Tomb Raider: do pior para o melhor (ranking segundo o Metacritic)

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Lara Croft teve muitas aventuras ao longo dos anos. Tudo começou em 1996, com Tomb Raider I, e desde então ela nunca mais parou. Assim como qualquer franquia, ela teve seus altos e baixos, então montamos esse ranking do pior para o melhor jogo da série principal.

Nós sabemos que não é fácil dizer qual jogo é melhor ou pior, já que é uma questão muito pessoal. Então, para fazer essa lista aqui do jeito menos pessoal possível, a gente usou o Metacritic, que é um site que reúne as notas de vários veículos diferentes e faz uma média com elas. Nós pegamos as médias de cada um dos jogos principais da série Tomb Raider e ranqueamos da menor para a maior.

No caso de o jogo ter saído em mais de uma plataforma, fizemos uma média das notas de cada uma. Para alguns jogos mais antigos nós usamos a média de nota dos usuários, porque as notas da crítica especializada não estavam disponíveis. E agora que vocês sabem o critério, vamos ver a lista de pior para melhor dos jogos principais da série Tomb Raider.

Tomb Raider: The Angel Of Darkness (PC, Playstation 2) – 2003

Angel Of Darkness marcou a volta de Lara Croft depois da sua suposta morte e foi o primeiro jogo na então nova geração. A ideia da Core Design era começar uma nova trilogia, com uma narrativa mais madura, séria e sombria, e de certa forma isso foi entregue. A história foi bem contada, os puzzles eram interessantes e o visual muito bem feito. Mas onde foi que ele falhou para ser o pior jogo da franquia?

Tomb Raider

Na quantidade de bugs e, principalmente, nos controles. Movimentar a Lara era um parto – ela era pesada e o combate não funcionava. Quem analisou o jogo na época dizia que era difícil até conseguir abrir uma porta. Muitos concordaram que por trás dos problemas técnicos existia um bom jogo, mas eles impactavam muito a experiencia para serem ignorados. No final, Angel of Darkness não atingiu as expectativas e figura como o pior jogo da franquia, com nota 50,5.

Tomb Raider: Chronicles (PC, Playstation, Dreamcast) – 2000

Tomb Raider Chronicles foi o último da geração do Playstation e, como já contamos no nosso especial da série, foi feito para “encher linguiça” e manter a marca visível para o lançamento do filme. Em Chronicles, Lara já tinha sido dada como morta e quatro amigos relembram suas aventuras durante o velório. E claro que você, jogador, experiencia cada uma delas.

Tomb Raider

Acredito que a nota baixa do jogo tenha muito mais a ver com a época que ele foi feito e o momento da franquia do que com o jogo em si. Chronicles foi o quinto jogo da série e as pessoas queriam novidade e melhorias no jogo. Os controles também foram criticados – não exatamente porque estragavam o gameplay como em Angel of Darkness, mas porque estavam datados.

As missões caem na mesma situação, com cara de “eu já vi isso antes” (com exceção da última, em um prédio high-tech e claramente inspirado em Matrix). Por não ter empolgado o público, o jogo tem a média 59,7 e é o segundo pior da franquia.

Tomb Raider: Underworld (PC, PS3, Xbox 360, Wii) – 2008

Tomb Raider Underworld é bem diferentes dos dois piores que ele – outra geração e outra desenvolvedora, a Crystal Dynamics. Underworld foi o último jogo principal da Lara antes do reboot de 2013.

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Algo que marcou muito esse jogo foi o conceito “what could Lara do?”, ou, em português, “O que a Lara poderia fazer?”, que abriu as possibilidades de exploração do ambiente, dos puzzles, das habilidades e da movimentação da personagem. O jogo também tem uma história interessante e foi elogiado pela ambientação. Mas, assim como Angel of Darkness, teve sua nota prejudicada por questões técnicas – claro que em escala bem menor.

As principais reclamações sobre a Underworld foram em relação a IA, que era um pouco burrinha e não oferecia muito desafio e a Lara ficando encalhada no meio de objetos – o clássico problema de colisão. Essa mistura de “o que Lara poderia fazer” com problemas técnicos rendeu para o jogo uma média 75,3.

Tomb Raider III (PC, Playstation) – 1998

Fica claro que Tomb Raider III cai no mesmo problema de Chronicles - a época e o que ele representa para franquia. Ele não era um jogo ruim, mas era muito parecido com os anteriores, pelo bem ou pelo mal. Se na época de Tomb Raider I Lara Croft era um dos poucos personagens 3D que podiam se mover livremente pelo cenário, em 1998 a história já era bem diferente. Para vocês terem uma ideia, Ocarina of Time foi lançado no mesmo dia que Tomb Raider III.

Tomb Raider

O jogo seguiu fazendo o que a franquia já fazia, e não agradou o suficiente para garantir uma posição mais alta aqui na lista. Em uma época em que jogos 3D já tinham se popularizado, repetir a fórmula dos primeiros títulos já não funcionava mais. Ainda assim, ele não era um jogo ruim, e ficou com a média 79.

Tomb Raider: Anniversary (PC, PS2, Xbox360, Wii) – 2007

Tomb Raider Anniversary foi um jogo arriscado para a Crystal Dynamics, que precisou reimaginar o clássico que deu início a tudo. Difícil, não é? Basicamente, o jogo trouxe de volta o título original de 1996, mas com a engine e a tecnologia mais moderna, que a Crystal Dynamics criou para Tomb Raider: Legend.

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A média do jogo é 79,3, o que não dá para considerar uma nota ruim. O jogo foi elogiado e mostrou que a Crystal Dynamics sabia sim o que estava fazendo com a franquia. Ele não alcançou uma nota muito mais alta porque bom, foi uma ótima reimaginação do Tomb Raider original, deu uma modernizada no título, mas ainda assim era só um remake.

Tomb Raider: Legend (PC, PS2, Xbox, Xbox 360, GameCube) – 2006

Tomb Raider Legend foi a estreia da franquia nas mãos da Crystal Dynamics, e, na ordem de lançamento, veio depois de Angel of Darkness. Estava nas mãos de Legend mostrar que a série ainda tinha futuro – e ele conseguiu.

Tomb Raider

O título foi muito elogiado por conseguir modernizar o gameplay sem perder a essência da personagem. Eles reformularam toda a movimentação e o combate, deixando tudo mais leve e macio, criaram uma história que envolveu pela primeira vez a família de Lara e se segurou até o final do game e mostraram, com sucesso, que a franquia ainda vivia. Ainda assim, não trouxe nada extremamente inovador, o que decepcionou de leve algumas pessoas. A média dele é de 80,8

Tomb Raider II (PC, Playstation) – 1997

Tomb Raider II era um jogo muito aguardado e a pergunta que pairava no ar era se ele seria mesmo melhor que o primeiro, como a desenvolvedora Core tinha dito que seria.

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Ele melhorou algumas coisas, incluiu veículos e novos movimentos pra Lara, mas não tinha aquela atmosfera de surpresa e novidade do primeiro. O jogo foi uma continuação digna, mas perdeu alguns pontos por ser uma continuação dentro do esperado, e não conseguiu superar o significado do primeiro. Mas a nota não foi baixa não – a sua média é de 82,5, muito perto do original.

Tomb Raider I (PC, Playstation) – 1996

Tomb Raider I, o jogo revolucionário! Junto com Mario 64, ele foi um dos primeiros jogos totalmente 3D, em que seu personagem podia se mover livremente pelo cenário. E além de tudo tinha uma protagonista mulher, algo bem incomum para época.

Tomb Raider

O jogo tinha exploração, puzzles, aventuras e um visual revolucionário. A tecnologia desenvolvida pela Core Design deu para os jogadores coisas que eles nem sabiam que queriam e foi um sucesso absurdo – vendeu 7 milhões de unidades. Claro que o jogo que começou tudo tinha que ter uma boa posição aqui na lista, com média 83.

Tomb Raider: The Last Revelation (PC, Playstation, Dreamcast) – 1999

Tomb Raider vinha da sequência I, II, III, e a formula do jogo que um dia tinha sido revolucionária, já estava ficando datada. The Last Revelation, ainda nas mãos da Core, veio para tentar dar uma sacudida nos padrões da franquia.

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Não foi exatamente a sacudida que todo mundo esperava, mas foi mais do que os jogos anteriores – o que agradou mais a crítica na época. Pela primeira vez um Tomb Raider tinha uma história mais elaborada e puzzles mais integrados com ela. Não foi a salvação que os fãs esperavam, mas, naquele momento, foi o respiro que a franquia precisava, o que deu para ele uma média 86.

Tomb Raider (PC, PS3, Xbox360) – 2013

Depois de ter passado por toda a lista, não é difícil entender por que o reboot de 2013 e sua sequência estão no topo. Desde o segundo jogo, o público esperava aquele lançamento que seria a grande revolução na franquia. E ele finalmente chegou em 2013, com o Tomb Raider, que desconstruiu tudo que conhecíamos da Lara Croft, da jogabilidade, do universo da série e nos entregou um jogo moderno, maduro, e que redefiniu a franquia de um jeito muito positivo.

Tomb Raider

Lara ganhou visual e personalidade muito mais realistas, e as animações junto com a captura de movimentos deixaram a personagem muito mais verossímil. O jogo elaborou o combate – tanto com armas quanto corpo a corpo – trouxe um sistema de evolução de habilidades, de crafting, deu ao jogador muito mais liberdade de exploração e ficou bem mais ação. Não teve um aspecto da franquia que não tenha sido refinado e modernizado, e conversou muito bem com o público da época. Por isso ele está na vice-liderança, com nota 86,3.

Rise of The Tomb Raider (PC, Xbox One, PS4) – 2015

E quase empatado, com nota 86,7, o primeiro da nossa lista e o melhor jogo da série segundo o Metacritic é o Rise of The Tomb Raider.

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O jogo não revolucionou muito em relação ao reboot, mas pelo jeito não precisava. Ele construiu algo maior, melhor e mais bonito, sem precisar fugir muito do primeiro título da trilogia. Rise melhorou a exploração, a coleta de itens, o upgrade das armas, as tumbas e os puzzles. Foi uma sequência natural e esperada do reboot, mas mantendo a cara fresca o suficiente para não cair na mesma armadilha dos primeiros jogos da franquia.

Shadow of The Tomb Raider (PC, Xbox One, PS4) – 2018

As notas de Shadow of The Tomb Raider já estão chegando (confira a do Voxel aqui), mas é cedo para colocá-lo nessa lista – e além de tudo, elas estão bem diversificadas, indo de 6 a 10 na mídia especializada. E você, já jogou? Onde acha que ele se encaixa nessa lista?

Tomb Raider

E para você, qual o melhor e o pior? Como ficaria a sua lista? Conta para gente aqui nos comentários!

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