Imagem de Crimson Dragon
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Crimson Dragon

Nota do Voxel
50

Por trás de bordas serrilhadas e jogabilidade média também bate um coração

A oitava geração de consoles chegou justo quando as plataformas da geração anterior estão em pleno ápice de produtividade e qualidade de produções. Portanto, a maior das missões que os títulos que estão desembarcando carregam é a de dar prosseguimento ao alto patamar ao qual os gamers já estão acostumados.

Para dar o pontapé inicial no cenário fantástico de dragões e conflitos interplanetários (com um quê de Avatar), a Grounding Inc. resolveu apostar em uma franquia já conhecida dos fãs dos games, lançando Crimson Dragon — exclusivamente para o Xbox One. Trata-se de uma continuação das aventuras de Panzer Dragoon (DreamCast) e Panzer Dragoon Orta (Xbox), na qual o enredo mistura alguns elementos comuns a todas elas, além de adicionar uma série de novidades.

A narrativa acontece depois que muitas gerações se passaram, desde que os primeiros humanos colonizadores do planeta Draco perderam contato com a Terra e conseguiram estabelecer uma pequena aliança com um grupo de dragões nativos da região. Agora, todos precisarão trabalhar mais unidos do que nunca para enfrentar uma antiga ameaça que resolveu emergir novamente: uma criatura colossal e muito perigosa, conhecida universalmente como o Fantasma Branco (“White Phantom”).

Agora, cabe a você assumir o controle dessa situação e guiar os dragões contra todas as investidas das forças inimigas cuja intenção é destruir o planeta. No entanto, vale informar que Crimson Dragon foi originalmente idealizado para o Xbox 360, a fim de utilizar os recursos do Kinect para construir uma jogabilidade diferenciada.

Mudança de planos

No entanto, devido a questões técnicas e de cunho administrativo interno da Grounding (e por tabela da Microsoft também), o game acabou sendo postergado para o lançamento do Xbox One, o que significou duas novas possibilidades para a desenvolvedora.

A primeira delas é que os recursos do novo console são significativamente superiores do que os de seu antecessor, o que confere ao jogo um potencial muito maior do que anteriormente. A segunda é que o projeto deveria sofrer severas modificações, uma vez que as arquiteturas entre as plataformas não são as mesmas, e isso gera despesas adicionais para os produtores.

Enfim, será que Crimson Dragon conseguiu liberar todo seu potencial ao chegar ao novo console da Microsoft? Vamos conferir.

Crimson Dragon é uma produção pouco pretenciosa da desenvolvedora Grounding Inc, que poderia ter sido muito mais relevante do que de fato é. Com uma equipe brilhante e muito renomada de desenvolvedores a cargo do trabalho, o título acabou ficando “pela metade”, já que ele não traz os atributos técnicos que esperávamos e aqueles que estão incluídos trazem uma qualidade muito aquém do que a sétima geração já havia nos deixado.

Com os controles dos dragões sendo um dos dois principais problemas, você certamente vai se irritar muito até conseguir completar alguns desafios mais complexos dentro da campanha principal do jogo. Além disso, a falta de relevância na modificação dos atributos de seus dragões faz com que sua motivação para completar as tarefas diminua, já que o poder de fogo de seu companheiro voador pouco aumenta com o passar das fases.

Caso você tenha paciência e perseverança suficientes para conseguir chegar ao final desta aventura, então pode ser que a impressão final do jogo seja um pouco melhor, já que o design de níveis melhora com a proximidade do término. Enfim, se você tem um Xbox One, vale a pena conferir Crimson Dragon, pelo menos enquanto o console não recebe mais jogos a altura.

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