OpenAI quer transformar o ChatGPT em 'super assistente' para o dia a dia
Um documento interno revelado em processo judicial, a OpenAI descreve suas ambições com o ChatGPT para 2025.

02/06/2025, às 15:30
A OpenAI quer transformar o ChatGPT em um assistente pessoal completo e presente no cotidiano dos usuários. A ambição foi revelada em documentos confidenciais apresentados no processo antitruste entre o Google e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ).
Segundo os registros, o objetivo da empresa é fazer do chatbot uma ferramenta capaz de “entender o usuário profundamente e servir como interface para a internet”.
O plano estava descrito em um documento interno chamado “ChatGPT: H1 2025”, datado de 2024. Embora grande parte do conteúdo tenha sido censurado, os trechos disponíveis revelam os planos da OpenAI para o produto ao longo do primeiro semestre deste ano.
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“Na primeira metade do próximo ano, começaremos a evoluir o ChatGPT para um super assistente: um que conhece você, entende do que você se importa e pode ajudá-lo com qualquer coisa que uma pessoa inteligente, confiável e emocionalmente inteligente faria”, aponta o texto.
Um assistente para tudo
No novo modelo, o ChatGPT iria além das respostas tradicionais — passaria a executar tarefas mais complexas, como buscar imóveis, encontrar advogados especializados, pesquisar academias ou planejar atividades específicas. A proposta é que ele funcione como um verdadeiro auxiliar digital para qualquer ocasião, incluindo nichos muito particulares.
Mas afinal, o que é um super assistente?
O que é um “super assistente”?
A OpenAI define um super assistente como uma “entidade inteligente com habilidades em forma de T” — ou seja, com conhecimento geral amplo, combinado a competência avançada em áreas específicas. Essa entidade seria personalizada para o usuário e acessível de qualquer lugar: na web, em aplicativos e possivelmente em novos dispositivos.
O objetivo é fazer do ChatGPT um companheiro constante, disponível 24 horas por dia, com a capacidade de atuar proativamente para auxiliar em decisões e tarefas pessoais ou profissionais.
Desafios e limitações
Transformar o ChatGPT em um assistente onipresente, no entanto, traria grandes desafios operacionais. O principal deles é o aumento nos custos de operação, principalmente relacionados à infraestrutura.
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A OpenAI reconhece a necessidade de expandir seus data centers e admite que o crescimento da base de usuários pode ultrapassar a capacidade de geração de receita no médio prazo.
“Temos o que precisamos para vencer: um dos produtos que mais cresce, uma marca que define a categoria, liderança em pesquisa e computação, um time de alto nível e uma cultura voltada para velocidade e disrupção. Mas manter essas vantagens exige trabalho constante”, diz um trecho do documento.
Atualmente, o ChatGPT é o assistente virtual mais acessado do mundo, com cerca de 80% do mercado global, segundo dados da StatCounter. Em segundo lugar, aparece o Perplexity, com 11,81%.
Se tiver curiosidade, pode conferir o documento completo da OpenAI (em inglês).
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Especialista em Redator
Redator de tecnologia desde 2019, ex-Canaltech, atualmente TecMundo e um assíduo universitário do curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Pai de pet, gamer e amante de músicas desconhecidas.