Review: tablet Tectoy Octopus [vídeo]

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A Tectoy já foi um dos grandes nomes da tecnologia do Brasil durante o período em que foi a representante legal da SEGA por aqui, acoplando sua marca a produtos de sucesso como os consoles Mega Drive e Master System — mas esse tempo passou. A companhia, porém, permanece firme e volta e meia apresenta novidades no mercado de tecnologia nacional.

Recentemente, dois novos modelos de tablets foram anunciados pela empresa, sendo um deles o TT-2800, também chamado de Tectoy Octopus. O aparelho traz configurações simples e se enquadra numa faixa de preço intermediária, apresentando-se como uma alternativa nacional a quem procura um portátil capaz de realizar o básico.

Nós testamos o aparelho e você confere agora a nossa análise. Será que a Tectoy alcança seu objetivo com sucesso?

Especificações Técnicas

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Aprovado

Acabamento sem falhas

Ao olhar para o Tectoy Octopus, você não vê nenhuma falha grave. O visual do aparelho tem a combinação da parte frontal, com bordas escuras, e uma tampa traseira prateada, criando um ótimo contraste. O acabamento também é muito bem feito, com encaixes perfeitos e botões firmes que não devem ser pressionados por engano.

As entradas ficam todas na parte superior do aparelho, exceto a de fone de ouvido, o que contribui para uma melhor organização do aspecto físico do Tectoy Octopus. Os conectores também vêm em perfeitas condições, sem qualquer problema de encaixe.

Reprodução em alta definição

Apesar de se encaixar numa faixa intermediária de preço, o Tectoy Octopus apresenta a capacidade de reproduzir vídeos em HD (720p), algo considerável e que não pode ser deixado de lado. Se a tela não é a mais nítida e com o melhor equilíbrio de cores que você já viu, quem procura o básico encontra aqui este recurso bastante valioso nos dias de hoje.

Conecta em tudo

Outra vantagem do Tectoy Octopus é a variedade de conectores que ele apresenta. Com suporte para mini HDMI e mini USB, além das conexões sem fio via WiFi e Bluetooth, o dispositivo pode ser conectado a qualquer outro aparelho sem grandes problemas.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

TVs, computadores e até mesmo pendrives entram na lista, afinal o kit básico do tablet vem com um adaptador que transforma a entrada mini USB em USB convencional. Assim, ele permite a conexão de qualquer item do gênero, como também um HD externo ou um modem 3G.

Som competente

Os fones de ouvido presentes no kit básico do Tectoy Octopus não são bons, mas os alto-falantes do aparelho não decepcionam. Eles pecam apenas por não permitirem reproduções em volume muito alto, mas a qualidade do som que ele emite merece destaque. Graves são bem percebidos e essa é uma boa opção para usar o aparelho como um rádio portátil em seus momentos solitários.

Desempenho razoável

Rodar jogos pesados não é o foco do Tectoy, mas aplicativos básicos de navegação podem conviver aqui tranquilamente. Ele engasga um pouco quando o assunto é multitarefa, especialmente se você coloca mais de três apps para funcionar ao mesmo tempo, mas é algo com o que se pode lidar, não limitando o uso do aparelho.

Apesar da baixa pontuação nos testes de benchmark quando comparado com grandes nomes da atualidade, ele ainda se sai bem em determinados aspectos, mesmo se confrontando com lançamentos mais recentes. Enfim, se encaixa bem no padrão básico.

Bateria

A bateria do Tectoy Octopus não deixou a desejar. Nos testes que realizamos, ela se saiu bem na execução de vídeos do YouTube, bem como na reprodução de áudio e na execução de alguns jogos. Reproduzindo vídeos HD até que a bateria se esgotasse, ela durou cerca de cinco horas.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Reprovado

Traseira lisa e suscetível a riscos

Se o visual do Tectoy Octopus não desagrada, a sua funcionalidade pode ser facilmente colocada em xeque. Isso porque a traseira é completamente lisa e isso, combinado a uma pegada pouco anatômica, pode significar um aparelho mais fácil de escorregar da sua mão.

Nem é preciso detalhar o quanto isso é problemático, especialmente pelo fato de a parte traseira ser composta de um material plástico facilmente riscável e aparentemente pouco resistente. Ou seja, quedas simples podem significar não somente a presença de riscos, mas também a quebra da capa traseira.

Câmera pra quê?

Se um dos pontos essenciais para você em um tablet é a capacidade para tirar belas fotografias, melhor procurar outro modelo. A câmera traseira de 2 MP não é capaz de fazer registros competentes, digamos assim, enquanto que a frontal, de 0,3 MP, não é uma boa opção nem mesmo para videoconferências, quiçá para a realização de autorretratos.

Android 4.1

Há mais de dois meses, a versão atual do Android é a 4.3, ou seja, duas atualizações já aconteceram desde que o 4.1 foi lançado. Entretanto, o sistema presente no Octopus é justamente este, sem qualquer informação divulgada pela Tectoy de que uma atualização será lançada em breve, algo que obviamente não é o fim do mundo, mas que não deixa de ser um ponto negativo.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Armazenamento interno

Apesar de oferecer 8 GB de armazenamento interno, o Octopus ocupa quase a metade disso com itens do sistema, como o próprio sistema operacional. Isso quer dizer que sobra relativamente pouco espaço para guardar suas coisas, como apps, músicas, vídeos e fotografias, ou seja, a presença de um cartão de memória é quase indispensável.

Uma tela de problemas

A tela do Tectoy Octopus é provavelmente seu principal aspecto negativo. Apesar de ser capacitiva e responder suficientemente bem aos toques e de oferecer 8 polegadas aos usuários, sua qualidade de modo geral deixa muito a desejar. O primeiro problema notado é a questão da nitidez.

As cores exibidas aqui sofrem fortes alterações, ficando todas elas um tanto quanto pálidas quando reproduzidas. Se a tela está no brilho máximo, tal característica é ainda pior, tornando a experiência de visualização de vídeos e fotos nada satisfatória. Outro problema é o ângulo de visão: se você não está exatamente na frente da tela, ela se torna escura e prejudica bastante a visão de tudo.

Além de tudo isso, o material que reveste a tela é feito de plástico, outra característica complicada do Octopus. Com isso, o equipamento se torna bem mais suscetível a riscos, tornando indispensável o uso de uma película protetora.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Vale a pena?

Aparentemente, o preço do Tectoy Octopus parece justificar a baixa qualidade de vários de seus aspectos, mas isso não é o suficiente. O aparelho não apresentou grandes falhas técnicas, mas deixou muito a desejar em um ponto crucial para um tablet: a tela. Isso pesa muito na hora da escolha e não pode ser deixado de lado nesta avaliação.

Claro que os fatores positivos também contam, especialmente a alta conectividade do aparelho — o que confere certa versatilidade a ele.  Além disso, o desempenho e o uso da bateria são outros fatores que merecem ser encarados como positivos.

Mas não é possível afirmar nem mesmo que ele serve para o básico, afinal o preço sugerido pela fabricante (R$ 549) não se mostra atraente quando comparado a um Asus MeMO Pad (com configuração um pouco superior custando menos de R$ 500 em lojas confiáveis da internet). Pode-se colocá-lo ainda de frente com aparelhos mais caros, como Nexus 7 ou o Galaxy Tab 3, opções bem mais gabaritadas e que valem o investimento.

Em suma, dá para afirmar sem medo de errar que as falhas apresentadas pelo Octopus fazem dele um produto caro, apesar de ter o respaldo de uma marca histórica como a Tectoy.

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