Realidade virtual poderá ajudar o FBI a desvendar crimes no futuro

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O uso da realidade virtual não é segredo para ninguém. Hoje é possível encontrar uma vasta oferta de acessórios que transformam a tela do celular, ou outras telas específicas, em um ambiente de imersão. E era de se esperar que profissionais investigativos, principalmente os da área criminal, olhassem essa tecnologia com maior interesse. Afinal, tudo o que facilita o trabalho de quem busca entender o que aconteceu em uma cena de crime é válido, certo?

É exatamente isso que poderá acontecer nos tribunais dos EUA nos próximos anos. O Newseum, um museu da Pensilvânia dedicado ao jornalismo, juntamente com uma empresa que produz VRs, fizeram um experimento interessante para justificar o uso da realidade virtual nos julgamentos criminais.

É uma cabine que reproduz uma cena específica e pode ser vista através da realidade virtual, como um perito. Essa cabine está aberta para exploração do público que visita o museu citado.

Eles usaram a cena onde aconteceu a prisão do famoso Unabomber (serial bomber famoso nos EUA, que ganhou uma série da Netflix em 2017) para mostrar como um VR consegue ajudar a entender como aconteceram os eventos, além de descobrir evidências que por fotos ou pessoalmente talvez não seriam percebidas.

Ainda há controvérsias

Nos tribunais, essa tecnologia poderia ajudar os jurados a entenderem melhor como ocorreu o ato julgado, a fim de dar maior segurança às suas decisões. Assim, eles não ficariam limitados aos autos e às defesas e acusações.

Porém, muitos criticam essa imersão em acontecimentos muito fortes, como crimes brutais. Expor a situação às pessoas pode ser desagradável, pois o VR aumentaria a intensidade das emoções (principalmente de revolta), tendenciando alguém a decidir por razões emotivas.

O chefe do FBI que atuou na força-tarefa de prisão do Unabomber disse que a reprodução dos fatos via VR, exibida no museu, pareceu um pouco controversa e que qualquer detalhe poderia modificar a realidade, uma vez que o entendimento parte da emoção também. Psicologicamente, alguém poderia criar um juízo diferente da razão.

Mas o fato é que o caminho é sem volta. A tecnologia, já presente em tantas outras áreas, estará cada vez mais próxima de resolver problemas que antes dependiam, em suma, do controle humano. Se ela for usada com sabedoria e técnica comprovada, não há motivos para medo. E o VR pode, sim, ser uma arma extra nas mãos dos policiais.

O que você acha disso? Acredita que o VR pode trazer valores emotivos que influenciariam na decisão dos agentes ou jurados? Deixe a sua opinião nos comentários.

Fontes

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