. Entre saltos e reviravoltas, a trama parece se sustentar com certa precariedade. Por outro lado, a dupla responsável por prender a sua atenção na TV (Noel e Sarah) simplesmente não consegue o efeito de uma única Lightning.

Ok, mas nem tudo são trevas amontoadas através do tempo-espaço. Final Fantasy XIII-2, de fato, consegue resgatar aquele gostinho raro de fuçar em cada canto dos cenários e de conversar com transeuntes — que, aqui, podem até mesmo ser um simpático grupo de bichanos.
Além disso, é provável que mesmo o mais calejado fã consiga, novamente, se impressionar com a exuberância gráfica de FF — enquanto manda uma sonora salva de palmas para o núcleo Pokémon do jogo.Talvez seja melhor dar uma olhada mais de perto.

Não se pode negar que a Square Enix não apenas ouviu como agiu diante de uma das principais reclamações relacionadas a Final Fantasy XIII. FF XIII-2 não apenas quebra magistralmente a linearidade da sua matriz, quanto ainda acrescenta diversas funcionalidades que levam a fórmula de Final Fantasy um passo adiante.

Entretanto, a inclusão de inúmeros locais em diversas eras acabou por diluir consideravelmente a trama, que mal consegue se sustentar em alguns momentos — em parte pelas presenças pouco chamativas de Noel e Serah. De qualquer forma, há ainda aqui um belo Final Fantasy, do tipo que, certamente, qualquer fã de carteirinha deve extrair algumas boas horas de diversão e drama. Afinal, alguém precisa encontrar Lightning.

Final Fantasy XIII-2 foi gentilmente cedido pelo Compare Games.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.