Como a tecnologia in-cell possibilitará celulares ainda mais finos

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Aparelhos celulares e outros gadgets portáteis se beneficiaram muito com a miniaturização de circuitos, fazendo com que eles ficassem muito mais poderosos e ainda coubessem na palma da sua mão. Ainda assim, existe um componente que, comparado aos outros, tem se beneficiado menos com esta evolução minimalista: a tela.

O surgimento de novas funções, como a tela sensível ao toque, tem dificultado ainda mais o trabalho dos engenheiros para deixar os diplays menores e mais finos. Porém, uma nova tecnologia pode, finalmente, trazer para as telas os mesmos benefícios que os circuitos integrados trouxeram para as placas. Continue ligado nesta matéria do Tecmundo e saiba mais sobre a tecnologia in-cell.

A composição dos displays

As telas que tanto gostamos de ver em nossos smartphones e tablets são compostas por várias camadas diferentes. Na maioria dos displays, existe um projetor de luz no fundo, a qual é seguida pelo próprio painel LCD responsável por todas as cores exibidas. Depois, vem uma camada de vidro e, então, a camada com os eletrodos capacitivos que detecta os toques.

A composição da tela do iPhone (Fonte da imagem: Reprodução/How Stuff Works)

Por último, ainda existe o vidro externo que protege o conjunto todo. A espessura total desse “sanduíche” já foi bastante reduzida com a vinda da tecnologia AMOLED, em que os próprios pixels de LED funcionam como emissores de luz e eliminam a necessidade da camada luminescente no fundo.

(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

A Samsung conseguiu levar o conceito ainda mais adiante com o que ela chama de “Super AMOLED”, que faz com que o vidro externo e a camada capacitiva fiquem mais próximos (como mostra a imagem acima). Ainda assim, todas essas inovações não foram capazes de deixar de lado a camada de vidro que fica entre o painel colorido e o sensor de toques. Até agora.

Tecnologia in-cell

Este novo método de fabricação faz com que a camada que reconhece os toques fique diretamente sobreposta ao LCD, excluindo de vez o vidro que fica entre elas. Dessa forma, a espessura total do sanduíche que forma o display pode cair drasticamente, além do peso que também será reduzido.

Os benefícios da tecnologia in-cell vão ser ainda mais significativos na próxima versão do iPhone, caso ela seja adotada pela Apple. Diferente da maioria dos smartphones modernos, a tela do iPhone 4, chamada de Retina Display, continua a apostar nos benefícios do LCD IPS em vez transitar para o AMOLED.

Demonstração da Retina Dislplay no iPhone 4 (Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

Isso faz com que a luz de fundo continue a existir e também que o espaço economizado entre o painel de cristal líquido e a camada sensível ao toque seja muito mais valorizado. Apesar dos benefícios óbvios, várias complicações no processo de fabricação ainda deixam incertas o futuro dessa nova tecnologia.

Atualmente, a tecnologia in-cell ainda não foi adotada por nenhuma fabricante, mas as japonesas Toshiba e Sharp, principais fornecedores de telas no mundo, têm trabalhado para aplicar atualização em sua linha de montagem.

Assim como qualquer tecnologia nova, os reais benefícios dos displays in-cell só serão colhidos em longo prazo, já que os custos iniciais tendem a ser altos. Mesmo assim, a novidade é uma das mais promissoras entre as inovações nas telas dos gadgets da atualidade, e vale a pena acompanhá-la de perto.

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