Estudante é preso após fazer fortuna extorquindo usuários de sites pornôs

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Um jovem britânico de 24 anos foi preso nesta semana acusado de extorquir internautas de todo o mundo que visitavam sites de vídeos pornôs. Zain Qaiser, morador de Barking, cidade vizinha a Londres, fez uma verdadeira fortuna nos últimos anos - investigadores estimam que ele tenha arrecadado mais de 4 milhões de libras com os golpes, o que equivale a cerca de R$ 20 milhões.

Qaiser foi condenado a a seis anos e cinco meses de prisão após uma investigação da National Crime Agency (NCA), agência do Reino Unido responsável por combater o crime organizado, tráfico de drogas e crimes cibernéticos.

Segundo a NCA, o estudante começou a aplicar golpes virtuais aos 17 anos, através de ataques de ramsomware - quando o computador é hackeado por meio de um software ou código malicioso e é “sequestrado” pelo invasor.

De acordo com a investigação, Qaiser contou com o apoio de hackers russos, chineses e americanos em seu esquema mais recente. Ao longo de um ano e meio, o estudante divulgou anúncios falsos de promoções online em alguns dos sites mais populares de pornografia.

Quem clicava nos anúncios acabava baixando para o computador, sem saber, uma ferramenta maliciosa, chamada “Angler”. Essa ferramenta buscava vulnerabilidades no computador e, caso não houvesse anti-vírus atualizados instalados, assumia o controle.

Com isso, um aviso surgia imediatamente na tela do computador. Tratava-se de um alerta falso do FBI e de outras agências de segurança que afirmava que o usuário havia cometido um crime ao acessar o site pornô e poderia pegar até três anos de prisão, a menos que pagasse naquele momento uma multa no valor de US$ 200 (quase R$ 800).

“Com medo do constrangimento de que amigos ou familiares descobrissem que eles acessavam pornografia, muitos usuários pagaram o resgate. E por motivos óbvios, pouquíssimas pessoas reclamaram do ataque para a polícia ”, afirmou o promotor Joel Smith durante a audiência que condenou Qaiser.

A NCA diz que não é possível calcular com exatidão quantas pessoas foram vítimas dos ataques virtuais, mas a investigação apurou que, somente em um mês, 16 mil computadores foram invadidos por meio dos anúncios falsos.

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