GOTY? Jogo do ano? Para quem?

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Nesta terça-feira (08), foi a vez de Dishonored receber a sua edição Game of the Year (Jogo do Ano). A prática, cada vez mais comum na indústria dos games, consiste geralmente em reunir em um mesmo pacote o jogo original juntamente com todo o conteúdo extra que costuma ser lançado apenas na forma de DLC (como The Knife of Dunwall e The Brigmore Witches, no caso de Dishonored).

Mas colocar todo o conteúdo extra de um jogo não é o suficiente para torná-lo Jogo do Ano, não é mesmo? Sendo assim, as empresas também costumam relançar nesse formato os seus títulos que receberam o prêmio.

Além de uma oportunidade para aqueles que não conseguiram jogar na época, uma edição “Jogo do Ano” é uma ótima forma de propaganda. Afinal, como não confiar na qualidade de um game com o selo GOTY estampado na capa?

Mas quem oferece esses prêmios? E por que existem edições GOTY lançadas a rodo nos últimos tempos? Batman: Arkham City e Uncharted 3: Drake’s Deception, ambos lançados em 2011, por exemplo, receberam cada um a sua própria edição de “Jogo do Ano” – algo que faz com que seja difícil entender os títulos e levá-los a sério.

Quem premia?

A resposta para o fenômeno, no entanto, é bastante simples. Não há apenas uma premiação de Jogo do Ano, mas várias. Uma das mais famosas é a VGA (Video Game Awards), premiação realizada pelo canal de televisão norte-americano Spike TV e que elegeu The Walking Dead: The Game, da Telltale Games, como o seu Game of the Year de 2012.

Enquanto as escolhas da VGA são realizadas por um conselho de jornalistas da área, a cerimônia de apresentação dos prêmios é marcada também por anúncios de outros jogos. Basta lembrar da cachalote flamejante de The Phantom Pain e do mistério de sua “desenvolvedora” Moby Dick Games, a qual descobriu-se posteriormente não passar de uma brincadeira do diretor Hideo Kojima.

Já a Golden Joystick Awards, promovida pelo site CVG e realizada desde 1983, é uma das mais antigas premiações ainda existentes. A premiação se destaca por ser feita com base no voto popular e em sua última edição The Elder Scrolls V: Skyrim recebeu o grande prêmio de “Ultimate Game of the Year”.

Img_normalAlém destas, é possível citar também a BAFTA Awards (promovida pela Academia Britânica de Televisão e Cinema e que elegeu Dishonored em 2012) e a GDC Awards, na qual desenvolvedores registrados premiam seus jogos favoritos em cada edição do evento. Na última, Journey foi o selecionado como o Game of the Year.

Por fim, publicações como as revistas Edge e Game Informer também costumam eleger os seus títulos preferidos todos os anos, sendo que as escolhas destes veículos de projeção internacional costumam ser utilizadas pelas desenvolvedoras para promover seus jogos.

Jogos do ano?

Com tantas instituições e veículos escolhendo os seus próprios Games of the Year, não é de se espantar que o mercado receba uma série de edições especiais do tipo todos os anos. A prática tornou-se tão comum que até mesmo jogos que não foram agraciados com o título, como Dead Island e Borderlands, receberam suas próprias GOTY Editions.

Com isso, mesmo dentro da indústria há quem não leve os anúncios a sério. Para promover a edição especial do escrachadíssimo Saints Row IV, a Volition não deixou barato e a batizou de “Game of the Generation Edition”. Afinal, para que ser jogo do ano se é possível ser o representante de uma geração?

Brincadeiras à parte, o fenômeno pode ser utilizado para tentar acabar com o mito do Jogo do Ano como único representante da produção do meio naquele período específico em que foi lançado. Se diversas premiações anuais dificilmente concordam a respeito de qual título deve receber o selo Game of the Year, por que exigir que todos concordem com a sua escolha?

No TecMundo Games, nós também realizamos uma votação anual a respeito dos melhores (e piores) do ano. Assim, todos os anos a redação escolhe os principais destaques e decepções dos últimos 12 meses, além de permitir que o público vote em suas escolhas.

Da mesma maneira como nem sempre o público seleciona os mesmos títulos que a redação, raramente todos os integrantes da nossa equipe votam em um mesmo candidato. Enquanto os resultados são o reflexo de uma maioria, eles não decretam verdades absolutas, uma vez que são baseados em opiniões que podem divergir da sua.

Desse modo, as edições Game of the Year ainda são interessantes e podem ser formas bastante econômicas de adquirir versões completas (ou seja, juntamente com todos seus DLCs) de grandes títulos em um único pacote. Só não vale esquentar a cabeça discutindo qual título “é mais GOTY” que o outro porque isso sempre será subjetivo.

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