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Segurança

EUA esconde documentos sobre plano para furar criptografia do Facebook

'Se divulgadas publicamente, comprometeriam os esforços de aplicação da lei em muitas, se não todas, futuras investigações', disse o juiz

Avatar do(a) autor(a): Felipe Payão

schedule12/02/2019, às 17:42

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Imagem de EUA esconde documentos sobre plano para furar criptografia do Facebook no tecmundo

Dois grupos de direitos civis nos Estados Unidos afirmam que o governo estadunidense tem uma “iniciativa secreta” para forçar o Facebook a quebrar a sua criptografia e descodificar conversas de voz entre usuários da rede social que usam o Messenger. Por isso, os grupos fizeram uma proposta para o governo dos EUA liberar documentos sobre a ação. Segundo a Reuters, um juiz negou a proposta na última segunda-feira (11).

Tudo começou quando o governo investigava as atividades de uma gangue chamada MS-13, que atua em Fresno, na Califórnia (EUA). Ao que parece, as comunicações da gangue ocorriam via Messenger, que possui criptografia de ponta-a-ponta — e isso impede que terceiros leiam ou escutem o conteúdo.

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Se divulgadas publicamente, comprometeriam os esforços de aplicação da lei em muitas, se não todas, futuras investigações

Visto esta questão, o grupo American Civil Liberties Union (ACLU) está buscando entender o estado da lei sobre criptografia. O jornal Washington Post também pediu acesso aos registros do governo. Após os pedidos, o Juiz Distrital dos EUA, Lawrence O’Neill, em Fresno, decidiu que os documentos descreviam técnicas sigilosas de aplicação da lei e a liberação de uma versão editada seria impossível, escreve a Reuters.

“Os materiais em questão neste caso dizem respeito a técnicas que, se divulgadas publicamente, comprometeriam os esforços de aplicação da lei em muitas, se não todas, futuras investigações de escuta telefônica”, disse o juiz O’Neill, adicionando que o caso criminal ainda estava em andamento.

Apesar de os argumentos do Facebook e do governo dos EUA terem sido mantidos em segredo, o Facebook apoiou os pedidos da ACLU de liberar os documentos, com revisões limitadas — o governo não apoiou.