10 jogos retrô que envelheceram muito mal

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Imagem: Divulgação / Naughty Dog

O teste do tempo é cruel e, muitas vezes, implacável. Por mais que alguns videogames envelheçam muito bem e divirtam até hoje, outros tantos acabam ficando meio obsoletos e datados, muito por conta da evolução de mecânicas proporcionada por seus concorrentes ou mesmo dentro da própria franquia!

Foi pensando nisso que preparamos a lista a seguir com 10 jogos que, se experimentados pela primeira vez ou revisitados em 2023, podem deixar alguém confuso e se perguntando como diabos alguém gostava deles antigamente. Lembre, claro, que isso não quer dizer que eles são ruins. Pelo contrário, muitos deles eram excelentes na ocasião de seu lançamento original!

Note que os jogos não estão em qualquer tipo de ordem de qualidade, são apenas 10 exemplos que selecionamos para sustentar os nossos argumentos. De forma alguma se trata de verdade absoluta, já que o próprio tema é subjetivo por natureza. Dito isso, confira a lista a seguir!

Street Fighter

A maior pegadinha do primeiro Street Fighter é que talvez ele não tenha envelhecido mal, mas sim que desde o seu lançamento ele não seja lá grande coisa. Mas isso não conta a história completa, já que o seu trunfo foi pegar algumas ideias dos antigos beat 'em ups e adaptá-las para uma estrutura em que cada fase consistia apenas de um chefão. Com a adição de golpes especiais feitos com inputs complexos, ele plantou as bases para o que viria a se tornar um gênero próprio pouco depois!

É verdade que os controles eram meio imprecisos e era necessário abusar do negative edge e da farofa para soltar até um simples hadouken, mas não dá para descartar o seu valor histórico. Curiosamente, dá até para argumentar que o próprio Street Fighter II, ainda que seja um game essencial e um dos melhores da história, também não envelheceu muito bem quando comparado aos seus sucessores muito mais polidos, precisos e complexos.

Uncharted: Drake's Fortune

Hoje, a Naughty Dog é um dos estúdios mais premiados e respeitados dos videogames ocidentais, mas o seu padrão de narrativas mais cinematográficas começou a deslanchar para valer lá no primeiro Uncharted. Tal qual Gears of War, ele se beneficiou bastante da adição de murinhos nos combates para tornar os tiroteios mais divertidos e imersivos e ajudou bastante a popularizar essa mecânica de gameplay. Só é uma pena que o seu texto, gráficos e design das fases deixe muito a desejar quando comparados às suas sequências diretas também lançadas ainda no PlayStation 3. Compare com Uncharted 2 e veja o quão melhor tudo flui por lá!

Resident Evil

Outro exemplo clássico de jogo datado é o primeiro Resident Evil, muito por culpa de seus controles estilo tank e câmera fixa que muda de perspectiva sem aviso prévio. Felizmente, a própria Capcom notou isso bem cedo e nos brindou com um dos melhores remakes de todos os tempos já no GameCube, uma versão tão boa que posteriormente serviu de base para grandes relançamentos nos consoles mais modernos. Na dúvida, jogue sempre a versão mais recente!

Phantasy Star

Há muito que poderíamos falar sobre JRPGs dos anos 1980 e 90, quando as produtoras ainda estavam evoluindo a fórmula e encontrando o melhor ritmo para as suas narrativas épicas. Quando você volta para os primeiros Final Fantasy e Dragon Quest, logo deve notar o excesso de grinding e a confusão sobre os objetivos, já que era muito comum precisar de revistas com detonados para progredir.

Mas optamos por usar o primeiro Phantasy Star como exemplo, especialmente porque ele recebeu uma excelente repaginação na versão SEGA Ages, com direito a um mapa incorporado na tela e descrição dos itens, o que o torna muito mais amigável e mostra bem como "corrigir" os problemas de um jogo que teve alguns aspectos envelhecendo mal. Que bom que dá para reviver uma das melhores obras da saudosa Rieko Kodama dessa forma mais moderna!

Night Trap

Os QTE já foram algo bem mais presente nos videogames e hoje deram uma boa sumida no geral, mas houve uma época em que eles estavam na moda e representavam tecnologias de ponta! Um bom exemplo aconteceu no advento dos primeiros jogos em CD, especialmente nos títulos de SEGA CD, console que se orgulhava de rodar vários jogos quase que inteiramente feitos de FMV. A interação dos jogadores era mínima, e você só apertava um botão de tempos em tempos para determinar que tipo de filme rodaria a seguir. Tinha lá seus méritos de inovação de linguagem na época, mas hoje em dia é quase intragável, como bem exemplificado no limitadíssimo gameplay de Night Trap.

Syphon Filter

Poucos jogos do primeiro PlayStation ofereciam tiroteios e espionagem tão legais quanto Syphon Filter! Mas infelizmente só quem viveu na época ou os jogadores mais tolerantes a controles e câmera datados ainda conseguiriam se divertir ao revisitar esse jogo. Se quiser testar por conta própria, ele está disponível no catálogo da PlayStation Plus Deluxe.

Crash Bandicoot

Não é nada pessoal contra a Naughty Dog, mas Crash Bandicoot realmente é um ótimo exemplo de jogo que, na época de seu lançamento, parecia super diferentão, com o mascote às vezes correndo contra a câmera em plataformas 3D, mas que hoje em dia deixa mais evidentes os seus problemas de design. Compare, por exemplo, as fases do primeiro Crash com os níveis muito bem pensados de Crash Bandicoot 4, que manteve o alto nível de desafio, mas agora de forma mais coesa, divertida e melhor estruturada.

The Sims

Uma verdadeira febre dos computadores e responsável pelo nascimento de uma franquia de gigantesco sucesso, o primeiro The Sims é quase impossível de jogar hoje em dia com os seus menus simplórios, pouco intuitivos e recursos limitados demais.

Myst

Os antigos jogos de adventure para PC são extremamente charmosos e tiveram um papel essencial para ajudar no desenvolvimento das narrativas dos videogames. Dos games da LucasArts até o inovador Myst, o seu legado não pode ser menosprezado... mas que é difícil jogar esse último hoje em dia, isso é... o seu mundo tão vibrante e imersivo de outrora agora é muito limitado e repleto de puzzles obtusos demais para o seu próprio bem.

Kingdom Hearts

Para fechar temos uma franquia que é tão querida quanto confusa, uma das maiores joias do catálogo da Square Enix e... francamente, um jogo que não envelheceu tão bem quanto gostaríamos. No seu lançamento havia — e ainda há! — algo de mágico em ver os personagens e mundos da Disney coexistindo com o universo da Square Enix, mas as alegrias param por aí: tanto o sistema de câmera como os controles de combate ficam muito longe do ideal. Vale revisitar mais pela história do que por qualquer outra coisa.

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