É preciso saber mostrar os benefícios do 4K, afirma Scott Housley

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Scott Housley (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Entre o hands-on do Xperia Z1 e visitas a stands exibindo televisores com resolução Ultra HD na IFA 2013, tivemos a oportunidade de conversar com Scott Housley, Chefe Global de Estratégia de Produto da TP Vision (joint venture responsável pelas televisões com a marca Philips).

Durante a entrevista, Housley reconheceu que não é uma tarefa simples convencer o consumidor que adquiriu recentemente uma televisão Full HD a investir em um produto compatível com a resolução 4K. Segundo ele, tudo o que é possível fazer é passar da maneira mais clara o possível os benefícios que essa tecnologia vai trazer a quem decidir investir nela.

O executivo acredita que, assim como aconteceu com a resolução 1080p, as telas Ultra HD devem se tornar o padrão na indústria durante os próximos anos. Ele afirma que o tempo de transição para a novidade deve ser semelhante ao que levamos para chegar ao padrão atual, com chances de ser ainda menor — tudo isso graças a disponibilidades de conteúdos através de meios não tão presentes em um passado recente, como a internet.

Housley reconhece que, atualmente, somente uma faixa pequena do público tem acesso à nova tecnologia, devido ao preço elevado que ela apresenta. Segundo o executivo, atualmente o público que já investe na nova resolução de imagens é constituído pelos chamados “early adopters”: consumidor com recursos financeiros que fazem questão de ter o quanto antes a última palavra no que diz respeito a tecnologias de imagem.

Mudanças para atrair o público jovem

Durante a entrevista, questionamos Housley quanto às estratégias que a Philips pretende usar para atrair o público jovem, que não está acostumado a lidar com o antigo formato da televisão como única forma de obter informação e entretenimento. O executivo reconhece que é preciso mudar a maneira de agir para conquistar essa fatia do mercado, e que as TVs como as conhecemos já estão em processo de mudança para tornar isso possível.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Como exemplo dessa transição, ele cita a conectividade online vista em novos aparelhos e a conexão com a nuvem que permite obter rapidamente o conteúdo de serviços por streaming como a Netflix. Além disso, ele acredita que a inclusão de games de qualidade e a presença de experiências entre diversas telas vão ser capazes de lidar com um público que nasceu acostumado com a interatividade e flexibilidade da internet.

Brasil: mercado extremamente importante

Assim como Marteen de Vries, CEO da TP Vision, Housley afirma que o Brasil é um dos países mais importantes para o segmento de produtos eletrônicos, tanto atualmente quanto em um futuro próximo. “Ele [o país] é absolutamente um mercado prioritário para nós”, declarou o executivo durante a entrevista.

Segundo ele, isso implica no lançamento de produtos que não só se enquadrem nos gostos locais como tenham conteúdos que sejam condizentes com a nossa realidade. Como forma de assegurar que isso ocorra, a Philips trabalha ativamente junto a parceiros de forma a oferecer programações e aplicativos conhecidos e apreciados em nosso país.

Tendências para o futuro

Housley finaliza a entrevista afirmando que acredita que o mercado de televisões, ao menos nos próximos anos, deve se concentrar na facilitação do acesso a conteúdos. Isso significa que devemos continuar a ver empresas investindo no desenvolvimento de plataformas integradas à nuvem e que tragam compatibilidade com jogos eletrônicos de qualidade.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Além disso, ele aposta que devemos ver um crescimento das chamadas “Smart Homes”, casas inteligentes nas quais diferentes aparelhos eletrônicos consigam conversar e interagir entre si. Como exemplo disso, ele citou a tecnologia Ambilight + Hue da Philips, que integra o sistema de iluminação dos televisores da empresa com a iluminação presente em um ambiente.

Acima de tudo, Housley aposta que cada vez mais iremos acessar experiências que vão além da TV, o que não significa que ela vá deixar de existir, continuando a exercer um papel central em nossas casas. O executivo acredita que estamos voltando a uma fase na qual a experiência que queremos ter vai definir o conteúdo que consumimos, uma inversão do que acontece atualmente, momento no qual temos que nos adaptar a determinados tamanhos de tela ou sistemas de interação devido às limitações impostas pelos eletrônicos atuais.

O Tecmundo viajou à IFA 2013 a convite da TP Vision/Philips.

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