Quadro digital quer usar a arte para brecar a correria do mundo tecnológico

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Em um mundo cada vez mais conectado, é até estranho pensar que um novo dispositivo eletrônico possa nos libertar um pouco do excesso de informações e estímulos a que somos bombardeados durante o dia a dia. Porém, a ideia por trás do EO1 é exatamente fazer o contraponto a todas as outras telas recheadas de chamarizes e compromissos. Enquanto celulares, tablets e computadores trazem um mundo cheio de distrações, o primeiro produto da Electric Objects quer fazer com que você pare, relaxe e aprecie uma bela obra de arte.

Com o EO1, a startup norte-americana quis chegar a um ponto de equilíbrio entre a mídia tradicional e as novas possibilidades trazidas pela tecnologia. Assim, o aparelho lembra um quadro vertical que pode ser posicionado em qualquer mesa ou mobília de casa e até mesmo ser colocado na parede, ao lado de qualquer peça artística ou das fotos da família. Apesar de parecer algo ordinário à primeira vista, o produto esbanja um display Full HD IPS de 23 polegadas integrado a um computador em escala reduzida para exibir todo tipo de obras.

Especificações Técnicas

  • Tela: IPS de 23 polegadas com tecnologia Anti-Glare
  • Resolução de tela: Full HD (1920x1080 pixels)
  • Processador: ARM Cortex-A9 dual-core de 1 GHz
  • GPU: um acelerador gráfico 3D (quatro shaders) e dois aceleradores gráficos 2D
  • Memória RAM: 1 GB
  • Armazenamento interno: 2 GB
  • Conectividade: 802.11 b/g/n WiFi, Bluetooth

Escolher o que vai ser mostrado na tela é bem simples, bastando instalar o app dedicado ao EO1 e fazer a comunicação com ele via WiFi. Uma vez dentro do aplicativo, a interface simples permite que o usuário navegue por uma biblioteca recheada de fotos belíssimas, pinturas clássicas, cenários animados e até alguns GIFs selecionados a dedo pela equipe da Electric Objects. Se achar algo de que gostou, é só adicionar aos seus favoritos para apreciar mais tarde ou simplesmente tocar o botão Display para mudar os ares da sua sala de estar.

Porém, esse é o limite do que a tecnologia do produto permite, portanto nem pense em criar listas de reprodução de imagens, slideshows ou esperar para receber notificações quando uma nova obra for adicionada à galeria online da empresa. É preciso procurar manualmente por peças interessantes e aprender a deixar cada arte ter o seu tempo no EO1, complementando o visual do cômodo onde o dispositivo está ou criando uma ambientação adequada para um jantar ou uma tarde relaxante, por exemplo.

Tudo tem um preço, claro

Para fazer a tela digital se tornar realidade, a startup contou com US$ 1,7 milhão em investimentos e uma campanha no Kickstarter que arrecadou pouco mais de US$ 787 mil através da plataforma colaborativa. O produto está em pré-venda e pode ser adquirido por US$ 399 – cerca de R$ 1,25 mil –, com previsão de envio para setembro. Segundo Jake Levine, CEO da companhia, haverá também um tipo de mensalidade para que os consumidores tenham acesso a toda biblioteca de obras de arte – algo parecido com a assinatura do Netflix.

Por conta do preço elevado, é difícil imaginar que esse seja um aparelho voltado para o grande público, mas não há como negar que tem um apelo forte com amantes de arte que gostam de ter um pouco mais de flexibilidade no que vão exibir para as visitas. Como é possível fotografar peças de museu ou reproduzir qualquer arquivo de imagem que você já tenha no PC ou smartphone através da tela do EO1, as possibilidades do que pode ser exibido nela são quase infinitas.

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