A retrocompatibilidade do Xbox 360 no Xbox One funciona? Veja o que achamos

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Uma das novidades da conferência da Microsoft na E3 2015 foi a revelação da retrocompatibilidade do Xbox 360 no Xbox One. O serviço é uma excelente adição à plataforma e deve diminuir a frequência de títulos remasterizados na nova geração. Apesar de o recurso chegar apenas no final do ano, uma versão de testes já está disponível para membros do Xbox Preview Program.

Nós tivemos a chance de conferir o Beta do serviço, que, atualmente, é compatível com uma lista de 22 jogos de Xbox 360, que você pode conferir aqui. Em uma matéria publicada nesta semana, explicamos como o processo funciona. Basicamente, o Xbox One “emula” um Xbox 360 para poder rodar os títulos do predecessor. Mas, no final das contas, funciona mesmo? Confira nossas impressões:

É como jogar no próprio Xbox 360

Basicamente, se você faz parte do Xbox Preview Program, a sua biblioteca de jogos automaticamente reconhecerá os seus títulos de 360. Caso você possua a versão digital de algum deles, basta ir até a seção de downloads do One para encontrá-los. Caso você tenha um dos games da lista em formato físico, basta inserir o disco para o video game instalá-lo.

O ícone do jogo antigo terá uma tarja do lado, simbolizando que ele é original de Xbox 360. Durante minha experiência de teste, pude conferir duas obras de 360: Banjo-Tooie e Viva Piñata: Trouble in Paradise. Ao iniciar pela primeira vez qualquer um deles, o sistema faz uma avaliação do seu perfil no console antigo para importar qualquer progresso que você mantenha por lá.

Em outras palavras, a experiência é cross-save. Era um dos requisitos básicos que eu esperava do serviço, mas me surpreendeu que ele esteja disponível desde agora. Basicamente, o logo do Xbox 360 aparece na tela e você é reconectado na Live, como se estivesse no próprio console antigo, reforçando a ideia de que o One de fato emula ou simula o funcionamento de seu predecessor.

Sem engasgos e com pequenas melhorias visuais

Em momento algum tive problemas em minha jogatina. Ambos os jogos rodaram maravilhosamente bem, sem engasgos, travamentos ou até queda de quadros. Muito pelo contrário: tive a leve impressão de que o upscaling para 1080p funcionou de uma maneira ainda melhor, eliminando alguns dos serrilhados.

Apesar de não ser confirmado – e de já existirem vídeos que comprovam que Mass Effect ficou mais bonito na retrocompatibilidade –, a experiência de jogar no One me deu a sensação de que os jogos possuíam algum filtro ou anti-aliasing a mais, pois estavam ligeiramente mais belos.

Galeria 1

Outra melhoria visível é o tempo de carregamento, que foi diminuído em uma quantia razoável de tempo. Não é algo extremamente visível, mas de fato o desempenho é melhor no Xbox One.

O que mais podemos esperar para o futuro?

De uma maneira geral, o serviço me pareceu funcionar extremamente bem até o momento. Creio que a Microsoft tenha optado por disponibilizá-lo no final do ano apenas para que os jogadores disponham de uma vasta biblioteca de títulos compatíveis, pois a retrocompatibilidade, aparentemente, já está totalmente funcional.

Outro ponto bacana é que a Live Gold não é um requisito para a funcionalidade, sendo necessária apenas para títulos que possuam multiplayer. E é aí que entra o segundo destaque: é possível jogar online normalmente pelo Xbox One, como se fosse um cross-play entre as duas plataformas.

No começo, fiquei um pouco cético com a novidade e não esperava grande coisa da utilidade, já que é um Beta de algo que só será lançado no final do ano. Entretanto, tudo funcionou maravilhosamente, inclusive em conjunto com as funcionalidades do Xbox One, como snap de aplicativos, captura de telas e vídeos etc.

A parte que está em preto na imagem é o espaço do snap do YouTube (que não é capturado no sistema do Xbox One)

No PlayStation 3, por exemplo, quando rodamos um jogo de PlayStation 2 ou PlayStation 1, o console entra em um modo “exclusivo” para ele. Em outras palavras, o jogador fica limitado a um sistema fechado, sem poder entrar na tela de Home do próprio aparelho, ou seja, nada de acessar galerias, configurações etc.

Se a retrocompatibilidade mantiver a qualidade que pude experienciar no Xbox Preview Program, creio que o console da Microsoft terá uma ferramenta muito poderosa em mãos para competir com a Sony e a Nintendo – o Wii U já tem retrocompatibilidade com o Wii –, além de criar um sistema que diminua a quantidade de títulos remasterizados. A novidade está prevista para chegar no final do ano, mas já temos uma lista de outros dez títulos que serão compatíveis em breve.

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