Britânicos estão usando ultrassom para acelerar processo de cicatrização

1 min de leitura
Imagem de: Britânicos estão usando ultrassom para acelerar processo de cicatrização

Pesquisadores do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, estão desenvolvendo um experimento que faz com que as capacidades regenerativas de células epiteliais danificadas fiquem até 30% mais rápidas. Para isso, eles estão usando os amplamente conhecidos aparelhos de ultrassom, que geram nanovibrações na região lesionada e “enganam” o organismo.

O procedimento faz com que as células atingidas pelas vibrações abram canais na membrana celular, permitindo a saída do cálcio acumulado dentro delas. De forma simplificada, esse cálcio armazenado no interior das células é responsável por sinalizar para o corpo quando algum processo precisa ser iniciado. Com a interferência do ultrassom, a substância passa a indicar que as células devem se mover para a área afetada e acelerar o processo de cicatrização.

É basicamente a mesma reação que o nosso corpo manifesta quando somos crianças: normalmente nos curamos muito mais rapidamente de quaisquer cortes ou fraturas. Bebês que são operados ainda no útero, por exemplo, normalmente não apresentam nenhuma cicatriz pós-operatória, mesmo em procedimentos complexos.

Procedimento promissor

A técnica que está sendo desenvolvida pelos cientistas britânicos pretende fazer com que as células da área afetada “acreditem” que estão ainda nesse estágio inicial de desenvolvimento do corpo e ajam da mesma forma. Isso seria particularmente útil no tratamento de pacientes diabéticos, por exemplo.

A doença faz com que quaisquer ferimentos em seus portadores levem muito mais tempo do que o normal para cicatrizarem. O método tem se mostrado bem-sucedido quando usado em ratos, mas ainda precisa passar por uma extensa bateria de avaliações clínicas antes que se possa se cogitar testá-lo em seres humanos.

Contudo, os pesquisadores estão otimistas, pois o ultrassom praticamente não apresenta riscos, e acreditam que dentro de três ou quatro anos o procedimento já poderá ser usado comercialmente. Certamente é um grande avanço na área da saúde que pode beneficiar um grande número de pacientes e salvar muitas vidas.

Você acredita que a tecnologia vai alterar tudo o que sabemos sobre medicina? Comente no Fórum do TecMundo

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.