Pesquisadores quebram recorde de supercondutor mais poderoso

1 min de leitura
Imagem de: Pesquisadores quebram recorde de supercondutor mais poderoso
Imagem: University of Cambridge

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Cambridge acaba de conseguir uma façanha e tanto para a ciência. A equipe quebrou o recorde mundial de um supercondutor, criando um campo magnético de 17,6 Tesla – um campo aproximadamente cem vezes mais forte do que um típico imã de geladeira – em comparação aos 17,24 Tesla que mantinham o recorde desde 2003.

Para tal, o grupo utilizou uma quantia de óxido de cobre gadolínio bário em alta temperatura. O material, como você pode ver na imagem acima, é minúsculo, com mais ou menos o volume de uma bola de golfe, mas impressiona por sua capacidade.

Vale também frisar o fato de estarmos falando de um supercondutor de alta temperatura. Isso porque, em comparação aos supercondutores comuns, que precisam estar refrigerados próximos ao zero absoluto para mostrar suas propriedades, o material usado por eles pode funcionar mesmo acima da temperatura em que o nitrogênio líquido ferve. Dessa maneira, a tecnologia é não apenas mais eficiente, como também mais barata.

Mais próximos de chegarem ao nosso dia a dia

Agora, no que criar um campo magnético mais potente torna um supercondutor mais eficiente? Simples: quanto mais forte o campo que o material gera, maior a corrente que ele é capaz de suportar. E não pense que a diferença de apenas 0,36 tesla extra é pequena.

“Existem reais ganhos potenciais para se ter mesmo com pequenos aumentos de campo”, disse o professor David Cardwell do Departamento de Engenharia de Cambridge, que também liderou a pesquisa. “Para termos supercondutores em massa aplicados no uso diário, nós precisamos de grandes porções de materiais supercondutores com as propriedades requeridas que possam ser manufaturadas por processos relativamente padronizados”, afirmou.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.