Facebook diz ter reduzido em 50% visualizações de discurso de ódio

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Em resposta às acusações feitas pela ex-funcionária Frances Haugen durante depoimento no Congresso dos Estados Unidos, o Facebook declarou que a prevalência do discurso de ódio na rede social caiu quase 50% nos últimos três trimestres. Os dados aparecem em um comunicado divulgado neste domingo (17).

No documento assinado pelo vice-presidente de integridade do Facebook, Guy Rosen, a empresa defende suas medidas de combate ao discurso de ódio, explicando que é “errado” ter como métrica somente a remoção de conteúdo. Segundo o executivo, há outras formas de reduzir a visualização de tais materiais na timeline.

Rosen afirma que a “prevalência é a métrica mais importante a ser usada porque mostra o quanto o discurso de ódio é realmente visto no Facebook”. Para ele, a tecnologia tem tido um grande impacto na redução da visibilidade desse tipo de postagem, que ficou em 0,05% do conteúdo visualizado nos primeiros nove meses de 2021.

Segundo o Facebook, a visualização de conteúdos impróprios diminuiu em 2021.Segundo o Facebook, a visualização de conteúdos impróprios diminuiu em 2021.Fonte:  Facebook/Divulgação 

Isso significa cinco visualizações a cada 10 mil postagens, uma queda de aproximadamente 50% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a companhia. A rede social também disse que os dados são revisados por um grupo de especialistas internacionais independentes.

Problemas com o algoritmo do Facebook

Documentos internos vazados pelo The Wall Street Journal ontem (17) revelam que as ferramentas de Inteligência Artificial falham ao detectar e remover conteúdo prejudicial. Conforme a publicação, menos de 5% desse material é realmente excluído da plataforma.

O relatório também aponta que quando o algoritmo do Facebook fica em dúvida se um determinado conteúdo viola as políticas da empresa, ele o mantém circulando, mas reduzindo o seu alcance. Além disso, a rede social não estaria punindo os usuários que divulgam desinformação.

Sobre isso, Rosen disse que a tecnologia não é “perfeita” e está em constante evolução, com as equipes da plataforma buscando identificar problemas e criar soluções.

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