O que esperar de tocadores de vídeo

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Foi-se o tempo em que conseguir uma fita de vídeo era uma tarefa trabalhosa, que envolvia uma espécie de “caça ao tesouro”. Foi-se o tempo em que nossa biblioteca de vídeos era aquele armário empanturrado de fitas, muitas delas identificadas precariamente.

Hoje, nosso computador é a maior fonte de conteúdo multimídia que temos. Praticamente tudo que já tivemos em fitas, CDs ou DVDs é codificado para formatos digitais para maior comodidade de uso. Sendo assim, um tocador é peça-chave nessa digitalização de conteúdo. Não somente os tocadores que instalamos em nossos computadores, mas também todos os sites e serviços que nos permitem assistir a vídeos ganham mais espaço todo dia.

Logo, surge a pergunta: qual é o futuro dos tocadores de vídeo, tanto online como offline? O que esperar para acessar vídeos que guardamos? Confira neste artigo as tendências que podemos esperar logo, logo.

Televisão, celular ou internet?

O fato é que as pessoas nunca deixarão de assistir a qualquer tipo de conteúdo, seja na televisão, no computador ou no celular. Não há dúvidas de que televisores tradicionais são o meio mais utilizado para assistir a conteúdos de vídeo. No entanto, pesquisas da Nielsen Ratings revelam que vídeos no celular, programas gravados de TV digital e vídeos online estão ganhando o mercado pouco a pouco.

TV no celular: público que mais cresce.

Logo, os tocadores de vídeo para uso on ou offline ganham atenção especial de desenvolvedores. Segundo o site NewTeeVee.com, estes desenvolvedores estão buscando maneiras divertidas para dar aos usuários mais opções, tanto para conteúdo protegidos ou não. Por outro lado, quem tem direitos autorais estão encontrando maneiras para controlar a divulgação de seus vídeos sem muito impacto negativo sobre os usuários.

Vídeos com tocadores dinâmicos

Diversos serviços online - como YouTube, MetaCafe e outros - buscam maneiras para a exibição de vídeos sem os tocadores próprios em volta. São os chamados Chromeless Players, que dão a possibilidade de assistir vídeos com os controles já conhecidos, mas com skins e recursos adicionais, só como exemplo.

Mesmo sem exibir os controladores, sites que hospedam vídeos podem manter anúncios, marcas d’água e dados para análise de tráfego. O lado negativo dessa experiência é a falta de contexto dos vídeos e de elementos como comentários e comunidades.

Tocadores mais simples, vídeos maiores.

Plug-ins

Hoje, componentes como Flash e Silverlight são indispensáveis para a visualização de vídeos na internet. Porém, além destes, diversos outros plug-ins oferecem novas possibilidades de interação com o conteúdo.

Por exemplo, quem usa o WordPress usa um plug-in para publicar vídeos.A tendência é, cada vez mais, que desenvolvedores ofereçam plug-ins próprios para fins específicos. O lado negativo é que um número excessivo de adicionais tanto em tocadores como em sites pode “congestionar” tudo, além de causar incompatibilidade.

Extensões

Além de plug-ins, há também as extensões que adicionam diferentes funções, como vídeos relacionados, expansão para widescreen, adição a playlists e download. Extensões apresentam funcionalidades muito específicas, o que significa que elas não se espalham muito. A tendência é de navegadores e serviços combinarem recursos adicionais para a visualização de conteúdo.

Qualidade excepcional

Imagens cada vez mais elaboradas.O iPlayer, tocador desenvolvido pela BBC para transmissão de conteúdos digitais, vai transmitir conteúdos em alta definição até o final deste mês. O anúncio foi feito recentemente pela BBC após a empresa revelar planos em uma conferência sobre mídia digital. Este é apenas um exemplo de uma tendência que deve ser seguida: a HDTV online.

Outros serviços já oferecem vídeos com essa qualidade e é provável que esta tecnologia se torne um padrão em pouco tempo. O lado negativo é a necessidade de uma conexão muito rápida para poder assistir aos vídeos sem problemas de carregamento. Alguns provedores também se queixam, pois os usuários tendem a exceder cotas de download e upload com esses vídeos.

YouTube

O YouTube tem uma seção especial, chamada TestTube, que oferece algumas ferramentas em desenvolvimento que os usuários podem testar. Atualmente, há quatro opções:

Anotações de vídeo

Possibilitam a adição de comentários interativos nos vídeos. Elas podem ser usadas para adicionar informações, criar histórias nas quais os espectadores clicam para escolher a próxima cena e vincular vídeos ou outros links.

É você quem controla o conteúdo das anotações, onde elas aparecem e quando elas desaparecem. Os espectadores podem desativá-las enquanto assistem ao vídeo usando o menu do player menu— basta clicar no botão no canto inferior direito do player de vídeo. Atualmente, as anotações de vídeo estão em fase Beta.

Exemplo de vídeo com links para acessar.

Compartilhamento ativo

Se você tem olhos ótimos para encontrar vídeos bons em meio a tantos disponíveis, por que não compartilhar com outros usuários? Seja uma espécie de repassador de conteúdo e espalhe os melhores vídeos que você encontrar.

Depois que você ativa o Compartilhamento ativo, seu nome de usuário será mostrado na página dos vídeos enquanto você os assiste e uma lista dos últimos vídeos que você assistiu aparecerá no seu perfil.

Warp

O Warp é uma maneira diferente para você encontrar e assistir vídeos do portal. Você navega dinamicamente pelos vídeos, organizando-se por miniaturas. Ao centralizar um vídeo específico, outros vídeos relacionados são exibidos. A cadeia é infinita. Basta clicar sobre a miniatura para assistir o conteúdo em tela cheia.

Navegando dinamicamente com o Warp.

Canais

Um canal é sua sala no YouTube onde você armazena seus vídeos favoritos, compartilhando-os com outros usuários e interagindo com eles. Todos os usuários de um canal podem adicionar vídeos a partir de seus favoritos, de sua lista rápida ou através de links.

Dá pra chegar a uma conclusão?

De fato, é arriscado tentar prever com convicção as novidades em tocadores de vídeo online. Sem mais nem menos, do dia para noite, uma novidade pode chegar e revolucionar tudo. A internet é grandiosa justamente por oferecer esta possibilidade.

No entanto, fica claro que um grande alvo, tanto de usuários como desenvolvedores, é a interatividade. Possibilidades de inserir comentários e links, além de pular de um vídeo a outro ininterruptamente, sempre serão bem aceitas por todos. Isso é uma característica fortíssima da internet.

Interatividade é um grande objetivo.

A proteção de conteúdo tende a ser mais rigorosa daqui para frente. Vários vídeos já foram bloqueados ou removidos de sites por violações de direitos autorais (obviamente cometidas pelos usuários, não por tais serviços). A “marcação” deverá ser mais acirrada sobre os sites, que por sua vez abrirão mais os olhos sobre os usuários.

Tocadores mais objetivos e personalizados poderão surgir aos montes. Tocadores com margens que somem durante a execução de um vídeo ocupam menos espaço e oferecem uma melhor visualização. Muitos usuários buscam esta comodidade, e certamente ela pode pegar. Já quem adora desenvolver temas visuais terá muitas chances de criar margens para navegadores. Sites e serviços podem até aceitar a perda de identidade visual em troca desse dinamismo. O que eles não abrem mão é de pequenas identificações (como marcas d’água) e anúncios.

Além de temas visuais, plug-ins e extensões, ou sejas, funcionalidades adicionadas a players são uma tendência fortíssima. Elas podem resolver diversos erros de codificação e aprimorar ainda mais um tocador. O lado negativo é que plug-ins e extensões geralmente são destinadas a um público muito específico.

Algo que é certo e inquestionável é o constante aumento de qualidade da imagem. Parece que não há limites, pois sempre uma nova tecnologia chega para deixar imagens perfeitas. Mesmo que nossos olhos não percebam, sempre há o que melhorar em aspectos tecnológicos. E, certamente, tocadores e sites tendem a acompanhar todas as novidades. Algumas demoram um certo tempo para serem aplicadas, mas elas nunca são perdidas.

A qualidade sempre vai melhorar.

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