MAME, o célebre emulador de arcade, se transforma em open-source

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Entusiastas de plantão, eis uma excelente notícia para vocês (e para qualquer jogador que se preze, na verdade): após quase duas décadas de existência, o MAME, sigla para “Multiple Arcade Machine Emulator”, vai se transformar num projeto open-source.

A ideia é ajudar proprietários legais de licenças a distribuir jogos baseados no emulador e também transformá-lo numa ferramenta de aprendizado a desenvolvedores novatos.

Para quem não conhece, o projeto MAME é extremamente popular entre gamers da velha-guarda justamente por permitir que grandes clássicos do passado sejam executados com o mesmo charme dos títulos originais, havendo sutis melhorias em sprites e aplicação de um ou outro filtro – nada agressivo para não tirar o tempero da antiguidade.

Títulos que vêm desde a década de 1970 podem ser revividos pela nova geração de jogadores graças ao MAME. O software existia sob uma licença restrita ligada ao BSD e, portanto, seu uso comercial era proibido.

O engenheiro responsável pela empreitada, Miodrag Milanovic, havia dito que tais restrições foram aplicadas visando limitar a utilização da plataforma para a pirataria, bem como impedir, legalmente, que museus cobrassem um valor para mostrar o MAME em eventos de games. “Após 19 anos, o MAME está agora disponível em conformidade com [a certificação] OSI e com licença aprovada pela FSF [Free Software Foundation]. Gastamos os 10 últimos meses tentando entrar em contato com todas as pessoas que contribuíram com o MAME como desenvolvedores e com parceiros externos para conseguir informações sobre a licença”, anunciou a equipe por atrás do software, MAMEdev.org.

Vantagens do MAME em open-source

De acordo com o engenheiro, “ninguém teve a intenção de fazer isso em anos”. A maior vantagem de transformar a plataforma em open-source é que, com isso, os verdadeiros donos de jogos mais antigos – a exemplo de clássicos da Konami, como Contra e Castlevania, que estão no limbo – poderão lançar, com relativa facilidade, pacotes de jogos clássicos aos consoles atuais precisando apenas portar o emulador.

Pérolas da Capcom também poderiam ser revividas nesse processo. A publisher inundou o mercado com beat ‘em ups de qualidade nos tempos áureos dos anos 90. Resta aguardar que os desenvolvedores façam bom proveito da novidade – pois há uma biblioteca imensa aí fora que pode ser ressuscitada.

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