Engenheiro da NASA promete criar um robô gigante que faz malabarismo

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A ficção científica, os seriados japoneses e os quadrinhos de super-heróis estão cheios de robôs gigantes. Em filmes como Pacific Rim, vemos pilotos especiais utilizando estes colossos metálicos como extensões do próprio corpo, reproduzindo os movimentos humanos com precisão “biônica”. Para o antigo engenheiro de propulsão da NASA, Dan Grannet, um robô gigante é uma possibilidade real e ele está procurando patrocinadores para financiar seu Bugjuggler, um malabarista de carros com 20 metros de altura.

Pode parecer loucura, mas o robô de Granett será criado a partir de uma base fixa e resistente de duas “pernas” metálicas, um corpo e uma cabeça onde estarão os motores e os mecanismos de controles e dois braços extremamente articulados capazes de se mover e fazer malabarismo com fuscas de 800 quilos. Esta “maravilha” será controlada por uma pessoa utilizando luvas computadorizadas que simularão o que o robô segurar em tempo real. Tudo isso será realizado em frente a uma plateia, como um show performático, seguindo as devidas medidas de segurança.

O financiamento do Projeto

Por enquanto, o Bugjuggle é tão somente uma ideia, mas Grannet e seus colaboradores acreditam no projeto e que ele pode gerar lucro para as empresas interessadas. Apesar disso, eles estimam que o custo da construção gire em torno de 2.3 milhões. Pode parecer um preço alto, mas segundo o engenheiro, este é um valor bem baixo para o tipo de coisa que as grandes corporações estão acostumadas a financiar. Outro benefício que o doador do projeto receberia seria a oportunidade de pilotar o robô, tanto de uma distância segura, quanto do cockpit localizado na cabeça da criatura.

Na busca para conquistar este sonho, Grannet e seus colaboradores decidiram investir em um site de crowdfunding, revelando ao mundo algumas imagens e vídeos que explicam exatamente como o grande robô vai funcionar. Para eles o Bugjuggler deveria ser instalado em uma arena semelhante aquelas utilizadas por caminhões monstros ou estádios de futebol. Um lugar com ampla capacidade de pessoas e com a distância e a segurança necessárias para o público.

Grannet está confiante que o robô pode ser construído em um período curto, algo que dure em torno de oito meses até um ano de trabalho com a tecnologia atual. De acordo com o engenheiro, todos os componentes necessários são bem comuns: uma série de materiais hidráulicos, um motor a diesel, uma grande peça central em aço e luvas computadorizadas capazes de dar um feedback para o operador humano. “Tudo isso já está bem estabelecido dentro dos parâmetros tecnológicos atuais”, diz Grannet que está construindo um protótipo do BugJuggler com dois metros de altura para provar que ele pode ser construído.

Sobre os patrocinadores mais desejados, Grannet diz que ele gostaria de ver a Red Bull, Elon Musk e Richard Branson como parte de seu projeto. “Eu até mudaria o design do Bugjuggler para ganhar a aprovação do Musk, utilizando um motor elétrico com baterias no lugar do diesel”, diz o engenheiro acerca do dono da Tesla Motors, os maiores produtores de carros elétricos do mundo. “Desta maneira você teria um robô movido a eletricidade jogando carros com motor de combustão por aí, como se ele antecipasse o seu fim iminente”.

Os motivos para a construção

Para entender o porquê de um engenheiro aposentado com experiência na NASA e 70 anos de idade decidir dedicar a sua vida a este projeto, você deve compreender a paixão maior de Grannet. Há mais de 20 anos ele está por trás de uma organização sem fins lucrativos batizada de Street Physics, cujo objetivo é construir aparelhos que conservem energia e melhorem a vida das pessoas.

Uma das inovações resultantes deste projeto foi uma turbina que pode ser usada como gerador portátil movido a lixo orgânico, como estrume, restos de comida e etc. Grannet pensou em criar um crowdfunding para este e outros projetos da sua ONG, mas decidiu investir em algo maior e que chamasse mais atenção e que conseguisse gerar um dinheiro constante para ele gerenciar a Street Physics no futuro.

Qualquer dinheiro que sobrasse de um dos almejados patrocinadores, além da venda de ingressos do show robô gigante, seria usado para aperfeiçoar estes geradores movidos a lixo que são o sonho da vida de Grannet. Quando perguntado, porque a ideia chamariz escolhida foi um robô gigante malabarista ele diz que “esta é uma prática exercida por muitos CEOS importantes. Pelo menos esta é a minha impressão. ”

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