Funcionários da Ubisoft divulgam carta exigindo mudanças na indústria

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Imagem: Tada Images/Shutterstock

As graves denúncias de assédio contra diretores que renderam um processo contra a Activision Blizzard já começam a repercutir em outras empresas. Nesta quarta-feira (28), quase 500 funcionários e ex-funcionários da Ubisoft assinaram uma carta exigindo medidas mais duras contra os casos de violência sexual na indústria dos games.

Com o documento, que foi publicado pelo site Axios, além de pressionar a Activision Blizzard a agir para que a situação seja investigada com rigor, os signatários também chamaram a atenção de outras companhias do mercado.

Antes de se dirigirem às empresas, os profissionais atuais e antigos da Ubisoft prestaram uma solidariedade aos colegas da concorrente, que realizaram uma greve e protestos hoje. Depois, a carta serviu para se lembrar do fato de que já há alguns anos o setor de jogos eletrônicos tem casos públicos de violência sexual.

“Já não deveria ser uma surpresa para ninguém: funcionários, executivos, jornalistas e fãs sabem que esses atos hediondos estão acontecendo. É hora de parar de nos chocar. Devemos exigir que sejam tomadas medidas reais para evitá-los e responsabilizar as pessoas por suas ações”, segundo o trecho do texto.

Críticas duras

Os funcionários que assinaram a carta disseram que o documento seria enviado para o próprio CEO da Ubisoft, Yves Guillemot. Espalhados por mais de 30 estúdios da empresa, eles se disseram insatisfeitos com o tratamento que a gigante deu aos casos de assédio que vieram à tona nos últimos anos.

Fontes anônimas disseram ao Axios que, apesar de algumas ações, como a abertura de comitês pró-diversidade e antiassédio, a cultura dentro da companhia não mudou de maneira profunda. “Nós ficamos parados e assistimos a tudo enquanto vocês despediam apenas os infratores públicos. Vocês deixaram o resto renunciar ou, pior, os promoveram, os moveram de estúdio em estúdio, de equipe em equipe, dando-lhes segundas chances após segundas chances sem repercussão. Esse ciclo precisa parar”, exigem os colaboradores.

Em relação à Activision Blizzard e outras empresas da indústria, a carta diz que é preciso repensar a forma como tudo funciona e propõe uma colaboração para definir novas regras e processos para lidar com os casos de assédio sexual e outras más condutas.

Os signatários dizem que é preciso fazer mudanças “fundamentais e verdadeiras” em toda a indústria. Para melhorar a segurança principalmente das mulheres, eles pedem que o debate seja mais abrangente.

"Essa colaboração deve envolver fortemente os funcionários em cargos não administrativos e representantes sindicais. Isso é essencial para garantir que aqueles que são diretamente afetados por esses comportamentos estão liderando a mudança”, eles afirmaram.

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Fontes

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