Lasers podem refrigerar equipamentos eletrônicos a até -269 °C

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Lasers podem substituir hélio líquido. (Fonte da imagem: Reprodução/MaximumPC)

Geladeiras, aparelhos de ar-condicionado, resfriadores de equipamentos de ressonância magnética e outros poderão, no futuro, ser muito mais eficientes e pequenos. Isso graças a uma nova forma de refrigeração óptica desenvolvida na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura.

O sistema é diferente do que vinha sendo feito na área até então e pode atingir temperaturas de até –269 °C sem a necessidade de um aparato que ocupe tanto espaço, algo muito inconveniente em sistemas que utilizam hélio líquido atualmente.

A luz pode resfriar?

Os pesquisadores de Cingapura demonstraram o princípio em semicondutores, diminuindo a temperatura de um dispositivo de 20 °C para -20 °C. Esse processo consiste basicamente em escolher cuidadosamente a frequência exata para o laser. Dessa forma, é possível extrair a energia mecânica por meio da luz que se reflete no material.

Essa energia mecânica extraída na forma de fótons evita que a colisão mecânica das partículas da matéria gere energia térmica, o que impede o acúmulo de calor em qualquer objeto. Depois, esses fótons são eliminados por um fenômeno chamado “luminescência anti-stokes”.

Sistemas de refrigeração muito menores

Com uma próvável popularização de uma tecnologia baseada nesse princípio, poderá ser possível diminuir consideravelmente o tamanho de sistemas de refrigeração domésticos, industriais e outros, como aparelhos de ressonância magnética. Dessa forma, espera-se que a sua geladeira, além de poluir menos a atmosfera, será mais silenciosa, menor e mais econômica.

“Se pudermos domar o poder da refrigeração a laser, isto vai significar que equipamentos médicos que exigem refrigeração extrema, que usam hélio líquido, poderão jogar fora seus enormes sistemas de refrigeração”, explicou Xiong Qihua, da universidade de Cingapura.

Mesmo assim, como explicou Qihua, a técnica ainda precisa ser “domada” para conseguir entrar de fato em produção nos mais variados equipamentos, o que pode demorar ainda alguns anos.

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