O TecMundo falou com o presidente da Flex sobre o lançamento do Slingbox M1

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A Flex, representante da Sling Media no Brasil, iniciou a fase de nacionalização do Slingbox M1, novo modelo do equipamento que, conectado ao decodificador de TV por assinatura, faz streaming da programação para qualquer dispositivo conectado à Internet. Não importa se você esteja no Japão, o seu celular será capaz de transmitir a programação da sua televisão em tempo real. Para os Brasileiros é a chance de assistir o campeonato brasileiro durante uma viagem de negócios, ou não perder o capítulo da sua série ou novela preferida quando estiver fora de casa.

Por hora, a versão M1 está à venda apenas nos Estados Unidos, pendente de restrições regulatórias para poder ser comercializada no mercado brasileiro, onde está disponível o Slingbox 350, opção com os mesmos recursos de streaming de sinal via web.

De acordo com o diretor da Flex, Decio Libertini Neto, a empresa trabalha, atualmente, na tradução do software embarcado no Slingbox M1 para o português do Brasil. Além disso, estão em andamento adaptações de software para os padrões de decodificadores nacionais.

Além disso, a Flex também vem atuando para homologar o novo modelo junto à Anatel, já que a agência reguladora tem exigências específicas para recursos e configurações presentes no Slingbox M1, como a transmissão de sinal via WiFi, com extinção de cabo Ethernet, por exemplo.

Expectativas nos Brasil

“Nossa expectativa é iniciar as vendas do Slingbox M1 no Brasil no primeiro trimestre de 2015. Hoje, o Slingbox 350 está à disposição no país, oferecendo a possibilidade de um usuário assistir à programação de todos os canais de seu pacote contratado de TV por assinatura, além de serviços especiais e a la carte, a partir de qualquer lugar do mundo”, destaca Libertini Neto.

Canal oficial de venda da Sling Media no Brasil, a Flex conseguiu baixar o preço do Slingbox 350, que hoje é vendido a R$ 599 pelo site oficial www.slingbox.com.br, decréscimo de R$ 200 em relação à época de seu lançamento no país, em novembro de 2013.

Impulsionada por ações como esta, além de investimentos em Marketing que somaram mais de R$ 100 mil nos últimos oito meses e do fechamento de parcerias com varejistas como Americanas.com, Walmart.com e Submarino.com , a Flex projeta vender 50 mil unidades do produto até o final de 2014.

“A demanda aumentou muito nos últimos meses, em função da Copa do Mundo e do Dia dos Pais”, ressalta Libertini Neto.

O que é o Slingbox?

O Slingbox350 é homologado junto à Anatel, cumprindo a norma imposta pela agência reguladora de não permitir streaming do conteúdo para mais de um usuário logado ao mesmo tempo, tem manual em português, suporte técnico local e garantia de um ano.

O equipamento transforma um celular, tablet ou computador na TV de casa do usuário sem que ele precise pagar qualquer mensalidade por isso. Apenas, de acordo com as regras de fabricantes de smartphones e tablets, para usar o streamer nestes equipamentos é preciso baixar um aplicativo adequado às exigências de cada sistema operacional, cujo preço varia conforme a marca.

O modelo é compatível com todas as operadoras de Telecom e sistemas operacionais de tablets e smartphones, além de se conectar a qualquer fonte de áudio e vídeo (AV) e atender a padrões de definição SD e HD, incluindo gravadores digitais de vídeo (DVRs), set-top boxes digitais e receptores de satélite.

Entrevista com Décio Libertini Neto

Para falar sobre a chegada deste novo produto no mercado Brasileiro, o TecMundo decidiu conversar diretamente com o Presidente da distribuidora Flex, responsável pelos produtos da Sling Media no Brasil. Nosso objetivo era entender um pouco mais sobre o processo de nacionalização do Slingbox M1.

TECMUNDO: Quais estão sendo as principais dificuldades no processo de nacionalização do Slingbox M1? Eu ouvi dizer que as exigências da Anatel são as questões mais complicadas de resolver, correto? Pode exemplificar algumas delas e comentar sobre quais medidas estão sendo tomadas pela Flex para contornar as limitações impostas pelo órgão?

DÉCIO: Na realidade, todo produto que tem Wi-Fi precisa ter a homologação da Anatel, esse processo leva tempo, mas devemos normaliza-lo na próxima semana. Não ocorreram problemas complicados na nacionalização do produto, é só mesmo a necessidade de certificação da Anatel. Trata-se de um processo burocratizado que demora cerca de seis meses, mas acho importante que ele exista. Nós aqui na empresa acreditamos que é a lei e temos que segui-la, é como aquele ditado, é chato mas tem que fazer.

TECMUNDO: Além de adaptar o produto em si para o mercado brasileiro, vocês pretendem oferecer serviços adicionais para o consumidor do M1, como montagem do aparelho na residência do comprador, algo que vocês já fazem com o modelo 350?

DÉCIO: O que a gente oferece é o suporte técnico via telefone ou via chat. Na cidade de São Paulo, se tiver um usuário com dificuldades, que não entenda nada de internet ou de instalação, nós podemos mandar um técnico para ajuda-lo, mas isso não se estende ao resto do Brasil. É importante frisar que, apesar de nosso suporte à distância ser completamente gratuito, a visita técnica deverá ser cobrada do cliente que a desejar.

TECMUNDO: E a previsão para a chegada do Slingbox M1 no mercado brasileiro é no início de 2015, certo? Vocês já têm ideia do preço pelo qual o aparelho será vendido inicialmente? Será menos custoso do que o 350, visto que ele está sendo vendido mais barato lá nos Estados Unidos?

DÉCIO: Ainda não temos certeza exata do preço final, mas a estimativa é que ele deva ser lançado na casa dos 599 reais. Este é atualmente o preço promocional do 350, que deve durar até setembro, quando ele vai voltar a custar 699 Reais.

TECMUNDO: Algum plano para fabricar o M1 ou o 350 aqui no Brasil, a fim de reduzir o preço do aparelho para o consumidor final?

DÉCIO: Certamente nosso ideal seria fabricar estes produtos aqui no Brasil, ainda que por enquanto os preços da operação não valham a pena. Tudo vai sempre depender da demanda, se ela for grande isto será uma possibilidade real.

TECMUNDO: De acordo com um documento que recebi da assessora Glaucia, os investimentos de marketing para o Slingbox 350 chegaram a R$ 100 mil nos últimos meses. Se você puder falar em valores, quanto a Flex irá investir em marketing para o lançamento do M1 e quais são as expectativas de venda?

DÉCIO: A gente imagina que ele deve ter uma venda ainda maior,um aumento de cerca de 20% a 30% do nosso volume atual de venda. Sobre a parte de divulgação, nós ainda não temos um plano de mídia definido. Estamos no processo de homologação com a Anatel e apenas depois desta fase e que vamos pensar nisso de forma mais concreta.

TECMUNDO: O que você apontaria como sendo as principais diferenças entre o Slingbox 350 e o M1?

DÉCIO: O produto é basicamente o mesmo, mas o novo M1 tem a vantagem de poder se conectar via Wi-Fi. O que o torna muito simples, especialmente para as pessoas que não tem seus roteadores e aparelhos de televisão no mesmo cômodo. Para todos aqueles que tem coisas distantes na casa, terão a vida facilitada pelo M1. O 350 apresenta a vantagem de ter uma conexão por cabo, que é normalmente mais rápida e estável do que as redes sem fio.

TECMUNDO: Se o M1 é realmente um aparelho melhor que o 350, porque ele é mais barato?

DÉCIO: Esta não é uma decisão minha, e vêm da matriz nos Estados Unidos. É uma simples questão de posicionamento de preço da empresa, que deseja alavancar mais vendas com o produto mais recente.

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