Overwatch 2: tudo sobre a criação da nova tank Junker Queen

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Agora falta pouco para podermos jogar Overwatch 2, o que acontecerá já no próximo dia 4 de outubro com a liberação do modo PvP! Entre um monte de novidades, como o novo formato free to play, também fomos apresentados à Junker Queen, a mais nova heroína do game.

Aproveitando essa deixa, a Blizzard gentilmente nos convidou para uma entrevista coletiva com Kacey Helms, a Sr Art Supervisor do jogo, Geoff Goodman, Lead Hero Designer, Gavin Jurgens-Fyhrie, Lead Narrative Designer, e por lá nós tivemos a chance de fazer várias perguntas diretas para o trio. Antes disso, nós também conversamos com o diretor Aaron Keller:

Quais foram as principais inspirações de vocês para criar a Junker Queen? Como ela foi parar no jogo, e vocês podem contar algumas curiosidades e histórias dos bastidores?

Kacey Helms: O time trabalhou muito duro para tentar acertar em cheio na estética punk australiana da Junker Queen, o que passa pelo seu estilo de jogo, arte, e até a música que você ouve na cinemática! No geral, o mais importante era que ela parecesse autêntica. Mas no que diz respeito a arte, ela parecia uma progressão natural ao que já fizemos com Junkrat e Roadhog nos terrenos baldios.

Já tínhamos colocado alguns teasers sobre ela em pôsteres e tudo mais, e quando finalmente decidimos que tinha chegado a hora dela estrear, uma vez que se decidiu como será o estilo de jogo dela, começamos fazendo várias versões em 2D e conceitos de movimentação para ver como seria o seu estilo em ação, seja nas passivas e ativas ou até mesmo na hora do Ult.

Aí depois disso tínhamos que pensar em como ela se encaixaria com os outros heróis, a sua silhueta precisava ser bem distinta para que quando ela aparecesse de cara você já soubesse quem é. Esteticamente, ela tem 2.13 metros, ela é muito grande e poderosa, o que é incrível! Ela é porradeira, gosta de "chegar chegando" e já resolver tudo de cara. Até as suas roupas estão rasgadas porque ela não liga muito para a sua aparência.

Até no que diz respeito às suas armas, dá para ver que elas foram montadas a partir de sucata. Amo tudo nela, das animações até as falas! A animação por si só já denota como ela tem uma atitude forte! Uma das coisas mais legais é que o símbolo na sua camisa é uma referência a Queensland, na Austrália, então espero que as pessoas achem isso legal.

Ela também batizou a sua faca, que é chamada de Gracie! Não tem muita gente disposta a dar nomes às suas armas, então isso mostra também a personalidade dela. E sobre inspiração, ela bebeu da fonte de muitas mulheres poderosas. Uma grande inspiração com certeza foi a Furiosa do último filme do Mad Max, que é uma personagem incrível. No ponto de vista artístico, eu acho ela tão legal e ficou muito feliz com o resultado!

Geoff Goodman: Sobre o gameplay, é um pouco interessante porque nós trabalhamos nos heróis sob as mais diferentes circunstâncias e propósitos, e a Queen foi muito legal porque ela não surgiu como heroína jogável, mas sim como parte da história de Junkertown. Mas todos nós aqui somos fãs do jogo também, então quando surgiu a oportunidade de levá-la além e colocá-la no jogo. Muita gente estava torcendo por isso, e a gente também (risos).

Assim, a questão sempre foi muito mais sobre quando a gente a colocaria em Overwatch, e menos sobre se a colocaríamos no jogo. Isso acontece às vezes com alguns heróis, já tinha acontecido com a Ashe, por exemplo, e aí vira só uma questão de achar o momento certo para a sua chegada. E a Queen encaixa tão bem com Overwatch 2 e com as nossas mudanças na filosofia de design que permitem aos tanks serem um pouco mais agressivos... ou muito mais agressivos, no caso dela (risos).

Como ela foi a primeira heroína que nós projetamos já com isso em mente, acabou servindo de paradigma. Quem sabe ela não teria sido bem diferente no primeiro jogo? Mas tem alguns elementos que nos ajudam a pensar, tipo no caso do Doomfist você olha para ele e logo pensa que ele deve ser capaz de dar um tremendo soco, e no caso da Queen tínhamos ilustrações e designs dela com um imponente machado, então era óbvio que ele teria que ser usado de forma significativa no gameplay.

O que mais queremos quando lançamos um herói é que você se sinta jogando com um personagem, e não com uma classe. Alguém que luta de acordo com quem é, e não com as expectativas de seu papel, que tenha personalidade. Então o kit de habilidades da Queen precisava girar ao redor de te ajudar a chegar mais perto dos inimigos e partir para cima, criando até uma aura de medo ao redor dos inimigos.

E uma curiosidade de desenvolvimento é que chegamos a nos sentir inseguros sobre o machado ser o seu único acessório, então em certo ponto lhe demos luvas magnéticas. Então ela poderia jogar o machado e então puxá-lo de volta à distância, o que era divertido mas meio estranho às vezes porque ela ficava sem ter nada para bater nos outros enquanto isso. Foi aí que fizemos a sua faca Gracie, e é isso que ela pode arremessar, o que acabou fazendo sentido porque é típico dessa personagem ter um arsenal, armas e planos reserva.

Ainda é muito cedo para falarmos um pouco sobre o novo mapa no Rio de Janeiro? Como está sendo trabalhar nos novos cenários?

Kacey Helms: Ainda não podemos revelar muito porque queremos fazer bastante alarde ao redor desse mapa no momento certo, mas o que eu posso dizer é que tem pessoas no nosso time que são do Brasil, e esse pessoal do RJ nos ajuda a detectar pequenos detalhes que um leigo poderia não perceber, mas que se você for natural da região vai pescar, então vai ter vários pequenos easter eggs graças a isso!

Outra coisa que fizemos diz respeito ao som, porque nós mandamos pessoas até cada região para fazer gravações, o que ajudou a trazer maior autenticidade. Então pode ter certeza de que tanto quem é de lá como os outros desenvolvedores amam de paixão esse mapa e estão empolgados para mostrá-lo!

Gavin Jurgens-Fyhrie: Eu amo a forma como o nosso time consegue montar os mapas e a quantidade de carinho que é colocada em cada pequeno detalhe, desde o áudio até a arte, as histórias que você consegue encontrar, os easter eggs... Não dá para falar muito tão cedo, mas eu fico muito feliz com como ficou tudo!

Geoff Goodman: Tem algumas referências tão boas e tão escondidas que eu só descubro lendo na internet sobre bem depois! (risos)

A Junker Queen é uma boa personagem para iniciantes ou é mais recomendada para veteranos? Podem compartilhar algumas dicas de gameplay?

Geoff Goodman: eu não acho que a Queen seja tão complicada de jogar! Certamente tem muitas nuances no seu gameplay, mas mesmo sem ter um alto nível de habilidade, eu acredito que dá para se divertir e se sentir muito poderoso de cara usando ela. Um dos pontos de maior profundidade é escolher o momento certo de atirar e puxar a sua faca de volta, por exemplo.

Também tem uma boa curva de aprendizado em saber quando ser ou não mais agressivo, e buscar alternativas nas horas em que você se compromete um pouco demais com uma luta. No geral, acho que ela ficou num ótimo ponto em termos de piso de habilidade, mas com um grande e recompensador teto também.

Eu acho que uma boa composição para jogar com ela seria ter o time jogando junto no solo, quem sabe com um boost de velocidade do Lucio, e aí fazer uma bola de neve com tanta pressão. Você até pode ser counterado por barreiras da Mei, por exemplo, mas a Queen é certamente um tank bem mais horizontal do que vertical, e aplicar pressão é uma boa forma de ganhar.

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