Parabéns, Super Nintendo! Console faz 23 anos de muitas memórias no Brasil

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Esta terça-feira (30) é um dia especial para saudosistas: há exatos 23 anos, em 1993, era lançado o Super Nintendo Entertainment System (SNES) no Brasil. Ele foi fabricado por aqui pela Playtronic, um braço da Gradiente, também licenciada para produzir o "Nintendinho". O console já veio pronto para o padrão de vídeo do país (Pal-M), com cartuchos iguais aos dos Estados Unidos.

O SNES foi descontinuado no Ocidente só em 1999, mas deixou muitas boas histórias de quem comprou ou ganhou o seu. Por isso, feliz aniversário brasileiro, Super Nintendo! Para celebrar, pedimos aos funcionários da NZN que contassem as melhores memórias que cada um teve com o console. Fique de olho na coluna semanal Memory Card para mais retrospectivas e confira abaixo os depoimentos e deixe o seu nos comentários!

Diego Denck, redator Mega Curioso

Minha história com o SNES envolve o clássico Super Mario World: depois que eu terminei o jogo, comprei uma revista que jogou na minha cara que eu tinha sido um "noob" e terminado da maneira mais fácil possível. O certo era abrir os 96 caminhos possíveis, para daí sim dizer que zerou o cartucho igual a um mestre. Isso virou uma obsessão na minha pré-adolescência, principalmente porque minha irmã fazia o favor de deletar meu avanço – sempre com o incentivo do meu pai, é claro. A fase "Tubular", da área secreta da Estrela, me deu pesadelos durante meses e até hoje me causa arrepios quando chego nela.

Luigi Alves, desenvolvimento

Lá por 1993, 1994, eu ainda tinha um Atari (que foi da minha mãe e das minhas tias) e algumas dezenas de jogos como Pitfall e River Raid, enquanto meus amigos já estavam com o Mega Drive, NES e Master System. Por questões financeiras, meus pais não tinham como comprar um video game mais recente. Mas um dia meu pai encomendou com um conhecido dele, que trazia produtos do Paraguai, um belo e formoso Super Nintendo Super Set, com dois controles e o jogo Super Mario World. E assim foram horas e horas de jogatina com Mario e cia. Com o tempo fui juntando a mesada do lanche da escola e comprando mais games: Super Street Fighter II, Mortal Kombat 2, Super Mario Kart, Zelda, Donkey Kong Country 2; obviamente, por serem jogos muito caros, alguns eram paralelos.

Galeria 1

E também na época fiz uma "ficha" em uma locadora próxima de casa e pegava pelo menos três jogos todo final de semana. Foi assim que conheci Mega Man X, Star Fox, Super Metroid, Top Gear e muitos outros. Um jogo do qual tenho lembranças muito boas foi o Goof Troop, pois eu e meu pai jogávamos bastante juntos. E assim o tempo foi passando, até que um dia o famoso PlayStation 1 surgiu, me encheu os olhos e vendi meu bom e velho SNES de guerra. Depois de muitos anos, a saudade da infância e daquele companheiro de antigamente me fez comprar um Super Nes usado e iniciar uma coleção de jogos.

Marcelo Rodrigues, redator

Durante boa parte da minha infância/adolescência, o Super Nintendo foi meu sonho de consumo. Como o console não era exatamente barato no Brasil, curtia apenas a jogatina no Atari velho de guerra em casa enquanto juntava uma graninha quando dava para uma atividade que hoje pode parecer estranha: pagar para jogar por hora nas locadoras. Zerei uma infinidade de jogos no SNES alheio, como Megaman X, Donkey Kong Country, Starfox e outros clássicos da época. Final Fantasy VI quase entrou nessa conta, mas tinha algum espírito de porco que sempre apagava o meu save quando eu voltava no dia seguinte (provavelmente o dono da locadora, fazendo um investimento em longo prazo no seu melhor cliente).

Anos depois, um colega que tinha locadora precisou fechar o negócio e resolveu vender todo equipamento da loja. O resultado? A oferta de um Super Nintendo usado a míseros R$ 60, com caixa, manual, dois controles e até algumas fitas mais genéricas. Um chorinho para o pai fez com que a transação fosse concretizada com sucesso e eu passasse as próximas semanas me acabando em FF6, Chrono Trigger e Super Street Fighter II. O mais bacana é que, além de o console ter rendido muita diversão por anos a fio (até que ele desse lugar ao PSX), ele funciona 100% até hoje.

Leonardo Rocha, redator

Como já falei na matéria especial do TecMundo Games sobre o dia dos pais, foi por causa do meu pai que eu acabei me apaixonando pelo mundo dos jogos. Alguns anos depois de me surpreender com um Master System e começar essa história toda, ele também acabou cedendo aos meus pedidos incessantes e comprou um Super Nintendo para mim.

Depois de me acabar com Super Mario World, que vinha na caixa, surgiu a questão de não ter novos jogos para controlar o vício. Como eu não ganhava mesada e cartuchos novos vinham só nas datas comemorativas, o SNES acabou me motivando a aprender a guardar trocados até juntar o suficiente para ir sozinho – com 8 anos – à famosa Galeria Pajé, no centro de São Paulo, e comprar o que quisesse. Altas aventuras em busca de Donkey Kong Country 3 e Mega Man X.

Douglas Vieira, redator

Devia ter uns 7 anos quando tive contato com um Super Nintendo pela primeira vez em uma locadora de bairro. Foi paixão à primeira vista, e desde então o meu sonho passou a ser ter o video game. Claro, eles não se realizam com um estalar de dados, e só fui ganhar o console seis anos mais tarde. Além das recordações de várias tardes e noites detonando jogos como Chrono Trigger, Final Fantasy III, Donkey Kong 3 e muitos outros, a que mais me marca foi a do primeiro título que comprei: Secret of Mana. Foi a primeira vez me presenteei em um aniversário, e isso só foi possível após ir praticamente um mês andando para a escola para juntar o dinheiro da passagem.

Galeria 2

Foi aí que decidi que iria comprar os jogos que me interessassem. É verdade, levou um tempo para eu conseguir chegar ao estágio que você confere na galeria (o último, EarthBound, foi adquirido em 2012), mas não me arrependo nem um pouco de todo esse esforço – o saudoso SNES continua sendo o meu console favorito até hoje.

Fernanda Hoffman, designer

Galeria 3

Sabe aquele presente que seu pai dá a você de Natal e fala que é para você, mas na verdade é para ele também? Então, foi assim que começou minha paixão pelo SNES. Influenciada desde cedo por meu pai e direcionada para esse mundo tecnológico de onde nunca mais saí, criei um laço de amor absurdo pelo Super Mario e coleciono desde então toy actions, pelúcias, jogos, quadros, canecas e afins desse personagem maravilhoso. Ah, e ter o console do SNES? Além de ser uma raridade, é algo primordial e de um carinho inenarrável para matar saudades dos velhos tempos. E, lógico, para aquele velho prazer de soprar as fitas e zerá-las mil e uma vezes.

Felipe Barbosa, redator Baixaki

Meu primeiro contato com um Super Nintendo foi aos 7 anos, durante uma viagem em família, quando descobri que a irmã do meu bisavô era completamente viciada na série Puzzle Bobble, em que você estoura bolinhas coloridas antes que elas preencham a tela. Joguei tanto durante aqueles dias que ela acabou comprando outro console e me dando de presente. Esse SNES fez eu me apaixonar pelos games, pois me mostrou tudo o que existe de melhor nesse universo, desde o prazer em chegar ao final de uma fase em Super Mario World até o poder dos jogos como arte narrativa com Chrono Trigger e Final Fantasy.

Porém, entre tantos clássicos, há um lugar especial na minha memória para todas as tardes que passei com minha mãe tentando finalizar Mickey and Donald: Magical Adventure 3. Pouco importava que todos os diálogos estivessem em japonês ou que eu passasse longe de ser um jogador habilidoso: quando a gente assoprava a fita e empurrava o botão “Power”, chefão nenhum conseguia interromper a diversão infinita de mãe e filho.

Bruno Micali, redator

Ganhei aos 6 anos de idade um Super Nintendo da minha madrinha, presente de aniversário. Por acaso, e nunca me esqueço disso, sonhei que estava em casa jogando Super Mario World alguns dias antes. Antes dele, meu primeiro console foi um Master System 2.

Mas o impacto emocional veio com aquele combo do Super Nintendo + Super Mario World, um dos melhores presentes que ganhei em toda a minha vida. Não dormi naquela noite. Fui comer pensando em Mario, fui dormir pensando em Mario, acordava pensando em Mario. Depois disso, Star Fox, Donkey Kong Country, Act Raiser, Castlevania: Dracula X e o emblemático Super Metroid, entre inúmeros outros títulos, marcaram minhas tardes. Um dos meus favoritos era Flashback, da eterna Interplay. Parabéns, SNES. Até hoje você está guardadinho na caixa, em um lugar especial do meu armário e do meu coração. Obrigado por tudo!

Nilton Kleina, redator

Sem dúvidas, foi o console que mais gostei de ter. Ele foi o segundo lá de casa, mas o primeiro novo: meu Nintendinho foi herdado de um primo quando ele mesmo migrou para o SNES. Jogo vários títulos até hoje quando dá saudades, mesmo sabendo de cor fases de Donkey Kong Country 2, Teenage Mutant Ninja Turtles: Turtles in Time, Rock 'n Roll Racing e afins.

Uma história que guardo até hoje envolve um amigo de infância com quem mantenho contato até hoje. Ele me apresentou o Ayrton Senna F1 Racing e, no dia em que fomos jogar, fui alertado: "Olha, esse jogo é diferente, se você bater o carro tem que pagar pelo conserto". Por ingenuidade de criança e uma boa lábia do meu amigo, acabei andando devagarinho e me gelava a espinha a cada pancada. Não lembro bem se eu realmente acreditei ou só fiquei com medo, mas logo pedi para trocarmos o cartucho porque corrida não era a minha praia. E a minha mãe ia me matar se algum dia chegasse a conta dos estragos.

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