Moneta: memórias SSD estão prestes a ficar 7 vezes mais rápidas

1 min de leitura
Imagem de: Moneta: memórias SSD estão prestes a ficar 7 vezes mais rápidas

(Fonte da imagem: Escola de Engenharia Jacobs)

Um time formado por estudantes e professores da Escola de Engenharia Jacobs, da Universidade da Califórnia, desenvolveu uma nova forma de memória SSD que promete velocidades de transferência sete vezes maiores que as atuais. O segredo para o aumento de desempenho do drive criado, batizado como Moneta, é o uso de uma nova liga metálica calcogênia.

A novidade está sendo demonstrada durante a Design Automaton Conference (DAC) 2011, feira de automação de designs eletrônicos mais importante do mundo. Entre os parceiros da nova tecnologia estão a Micron Technology, a BEEcube e a Xilinx.

Memórias mais rápidas e confiáveis

O Moneta utiliza um método conhecido como “phase-change memory” (memória com mudança de fases, em uma tradução livre), uma nova tecnologia de armazenamento de dados que salva informações em uma nova liga metálica calcogênia. Além de oferecer mais velocidade do que as memórias flash, a nova tecnologia também se mostra mais simples de utilizar.

(Fonte da imagem: Escola de Engenharia Jacobs)

O resultado são velocidades de leitura que alcançam a marca de 1,1 gigabytes por segundo, com gravação na casa dos 371 megabytes por segundo. Em acessos menores, de 512 B, o Moneta alcança velocidades de leitura de 327 megabytes por segundo, podendo escrever dados com taxas de 91 megabytes por segundo – resultados que se mostram de duas a sete vezes mais eficientes que as memórias flash atuais.

Uma das principais vantagens da novidade é que, além de realizar operações com uma latência menor, é consumida uma quantidade menor de energia durante a realização de operações em que há transferência intensiva de dados.

Necessidade de novos softwares

Um dos membros da equipe responsável pelo Moneta, o professor de Ciência da Computação e Engenharia e diretor do Laboratório de Sistemas Não Voláteis, Steven Swanson, afirma que a tecnologia tem potencial para ser revolucionária. Segundo ele, a segunda geração do dispositivo deve estar pronta em um período de seis a nove meses – a expectativa é  de que em poucos anos a novidade esteja pronta para chegar ao mercado consumidor.

O desafio enfrentado pela equipe atualmente é desenvolver novos softwares capazes de gerenciar dados de maneira eficaz usando a nova memória. Swanson afirma que, como nos últimos 40 anos o mercado se focou no desenvolvimento de técnicas para uso em discos rígidos, ainda é preciso criar formas próprias de lidar com dispositivos SSD e as novas tecnologias do mundo da informática.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.