História da menina que postou no Twitter via refrigerador pode ser mentira

Ontem, estava a todo vapor a campanha #FreeDorothy, criada para que uma adolescente americana (e não inglesa, como ontem dissemos) não precisasse mais postar no Twitter usando uma geladeira inteligente da LG. A saga começou quando Dorothy teve seus eletrônicos confiscados pela mãe como castigo por quase ter incendiado a cozinha. Acompanhada via tweets postados através do Wii, do DS e, finalmente, pelo refrigerador, a história parece que vai ter um final inesperado: segundo a LG disse ao Buzzfeed, suas geladeiras inteligentes não têm suporte para o aplicativo do Twitter.

Não somente isso: começaram a pipocar tutoriais de como é fácil inserir em um tweet o aparelho no qual supostamente uma publicação é escrita. Um dos exemplos, que se tornou famoso quando surgiu em janeiro, voltou a aparecer na rede.

Um porta-voz da LG, então, confirmou que suas geladeiras inteligentes têm apenas um navegador em alguns modelos, dos quais um usuário poderia, hipoteticamente, acessar o Twitter – mas o que apareceria na postagem não seria jamais um LG Refrigerator.

Detalhes ignorados

Dorothy deu entrevistas a sites, TVs e jornais (o The Guardian foi um dos primeiros a noticiar a história). Porém, quando detalhes foram pedidos (como o modelo da geladeira de onde postou o tweet viral), ela justificou o fim da conversa dizendo que a bateria do iPad (emprestado de um primo) estava no fim ou retrucando que não queria mais falar, chamando a linha de perguntas do repórter de "rude".

A confusão aumentou com o Twitter se dividindo entre os que apoiam Dorothy (não se sabe nem mesmo se é esse o nome dela e se ela tem realmente 15 anos) e os que a acusam de fingir ser quem não é para obter vantagens (o popular catfishing). Alheia a tudo isso, Dorothy continua a retuitar as mensagens de apoio que recebe. De qual dispositivo, não se sabe.