Líder em serviços, Xbox tem tudo para metralhar anúncios de jogos na E3

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A Microsoft tem a faca, o queijo, a goiabada, a mortadela, o presunto, o salame, o pão, a maionese e todos os ingredientes necessários para fazer o melhor sanduba de todos os tempos. Com o perdão da metáfora, esse lanche se chama E3 2018, e o tempero que pode dar o melhor sabor possível à conferência da força verde no evento é só um, com tudo que o Xbox já tem: focar majoritariamente em anúncios de jogos first-party.

Isso porque a divisão da Microsoft, depois que Phil Spencer assumiu a batuta, só melhorou nos últimos anos: ela foi capaz de criar um ecossistema imbatível em serviços. De lambuja, desde o final de 2017, oferece também o melhor hardware no time dos consoles com o Xbox One X. Farei aqui um rápido histórico para embasar essas afirmações:

  • Em 2014, a EA anunciou que estava trabalhando num serviço de assinatura, ao estilo “on-demand”, em que, mediante um pagamento anual, ofereceria seus títulos para os membros jogarem. Os inscritos também têm direito a descontos exclusivos e acesso antecipado a diversos jogos. A Sony declinou a proposta, enquanto a Microsoft abraçou a ideia. Ponto para o Xbox One: os assinantes curtem FIFA, NBA Live, Battlefield, Mass Effect, Dead Space e tantos outros por uma anuidade que, atualmente, está em R$ 109,90;

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  • Em junho de 2015, ali na E3, a Microsoft revelou que estava trabalhando com uma força-tarefa de engenharia para tornar a retrocompatibilidade uma realidade. O recurso ganhou força – oferecer um vasto catálogo de títulos do Xbox 360 aprimorados, sem a necessidade de tantas remasterizações, tudo por meio do Xbox One, com direito a conquistas e tudo. Os produtos poderiam ser acessados diretamente pela loja do One. Dito e feito: após um bem-sucedido período de testes aos usuários Preview, a função foi lançada publicamente em novembro daquele ano. O preço para usufruir dos benefícios da retrocompatibilidade é o seguinte: R$ 0;

  • Em junho do ano passado, a Microsoft consolidou sua soberania em serviços com o lançamento do Xbox Game Pass, uma espécie de “Netflix dos games”, em que os assinantes têm um catálogo atualizável de títulos para jogar, incluindo games da retrocompatibilidade. O detalhe positivo: você baixa esses jogos no seu HD. Eles não são desfrutados por meio de streaming, a exemplo do que acontece no PS Now – que não funciona no Brasil – ou nos demais serviços on-demand;

  • O outro detalhe positivo: no início deste ano, a Microsoft anunciou que TODOS os seus first-party (Sea of Thieves, State of Decay 2Crackdown 3 e os demais a serem anunciados) seriam disponibilizados no Xbox Game Pass a partir do dia de lançamento. Por R$ 29,90 mensais, não é preciso pensar muito para concluir que vale a pena.

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Xbox Live: uma fortaleza online

Em paralelo a todos esses serviços ofertados aos usuários, vem aquilo que serve como “crepúsculo” desse pelotão de ferro: a Xbox Live. Em se tratando de ecossistema online, não há como negar: a Microsoft tem uma longa estrada, muito maior que a da Sony.

Trocando por miúdos, a Xbox Live é uma rede robusta, estável, um monstro criado para conseguir comportar o melhor multitarefas que existe, possibilidade de alternar para a TV no aparelho, encabeçar uma Microsoft Store lotada de conteúdo multimídia, atualizar uma dashboard que é desenhada a partir do feedback dos usuários.

No Brasil, a vantagem se alarga: preços mais baratos (graças a uma conversão diferente que a Xbox Live faz com relação à PSN) e suporte exemplar deixam a plataforma num patamar de acessibilidade maior. Em todos os âmbitos.

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Agora é só juntar as pecinhas...

Observe que todos os serviços descritos acima não nasceram da noite pro dia: os engenheiros da Microsoft trabalharam anos para conceber tudo de maneira tão redondinha. São tarefas que exigem planejamentos, conversas, experimentações, aprovações e desaprovações, e esse é o mérito de Phil Spencer depois que ele assumiu a batuta da força verde: um gamer de verdade dando o foco de verdade que essa plataforma merece.

Tanto que o Xbox One X, lançado no finzinho do ano passado, foi o colete que a plataforma precisava para aguentar as balas pesadas de jogos cada vez mais garbosos. O mercado e os consumidores reagiram bem: em comparação ao seu principal concorrente (o PS4 Pro), o Xbox One X desponta nas vendas. O poder de hardware, neste momento, está no campo do Xbox.

“Nosso hardware levou tempo, nossos serviços levaram tempo e continuar crescendo nossos first-party vai levar tempo. First-parties de alta qualidade e diversificação (sim, com single-player) construídos da maneira certa são nosso objetivo, aquilo que nossos clientes merecem. Podemos ter resultados similares ao que vimos em hardware e na plataforma”, decretou Spencer no Twitter em abril deste ano.

Agora junte as peças. Veja que, em cada ano desde 2014, o Xbox One ganhou um acréscimo substancial no sistema, um recurso valioso, um serviço refinado, coisas que agregaram valor à plataforma e a robusteceram. Cada uma dessas coisas está discriminada nos bullets acima. A cereja no bolo deve vir este ano: o foco absoluto e 100% em jogos.

  • Retrocompatibilidade: check.
  • Ecossistema online: check.
  • Xbox Game Pass: check.
  • EA Access: check.
  • Serviços, controle, base ativa online e funcionalidades do sistema: check.

A Microsoft se dedicou a tudo isso nos últimos anos. Uma casa não se constrói da noite pro dia; ela requer planejamento. Primeiro os tijolos, intercalando com o cimento, todo o reboque, o piso, o teto, o banheiro, a cozinha, os quartos, a sala. A Microsoft já começou essa construção com o primeiro Xbox, lá em 2001. O Xbox 360, por sua vez, foi um tiro tão certeiro que isso, direta ou indiretamente, acarretou uma grande responsabilidade para o Xbox One.

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Um console que soube se reconstruir depois da mudança de gestão, quando aquele antigo vilão, o prepotente Don Mattrick, foi demitido. E aí entrou o herói, o Phil Spencer, para ajeitar a bagunça. Reconstrução leva tempo. Ele pavimentou o terreno para 2018. Acreditem: a E3 2018 será um marco para o Xbox em anúncios de jogos. E pode fazer a aposta que você quiser: um novo Fable, um novo Banjo-Kazooie, Conker, Perfect Dark, Battletoads, Forza Horizon 4, Gears of War 5, Halo 6, Alan Wake 2, Quantum Break 2. Alguma será certeira. Essa é a época do vale-tudo, do bingo, do bolão. Entre tantas apostas, existem erros e acertos – e, neste ano, a coisa pode ser muito surpreendente pros ventos verdes em matéria de jogos.

O Xbox One já ostenta todo o resto. A cereja do bolo pode vir mais saborosa do que nós próprios podemos calcular. A Microsoft já disse que vai ser gigante na edição de 2018, já manifestou o desejo de sua E3 mais épica de todos os tempos. Aguardemos com altíssimas expectativas.

É uma delícia viver o hype pré-E3. Que época pra se estar vivo!

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