A Meta AI, ferramenta de inteligência artificial da dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, já está em pleno funcionamento no Brasil. O serviço pode ser encontrado tanto nos aplicativos da empresa quanto no site oficial.
Você acessa a plataforma a partir de um atalho, que se comporta como uma barra de pesquisa ou um contato no seu app de mensagens. É possível pedir ao chatbot para criar textos ou imagens, fazer recomendações ou simplesmente conversar sobre praticamente qualquer assunto, com respostas em tempo real.
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Apesar de tantas possibilidades, o serviço virou piada no Brasil por causa das alucinações, imprecisões e a criação de imagens compreendidas literalmente pelo robô.
A Meta AI no celular. (Imagem: Meta/Divulgação)
Tanto pelos equívocos quanto pelos acertos, uma dúvida pode surgir no público mais ligado nessa área: afinal, qual é o modelo de linguagem usado pela ferramenta e do que exatamente ele é capaz?
Modelo de linguagem ou chatbot
Antes de entrar na explicação sobre a Meta AI, é importante fazer uma diferenciação de conceitos. Um chatbot é diferente de um modelo de linguagem, embora os dois nomes andem juntos no campo da IA.
Os Grandes Modelos de Linguagem (Large Language Models, ou LLM na sigla original) são a base de uma IA moderna. Eles são compostos de algoritmos, parâmetros e uma enorme base de dados que permite a um sistema ficar mais eficiente com o tempo a partir de aprendizado de máquina.
O LLM carrega todo o conhecimento e as possibilidades de uma IA. (Imagem: Getty Images)
Um modelo de linguagem de grande porte é alimentado com informações e treinado para realizar determinadas tarefas, como gerar textos, imagens, áudios, ou vídeos, além de interagir da forma mais natural possível aos comandos de um usuário.
Quanto mais complexo for o LLM e maior a sua base de dados, mais funções ele é capaz de fazer, com resultados de qualidade progressiva.
O chatbot, por sua vez, é o serviço de IA propriamente dito, com uma interface de interação e exibição dos conteúdos. Normalmente, ele é acessado por um aplicativo para dispositivos móveis, desktop ou em uma versão web para navegadores.
O ChatGPT, por exemplo, é o chatbot da OpenAI. Atualmente, ele funciona a partir do modelo de linguagem GPT-4o mini na versão gratuita — sendo que ele começou no final de 2022 com a atualização GPT-3.5, mas foi melhorado com o passar do tempo.
Em alguns casos, o chatbot e o LLM podem ter o mesmo nome: é o caso do Claude, da Anthropic, que só evolui em número e atualmente está na geração 3.5.
Qual o modelo de linguagem da Meta AI?
A Meta AI e todos os outros serviços da empresa chefiada por Mark Zuckerberg usam o modelo de linguagem Llama 3, que é uma das versões mais recentes do LLM desenvolvido pela própria Meta.
Esse modelo tem possibilidade de chegar a 400 bilhões de parâmetros, com uma performance pré-treinada e ajustada com base nos modelos anteriores e na recepção da comunidade.
Além de ser multilíngue e multimodal — ou seja, lidar com vários idiomas e formatos de conteúdo, de texto até imagem —, o Llama 3 possui capacidade relativa de raciocínio e geração de código.
Algumas das possibilidades do chatbot da Meta. (Imagem: Getty Images)
Ele é alimentado com conteúdos da própria internet, a ajuda de mecanismos de busca como o Bing e postagens de usuários em redes sociais como o Instagram. Por esse último elemento, inclusive, o recurso até chegou com atraso ao Brasil e foi suspenso temporariamente, já que a Meta não informou corretamente ao público sobre o uso dessas informações.
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