Consoles têm que acelerar ritmo de lançamento, diz vice da Alienware

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Não há como negar que o mercado de PCs não está em boas pernas há algum tempo, não apenas pelo crescimento dos smartphones, mas também pelo fato de os consoles atuais estarem cada vez mais parecidos com os computadores – tanto em poder quanto em sua maior frequência de novos modelos. Para Frank Azor, no entanto, a situação não podia ser diferente: segundo ele, isso só mostra que o formato de PCs é o melhor.

Em uma conversa com o site Gamespot, o co-fundador e vice-presidente da Alienware falou um pouco sobre sua visão do mercado atual de PCs e consoles. Segundo ele, o aumento na frequência do ciclo de lançamentos de aparelhos afeta o mercado da empresa, justamente por essa maior semelhança entre as plataformas.

“O mercado de console e o mercado de PC têm convergido de maneiras que nós nunca havíamos realmente visto antes. Consoles parecem mais com PCs, e PCs estão começando a parecer mais com consoles”, começou Frank.

Os mercados de consoles e PC têm convergido de maneiras que nós nunca vistas antes. Consoles parecem mais com PCs, e PCs estão começando a parecer mais com consoles

Ele ainda continua: “Os caras dos consoles perceberam que eles não podem operar mais em cadências de sete anos, porque eles não podem acompanhar a quantidade de inovação que está acontecendo na indústria, com o HDR, 4K, VR e o longo caminho que nós temos à nossa frente na evolução do VR.” Graças a isso, o ciclo dos consoles deve passar a ser de apenas dois ou três anos, seguindo muito mais o ritmo dos PCs para trazer mais evoluções.

Obviamente, Azor não poderia deixar uma pequena provocação de lado: “a arquitetura de console, curiosamente, é mais como os PCs do que nunca, então eu acho que é uma verdadeira prova de que o PC venceu.”

A arquitetura de console, curiosamente, é mais como os PCs do que nunca, então eu acho que é uma verdadeira prova de que o PC venceu

Antes que você pense que a Alienware tem algum plano de competir diretamente com os PCs, Frank avisa que esse não é o caso. Para a empresa, os consoles são “dispositivos complementares”, e enquanto alguns são melhores em uma ou outra plataforma, o que importa é jogar.

“Desde que você esteja jogando games, desde que os games que nós estejamos trazendo para o mercado sejam divertidos e responsáveis, desde que a comunidade esteja saudável, então todos estão vencendo na indústria.”

Alienware contra o mundo

Mas e quanto à postura da Alienware contra outras gigantes no mercado de PCs, também focadas no mercado de notebooks gamers? Felizmente, parece que isso também não é um problema. Segundo Frank, a empresa tem uma proposta bem diferente daquela almejada por outras empresas do ramo, focando em uma boa experiência que dure o maior tempo possível.

Em sua explicação, o vice-presidente da Alienware explica que, em sua maioria, as companhias preferem trazer elementos como um menor tamanho ou outras vantagens estéticas, o que as fazem sacrificar muitos componentes importantes, como a capacidade de fazer upgrades nos produtos, ter uma maior bateria, uma placa de vídeo mais poderosa ou mesmo um resfriamento adequado para as peças.

Nós estamos focados no clico de vida de cliente inteiro, e sua habilidade de revender aquele produto, ou usá-lo por um tempo muito, muito longo

“Tudo isso pode ser tranquilo no ano um”, disse Azor. “Mas depois de um ano sua eficiência termal vai começar a ser reduzida, e você não construiu uma sobrecarga em seu módulo termal. Então esse sistema vai começar a engasgar, se não superaquecer, se não dar tela azul.”

“Eu não vou dar qualquer nome em particular, mas alguns caras estão mais interessados em vender o computador no primeiro dia, sem se preocupar com o quarto ano. Nós estamos focados no clico de vida de cliente inteiro, e sua habilidade de revender aquele produto, ou usá-lo por um tempo muito, muito longo. É por isso que nós somos um pouco mais caros.”

Via TecMundo Games.

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