Criadora do Pegasus entra em 'lista de restrição' dos EUA

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O NSO Group, responsável por desenvolver o spyware Pegasus, foi colocado em uma lista de restrição do governo dos Estados Unidos. O Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio americano anunciou a decisão nessa quarta-feira (3).

Conforme o órgão, a adição do grupo israelense à lista de empresas proibidas nos EUA se deve à ameaça que ela representa. O Departamento cita evidências de que o NSO “forneceu spyware a governos estrangeiros que usaram essa ferramenta para atingir de forma maliciosa funcionários do governo, jornalistas, empresários, ativistas, acadêmicos e funcionários de embaixadas”.

Assim como outras companhias incluídas na “Lista de Entidades”, o NSO fica sujeito a uma série de restrições no território norte-americano. O grupo terá muito mais dificuldades para vender seus produtos às empresas sediadas nos EUA, além de ficar proibido de receber informações e tecnologias em troca.

O programa espião foi alvo de várias denúncias nos últimos meses.O programa espião foi alvo de várias denúncias nos últimos meses.Fonte:  Pixabay 

Vale lembrar que a desenvolvedora foi acusada pela Anistia Internacional de fornecer o Pegasus para autoridades monitorarem políticos, advogados, ativistas, jornalistas e líderes empresariais de diferentes países. O programa espião ficou conhecido pelos ataques de clique zero, que não dependem de interação da vítima, comprometendo até iPhones com iOS 14, o mais recente na época.

Mais entidades incluídas

Além da criadora do Pegasus, o governo dos EUA incluiu mais três empresas na lista por apresentarem riscos à segurança nacional. Uma delas é a Candiru, também sediada em Israel e pelos mesmos motivos, ou seja, fornecer programa espião que “ameaça a ordem internacional baseada em regras”.

Sediadas na Rússia e em Cingapura, respectivamente, a Positive Technologies e a Computer Security Initiative Consultancy passaram a integrar a lista por vender programas que permitem obter acesso não autorizado a sistemas de informática. O Departamento de Comércio considera que elas “ameaçam a privacidade e a segurança de indivíduos e organizações”.

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