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Inteligência artificial de 1960 supera ChatGPT em Teste de Turing

A versão gratuita do ChatGPT conseguiu se passar como humano apenas em 14% das ocasiões, enquanto ELIZA convenceu em 27%

Avatar do(a) autor(a): Igor Almenara Carneiro

21/12/2023, às 06:46

Inteligência artificial de 1960 supera ChatGPT em Teste de Turing

Fonte:  GettyImages 

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Um chatbot criado em 1960 superou o ChatGPT no Teste de Turing, em uma pesquisa da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos. O experimento tenta avaliar quão bem uma inteligência artificial (IA) se passa por um humano.

O teste feito na universidade envolveu o chatbot ELIZA, desenvolvido em meados da década de 1960 pelo cientista do MIT Joseph Weizenbaum, contra o ChatGPT alimentado pelo GPT-3.5, versão gratuita da IA.

A versão gratuita do ChatGPT não foi tão convincente quanto ELIZA, um chatbot desenvolvido na década de 1960.A versão gratuita do ChatGPT não foi tão convincente quanto ELIZA, um chatbot desenvolvido na década de 1960.

Basicamente, o Teste de Turing tenta avaliar a capacidade de uma máquina em se passar por um humano. A análise não considera a "consciência" da IA, mas, sim, sua habilidade de imitar a comunicação de uma pessoa.

A avaliação foi desenvolvida pelo cientista da computação Alan Turing em 1950. O teste envolve três participantes: dois seres humanos e a máquina em avaliação. Uma das pessoas assume o papel do interrogador, responsável por fazer perguntas aos demais, mas sem saber quem é quem.

No caso da avaliação da Universidade da Califórnia, foram necessários 652 participantes humanos para avaliar as interações do chatbot. O ELIZA conseguiu se passar por um humano em 27% dos casos, enquanto o GPT-3.5 conseguiu apenas 14%.

A decisão dos avaliadores considerou o estilo linguístico e traços socioemocionais da máquina.

GPT-4 é melhor que ELIZA

Ainda que ELIZA seja superior ao GPT-3.5, o chatbot não é tão convincente quanto o GPT-4. O chatbot pago da OpenAI conseguiu enganar os participantes do teste com mais frequência — cerca de 41% de taxa de sucesso.


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Por Igor Almenara Carneiro

Especialista em Redator

Redator de tecnologia desde 2019, ex-Canaltech, atualmente TecMundo e um assíduo universitário do curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Pai de pet, gamer e amante de músicas desconhecidas.