Overwatch: conversamos com Christie Golden sobre o seu novo conto

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Overwatch está atualmente recebendo um de seus eventos mais legais do ano, com o Desafio de Restauração da Symmetra! De 17 a 30 de novembro, basta ganhar nove partidas em qualquer modo de jogo para receber uma linda skin exclusiva, a Symmetra Marammat! Mas essa não é a única novidade desse super evento.

Como já tínhamos dito por aqui, a heroína também recebeu um novo conto próprio, De Pedra em Pedra, que expande ainda mais o lore dos ômnicos, com direito a uma participação super especial do Zenyatta! E quem escreveu essa história foi ninguém menos que a autora best-seller do New York Times Christie Golden!

A convite da Blizzard, tivemos a oportunidade de conversar diretamente com a escritora, que foi super simpática e tirou todas as nossas dúvidas sobre as origens da história, desde a aproximação com Jeff Kaplan, o diretor do jogo (bem explicada no vídeo abaixo pelo próprio Jeff) até as suas maiores influências. Confira os melhores trechos da nossa conversa a seguir!

Um papo com Christie Golden

É muito legal ver você, que já trabalhou até em Star Trek, entrando agora em mais uma franquia futurista como é o Overwatch. Como você se sente a respeito de mergulhar em mais uma ficção científica?

“Eu acho que existem sim similaridades! Na verdade, a minha família não era muito ligada em ficção científica, então a minha primeira exposição ao gênero foi quando eu tinha 10 anos. Eu ia brincar com uma amiguinha, mas no dia ela não quis brincar porque preferia ver um tal de Star Trek na televisão. Eu fiquei bem irritada no dia, tipo ‘então eu vou ver esse Star Trek também para saber o que tem de tão bom assim nele’, e ainda me lembro como se fosse ontem de ver o meu primeiro episódio! E isso me catapultou para esse mundo, foi uma conexão muito profunda.

Desde então, foi muito divertido ver todas as diferentes versões de Star Trek, todas as vozes diferentes que a série podia abrigar. Eu amei trabalhar no Voyager, o elenco foi incrível, eu nem consigo escolher um personagem favorito porque eu amo todos eles! (risos). E por tudo isso, eu gosto de versões do futuro que são cheias de esperança, eu acho que a gente precisa disso. Talvez hoje mais do que nunca, com tudo de negativo que tem acontecido no mundo.

Antes do coronavírus a gente estava cheio de lançamentos distópicos, e todo mundo obcecado por isso, mas agora as pessoas estão mais tipo ‘quer saber? não, não, não, o que é bem fofinho e aquece o coração? Quero ver algo para relaxar’. E o que eu amo sobre Overwatch é que ele é uma obra verdadeiramente global, com um monte de personagens. E com o Overwatch 2 chegando, nós estamos caminhando cada vez mais para expandir o lore. Eu adoro a ideia de ter robôs conscientes sendo vistos como pessoas, e a ideia de que todo mundo pode ser um herói.

Um dos pontos centrais do jogo é que ‘todo mundo pode ser um herói’, e eu acho que isso vale até para o nosso dia-a-dia. Você pode ceder o seu lugar na fila, oferecer o seu assento, agradecer e ser gentil com as outras pessoas, tem tantas formas de fazer o mundo ao menos um pouquinho melhor. Então é legal trabalhar em um universo onde todos tentam fazer isso!”

E de onde veio a ideia de colocar o Zenyatta no conto? Você teve liberdade para criar isso ou foi algo direcionado pelo time? Como foi o seu processo criativo no De Pedra em Pedra?

“O Jeff queria sim ver o Zenyatta e a Symmetra conversando sobre consertar alguma coisa, e o que isso poderia significar, como fazer isso de uma forma diferente e legal. Então eu fiz muita pesquisa online, fico até triste de isso tudo estar acontecendo durante uma pandemia, porque existe um lindo e gigantesco templo hindu em Los Angeles e, sem a pandemia, eu estaria lá em um piscar de olhos, porque eu amo experimentar e vivenciar as coisas, até mesmo para poder ter a minha própria percepção e criar uma opinião em cima disso.

Então o que eu pude fazer foi a segunda melhor opção, que era pesquisar bastante online. Eu sou muito fã de mitologias, é uma paixão minha, então eu li, fiz montanhas de pesquisa, e às vezes você só tira uma frase de tudo isso, se tanto. Outras vezes você acha que não tirou nada, mas fica gravado no fundo da sua mente e acaba informando uma escolha melhor de palavras no futuro. Então é preciso fazer tudo isso, não é algo que se faça corrido em poucos dias, é algo que precisa ser feito, é importante.

Capa do conto De Pedra em Pedra, de Christie GoldenCapa do conto De Pedra em Pedra, de Christie GoldenFonte:  Blizzard 

Tínhamos que levar em conta a diversidade, ser respeitosos, fazer uma representação digna da cultura. Ao mesmo tempo, esse é um outro mundo, um universo totalmente diferente, mas pra mim é ótimo, porque eu me divirto nas pesquisas. A experiência toda foi amável e muito significativa para mim pessoalmente, amei tudo.”

Sei que a gente ainda não pode dar spoilers sobre os seus planos e trabalhos futuros, mas tem algum outro personagem de Overwatch que você gostaria de escrever sobre?

“Eu amo todos os trabalhos da Blizzard, então se eles me pedem ‘ei, você pode fazer um livro sobre X, Y, ou Z’, eu já fico tipo ‘Claro, é pra ontem’! (risos) Porque eu sei que sempre vai ser bem divertido. Bom, obviamente eu não posso falar sobre o que pode ou não sair, mas quem eu gostaria de escrever sobre? Eu sou uma grande fã da Tracer! Sei que todo mundo é fã dela também, não é uma escolha muito única, mas eu sempre gostei dela, adoraria escrever sobre ela!

Os personagens que mais me atraem são os que, para mim, tem uma voz ativa muito forte, uma voz que consegue entrar na minha cabeça, de forma que eu facilmente poderia pensar em frases que eles diriam. E a Tracer, ela simplesmente é divertida demais!”

No De Pedra em Pedra podemos passar mais tempo ao lado da Symmetra e conhecê-la melhor. Tem algum aspecto da personalidade dela que você admira ou se acha parecida?

“Eu amo a criatividade da Symmetra, e adoro que isso seja mostrado através da dança, de outra forma de arte. Acho que a minha parte favorita de escrever foi o momento em que ela conserta a estátua. Ali eu consegui entrar em sintonia com ela e pensar em como seria o sentimento do momento, porque é como quando eu estou escrevendo e as coisas simplesmente fluem e você entra na zona. Então me identifiquei muito com a sua alegria durante a criação!”

E entre os outros trabalhos de Overwatch, tem alguma história que você ama ou gostaria de ter escrito?

“Eu adoro o curta Rise and Shine, feito pelo meu amigo Andrew Robinson! É ao mesmo tempo tão devastador e tão inspirador! Acho que ele fez um trabalho simplesmente brilhante, e eu fico até emocionada só de lembrar da história, porque ela foi tão bem executada! Lindamente animada e com muito coração… Parabéns ao Andrew por essa obra linda!”

E deixando um pouco as histórias de lado, você tem algum herói preferido na hora de jogar?

“Sabe, eu realmente não sou de jogar tanto (risos). World of Warcraft foi a grande exceção na minha vida, mas eu adoro o Overwatch porque ele é divertido, é algo único, dá para jogar umas partidinhas no intervalo para o almoço. E bom… eu gosto do Soldado 76!  Ele é demais, eu gosto dos emotes dele, é fácil de entender o seu gameplay, é um personagem fácil de jogar, então também é fácil para me divertir. Mas quanto aos personagens, todos eles são interessantes para mim, não tem nenhum que eu não ligue muito.

Me parece que muito amor e carinho foram colocados na criação de cada um deles, e acho que isso é bastante evidente. Não saberia falar muito sobre o meta e balanceamento, só acho muito legal entrar nas partidas e ouvir os personagens conversando entre si, e morrendo bastante… nisso eu sou boa no jogo, em morrer bastante (risos). Mas sério, é um jogo muito divertido, e vai ser incrível ver as pessoas reagindo às novidades que estamos trazendo aos personagens!”

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