Ministério Público investiga vazamento de 52 milhões do Google+

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A Google matou a rede social Google+ em “grande estilo”: após um vazamento de dados de 52,5 milhões de usuários por meio de uma falha em API. Para entender como isso afetou os usuários brasileiros, a Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial (Espec), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou ontem (12) um inquérito civil público. De acordo com o MP, serão investigadas “as circunstâncias do incidente e as responsabilidades pelos danos causados”.

Como foi noticiado, a Google descobriu que uma atualização de software feita em novembro continha um bug na API do Google+. A identificação foi feita uma semana após a implementação da ferramenta, mas garante que a brecha não foi explorada por nenhum desenvolvedor externo ou aplicativo durante o esse período.

O Google+ chegará ao fim em abril de 2019

Essa falha permitiu que dados pessoais, como nome, email, idade e ocupação, pudessem ser acessados por meio da API da rede social, mesmo que o usuário definisse tais informações como “não públicas”. O bug expôs, ainda, dados não públicos compartilhados por outros usuários de forma privada, mas, segundo a Gigante da Web, não deixou vulneráveis informações sensíveis como números de cartões de crédito, senhas e dados de documentos.

“A sistemática de obtenção dos dados e quantidade de contas comprometidas se assemelha ao caso da Cambridge Analytica, também investigado pelo MPDFT”, afirma o promotor de Justiça Frederico Meinberg. “Optou-se pela instauração de nova investigação já que o Google ainda não prestou os devidos esclarecimentos ao MPDFT em relação ao primeiro incidente que afetou 500.000 contas do Google+ em outubro deste ano, objeto de inquérito da Espec”.

A Google diz já estar notificando todos os afetados pelo vazamento com uma lista de usuários impactados em cada domínio privado. Além disso, a empresa destaca que administradores da G Suite são os responsáveis por dar acesso a apps de terceiros confiáveis e afirma que a ideia é continuar a investir no Google+ para empresas. O Google+ chegará ao fim em abril de 2019.

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