Por que as televisões 4K e 8K serão boas até em ambientes menores?

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(Fonte da imagem: Reprodução/Extreme Tech)

Se as imagens em Full HD já parecem nítidas o bastante para você, espere só até ver a qualidade das imagens 4K e 8K. Praticamente inexistentes no Brasil, as duas tecnologias possibilitam resoluções de imagem muito mais altas do que as que você está acostumado a ver.

Essa característica dos aparelhos das próximas gerações não vai melhorar apenas a qualidade daquilo que você vê, mas também pode mudar a maneira como você compra um televisor para a sua casa. Seu ambiente não é grande o bastante para uma tela com mais de 50 polegadas? Não desanime, temos boas notícias.

A regra da distância

Uma das regras básicas que você deve levar em consideração antes de comprar um televisor é o tamanho do seu ambiente. Ao menos hoje, de nada adianta comprar uma tela com 50 polegadas e resolução Full HD, por exemplo, se o seu ambiente não permite que você fique sentado a mais de 3 metros da tela.

(Fonte da imagem: Reprodução/THX)

Caso você insista em quebrar essa “regra”, infelizmente você verá na tela de forma muito nítida a divisão entre os pixels. Quanto mais próximo você estiver da TV, maior será a pixelização da imagem. Na prática, não importa se você estiver assistindo a um Blu-ray ou a um DVD: o resultado final estará longe da melhor experiência possível.

Neste caso dos 3 metros, com uma televisão 4K ou 8K você poderia encurtar essa distância para 75 centímetros e ainda veria a tela nítida. É por isso que esses modelos serão bons ainda em muitos ambientes menores.

Mais pixels, menos distância

A resolução 8K consegue atingir impressionantes 7680x4320 pixels, uma qualidade de imagens até 16 vezes melhor do que a exibida em uma tela Full HD. Se a “regra da distância” for respeitada, a qualidade de imagem que você verá na tela será exuberante, sem nenhuma sombra de dúvidas.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Contudo, mesmo se aproximando um pouco mais da TV a pixelização ainda vai demorar para ser percebida. Isso deve acontecer por conta do tamanho dos pixels. Mais pixels dentro de um mesmo espaço de tela significa pixels menores. Comparando com uma TV Full HD, por exemplo, estamos falando de 16 pixels dentro de cada pixel.

Como salas cada vez maiores não são uma tendência nos novos apartamentos, melhor do que adaptar o seu ambiente às TVs é fazer com que elas se adaptem ao seu ambiente. Por fim, essa característica pode fazer com que TVs cada vez maiores, com telas de 50, 60, 70 e até 80 polegadas, possam caber em qualquer residência.

Acelerando o processo?

Se você tem uma TV com qualidade Full HD, você já deve ter percebido que a qualidade das imagens exibidas na tela é excelente. Para muitos, não há a necessidade de melhorar essa resolução tão cedo. Outros defendem ainda que pagar um preço mais alto por conteúdos com imagens tão refinadas pode não ser uma boa ideia, já que para muitos esse “ganho” é imperceptível.

(Fonte da imagem: Divulgação/Philips)

Entretanto, para a indústria, a ideia de vender aparelhos cada vez maiores pode fazer com que o processo de comercialização das TVs 4K e 8K seja acelerado. Mas até que ponto essa estratégia pode trazer mais benefícios para o consumidor? O caminho a ser percorrido ainda é longo.

E o conteúdo, onde está?

Esse talvez seja o maior dos problemas para a adoção de TVs 4K ou 8K e, se pensarmos no Brasil, a coisa fica ainda mais complicada. Nos Estados Unidos, os conteúdos em Full HD (sejam digitais ou em Blu-ray) já representam a maior fatia do mercado, deixando os DVDs em segundo plano. Já no Brasil, a parcela de consumidores que busca esse tipo de conteúdo ainda representa a menor parte.

Embora os primeiros televisores 4K já comecem a pintar nas lojas, praticamente ainda não há conteúdo nesse formato disponível, com exceção de alguns poucos vídeos de demonstração que acompanham os aparelhos. Quando pensamos em 8K então, a situação fica ainda mais crítica.

A NHK, emissora de TV japonesa, pretende usar a tecnologia 8K para captura de imagens das Olimpíadas de 2016. No Brasil, a Rede Globo também já faz algumas experiências gravando algumas imagens de suas novelas em 8K. Cada minuto de vídeo, sem compressão, ocupa 200 GB de armazenamento.

A diferença de qualidade pode ser percebida também no áudio: os vídeos em 8K são capturados em 22.2 canais, contra os 5.1 canais que podem ser considerados o padrão da atualidade.

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