Segurança

Hacker que vendeu dados de 160 mil pessoas pega 10 anos de prisão

Cibercriminoso de 26 anos foi preso por vender dados sensíveis de clientes da Uber

Avatar do(a) autor(a): Felipe Payão

25/05/2018, às 12:54

Hacker que vendeu dados de 160 mil pessoas pega 10 anos de prisão

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Grant West, 26, foi preso nos Estados Unidos por vender dados sensíveis de clientes da Uber e Asda. O hacker, que obteve os dados por meio de campanhas de phishing, agora foi condenado a 10 anos de prisão.

O cibercriminoso roubou dados de clientes das seguintes empresas: Uber, Asda, Sainsbury's, Argos, Ladbrokes e Coral, segundo o The Guardian. Para obter os dados, West se passou por agentes das empresas em meios falsos, realizando golpes de phishing.

Caso você não saiba, phishing é um dos métodos de ataque mais antigos, já que "metade do trabalho" é enganar o usuário de computador ou smartphone. Como uma "pescaria", o cibercriminoso envia um texto indicando que você ganhou algum prêmio ou dinheiro (ou está devendo algum valor) e, normalmente, um link acompanhante para você resolver a situação. O phishing também pode ser caracterizado como sites falsos que pedem dados de visitantes. A armadilha acontece quando você entra nesse link e insere os seus dados sensíveis — normalmente, há um site falso do banco/ecommerce para ludibriar a vítima —, como nome completo, telefone, CPF e números de contas bancárias.

Neste caso específico, West se passava por um agente realizando pesquisas para as empresas em troca de prêmios aos clientes

Nesta sexta, a justiça de Southwark condenou Grant West a 10 anos e oito meses de prisão. Durante o processo, o juizado ainda comentou que West havia vendido os dados por um total de US$ 2,1 milhões em criptomoedas. "Este caso deve ser um alerta para os clientes, empresas e a indústria de computadores para a ameaça real do cibercrime", disse um dos juízes.

"Você tem um conhecimento profundo e impressionante de computadores e se você tivesse decidido usar suas habilidades legalmente, não tenho dúvidas de que você teria uma carreira muito bem-sucedida", notou para o cibercriminoso. "Infelizmente, você viu o potencial de usar suas habilidades para ganhar muito dinheiro, não legalmente, mas por crime, e seus crimes eram altamente sofisticados".

  • Segundo as autoridades, em uma batida policial na casa de West, também foram encontrados mais de US$ 33 mil em dinheiro vivo.



Felipe Payão é jornalista e editor-chefe do TecMundo. Payão é especialista na cobertura da editoria de cibersegurança com foco em cibercrime há 11 anos e possui três prêmios especializados: ESET Jornalismo Segurança da Informação América Latina, Comunique-se 2021 e Especialistas da Comunicação.