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Segurança

Perigo silencioso: microcelulares são a nova ameaça nos presídios paulistas

As penitenciárias do Estado de São Paulo estão em alerta para uma nova ameaça: os microcelulares, aparelhos extremamente pequenos e leves que podem entrar facilmente em qualquer prisão

Avatar do(a) autor(a): Vinicius Munhoz

schedule06/11/2015, às 13:59

Fonte: Folha

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Presos que utilizam celulares na cadeia não é uma novidade para ninguém, não é mesmo? Apesar de as penitenciárias combaterem a entrada de aparelhos eletrônicos, de uma forma ou de outra, os prisioneiros têm acesso à tecnologia. Contudo, isso acaba de ficar ainda pior com a vinda de uma nova ameaça “invisível”: os microcelulares.

Estes dispositivos estão criando uma grande dor de cabeça ao Estado, pois são extremamente pequenos e construídos apenas com plástico. Em outras palavras, o tamanho de 6 cm (que é um pouco maior que uma tampa de caneta BIC e um palito de fósforo) e a facilidade de burlar detectores de metais podem transformar este aparato em um dos itens mais cobiçados da cadeia.

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Caso você não saiba, celulares são objetos caros de serem adquiridos em penitenciárias, pois, quanto mais difícil é a entrada de alguma coisa no local, maior é o valor dela. Entretanto, com os “benefícios” dos novos dispositivos móveis, mais de 7 mil deles já foram apreendidos por agentes no primeiro semestre de 2015, segundo o jornal Folha de São Paulo.

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Uma ameaça difícil de combater

Como já citamos, a carcaça de plástico, o tamanho reduzido e o peso leve dos microcelulares formam uma combinação extremamente efetiva para burlar sistemas contra a entrada de aparelhos eletrônicos. Por conta disso, as penitenciárias foram alertadas sobre o novo risco de segurança.

Todos os modelos não possuem marca e são fabricados na China. O grande problema da “popularização” dos dispositivos nas prisões é que, com a facilidade da comunicação, os detentos conseguem dar continuidade às atividades criminosas.

Para combater ações como esta, o Estado prometeu no início dos anos 2000 implementar bloqueadores de sinais em todas as penitenciárias de São Paulo. Porém, até hoje nenhum foi implantado. Um dos motivos alegados é que, ao inserir esse tipo de tecnologia, a vizinhança também pode ser afetada e sofrer com as medidas – algo que não impediu o padre italiano de interromper o sinal em sua igreja, no ano passado.